RH em 2026: 6 resoluções para evoluir com a gestão de pessoas

Um guia prático com resoluções essenciais para transformar o RH em um agente estratégico de mudança.

1 de Dezembro de 2025

Leitura de 7 min

O ano de 2026 se aproxima e, com ele, novas demandas e oportunidades para o departamento de Recursos Humanos. Longe de ser apenas um setor operacional, o RH consolidou-se como um pilar estratégicoessencial para o sucesso e a sustentabilidade de qualquer organização. A velocidade das transformações tecnológicas, as mudanças nas expectativas dos colaboradores e a crescente complexidade do mercado de trabalho exigem um RH proativo, inovador e profundamente conectado às pessoas e aos objetivos de negócio.

Para que o RH não apenas acompanhe, mas lidere a evolução da gestão de pessoas, propomos 6 resoluções estratégicas. Este guia prático oferece metas e ações que podem ser adotadas para fortalecer a cultura organizacional, otimizar processos e, acima de tudo, engajar e desenvolver colaboradores de forma significativa.

Índice:

1. Humanizar a tecnologia com IA e automação

O desafio: a burocracia e as tarefas administrativas consomem uma parcela significativa do tempo do RH, desviando o foco do que realmente importa: as pessoas.

A resolução para 2026: utilizar a inteligência artificial (IA) e a automação para eliminar gargalos operacionais, liberando o time de RH para atuar de forma mais estratégica e humana.

Ações práticas:

  • Mapear processos repetitivos: identificar todas as tarefas que podem ser automatizadas (triagem de currículos, onboardinggestão de benefícios, respostas a FAQs de colaboradores etc.).
     
  • Investir em plataformas de IA e automação: implementar chatbots para atendimento de colaboradores, sistemas de RH baseados em IA para otimização de recrutamento e ferramentas de automação para tarefas administrativas.
     
  • Treinar a equipe: capacitar o time de RH no uso dessas novas tecnologias, focando em como elas podem aprimorar a experiência do colaborador e a eficiência do departamento. O objetivo é menos burocracia e mais tempo para a interação humana.

2. Elevar o People Analytics a um nível estratégico e ético

O desafio: coletar dados sem estratégia clara ou preocupações éticas pode levar a insights superficiais ou, pior, a práticas desumanizadoras.

A resolução para 2026: transformar o People Analytics em uma ferramenta estratégica para entender pessoas, e não para controlá-las, equilibrando números com narrativas e garantindo ética no uso de dados. A importância dessa abordagem é enfatizada por uma pesquisa da Deloitte, que indica que 71% das empresas que utilizam People Analytics consideram a ferramenta fundamental para a tomada de decisões estratégicas de RH, como gestão de talentosdesenvolvimento de lideranças.

Ações práticas:

  • Definir métricas estratégicas: focar em indicadores que realmente impactam o bem-estar, engajamento e desempenho (Ex.: rotatividade por motivos específicos, relação entre treinamento e performance, correlação entre saúde mental e produtividade).
     
  • Adotar um framework ético: estabelecer diretrizes claras para coleta, armazenamento e uso de dados, priorizando transparência, consentimento informado e privacidade dos colaboradores (LGPD/GDPR).
     
  • Combinar dados quantitativos com qualitativos: validar insights numéricos com feedbacks, entrevistas e histórias reais dos colaboradores, criando uma visão 360º.
     
  • Capacitar analistas: desenvolver a capacidade da equipe para interpretar dados de forma ética e transformá-los em recomendações acionáveis para o negócio.

3. Priorizar saúde mental e bem-estar como imperativo estratégico

O desafio:saúde mental dos colaboradores é frequentemente subestimada, sendo tratada como uma condição secundária, e não como um pilar fundamental para a performance e a cultura.

A resolução para 2026: integrar a saúde mental e o bem-estar como um componente central da estratégia de pessoas, reconhecendo-o como essencial para o futuro das organizações.

Ações práticas:

  • Criar programas abrangentes: ir além de planos de saúde, oferecendo acesso a apoio psicológico, workshops de gestão de estresse, mindfulness e outras práticas de bem-estar.
  • Treinar lideranças: capacitar gestores para identificar sinais de esgotamento e apoiar suas equipes, criando um ambiente de escuta ativa e empatia.
  • Promover uma cultura de abertura: incentivar o diálogo sobre saúde mental, eliminando estigmas e mostrando que buscar ajuda é sinal de força, não de fraqueza.
  • Monitorar o impacto: utilizar pesquisas de clima e bem-estar (com condição de anonimato) para avaliar a eficácia das iniciativas e ajustá-las conforme a necessidade.

4. Cultivar a liderança educadora e o desenvolvimento contínuo

O desafio: em um mundo em constante mudança, a formação de líderes que apenas gerenciam tarefas é insuficiente.

A resolução para 2026: desenvolver líderes que atuem como educadores, mentores e coaches, focados em ensinar, orientar e desenvolver suas equipes, alinhando a nova geração de líderes à cultura organizacional.

Ações práticas:

  • Programas de formação de líderes: desenvolver programas que enfatizem habilidades de coaching, mentoria, feedback construtivo e inteligência emocional.
     
  • Cultura de aprendizado contínuo: incentivar o lifelong learning, oferecendo acesso a plataformas de cursos, workshops e oportunidades de desenvolvimento de habilidades técnicas e socioemocionais.
     
  • Reconhecimento da liderança educadora: valorizar e recompensar líderes que se destacam no desenvolvimento de seus liderados, tornando essa uma característica desejável e essencial na carreira de liderança.
     
  • Mentoria reversa e peer coaching: promover a troca de conhecimentos e experiências entre colegas de diferentes níveis e gerações, criando um fluxo de aprendizado em todas as direções.

5. Fomentar uma cultura de inovação e agilidade

O desafio: a rigidez de processos e a aversão ao risco podem sufocar a criatividade e a capacidade de adaptação da organização.

A resolução para 2026: desenvolver uma cultura organizacional que valorize a experimentação, a colaboração e a rápida adaptação às mudanças, com o RH como um facilitador-chave.

Ações práticas:

  • Metodologias ágeis no RH: adotar princípios ágeis nos próprios processos de RH (recrutamento, desenvolvimento de talentos, projetos de cultura), demonstrando o valor na prática.
  • Incentivar a inovação aberta: criar canais para que os colaboradores apresentem ideias, experimentem soluções e participem ativamente da melhoria contínua dos processos e produtos/serviços.
  • Promover a transversalidade: quebrar barreiras entre departamentos, incentivando projetos multidisciplinares e a colaboração entre diferentes áreas.
  • Feedback contínuo e ciclos curtos: implementar sistemas de feedback mais frequentes e permitir ciclos de projeto mais curtos para rápida aprendizagem e ajustes.

6. Construir uma experiência do colaborador hiperpersonalizada e inclusiva

O desafio: tratar todos os colaboradores da mesma forma ignora a diversidade de necessidades, aspirações e contextos individuais, resultando em menor engajamento.

A resolução para 2026: criar uma jornada do colaborador (Employee Journey) que seja inclusiva, equitativa e, sempre que possível, hiperpersonalizada, respeitando a individualidade de cada pessoa.

Ações práticas:

  • Mapeamento da jornada do colaborador: entender todos os pontos de contato (desde o primeiro contato até o desligamento) e identificar oportunidades de personalização e melhoria.
     
  • Políticas de flexibilidade: oferecer opções de trabalho flexível (horários, modelos híbridos/remotos), licenças parentais estendidas e outros benefícios que atendam às diferentes fases de vida dos colaboradores.
     
  • Diversidade, equidade e inclusão (DE&I): desenvolver e implementar programas robustos de DE&I, garantindo que todos se sintam pertencentes, respeitados e com oportunidades iguais de crescimento.
     
  • Canais de escuta ativa: manter canais abertos e seguros para que os colaboradores expressem suas necessidades, preocupações e sugestões, garantindo que suas vozes sejam ouvidas e consideradas.

O RH como protagonista da transformação

As resoluções para o RH em 2026 não são apenas uma lista de tarefas, mas um roteiro para um futuro onde a gestão de pessoas é verdadeiramente estratégica, humana e inovadora. Ao abraçar a tecnologia para humanizar, usar dados com ética, cuidar do bem-estar, desenvolver líderes educadores, fomentar a agilidade e personalizar a experiência, o RH se posiciona como o grande protagonista da transformação organizacional.

O futuro do RH não se escreve sozinho — ele se constrói todos os dias, com decisões que equilibram inovação, cuidado e propósito. As resoluções para 2026 são mais do que metas: são um compromisso com um modelo de gestão de pessoas que une performance e humanidade.

O iFood Benefícios apoia empresas que querem transformar o bem-estar em resultado, oferecendo soluções flexíveis que simplificam a gestão, fortalecem a cultura e colocam as pessoas no centro das estratégias de negócio.

E no Acrescenta, você encontra conteúdos, trilhas e reflexões para inspirar um RH mais estratégico, humano e preparado para o futuro do trabalho.

 

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