Ceará RH: Conexão e propósito

Ceará RH 2025 celebra as conexões humanas e mostra como elas moldam o futuro do trabalho e da liderança.

30 de Outubro de 2025

Leitura de 8 min

Ceará RH 2025 trouxe as conexões humanas como grande tema deste ano,um convite para repensar como as relações impulsionam o futuro do trabalho. O evento, realizado pela ABRH-CE, reúne profissionais de RH, gestores e lideranças em dois dias de conteúdo, encontros e experiências transformadoras.

Reconhecido como um dos maiores eventos de RH do país, o Ceará RH é um espaço onde diversas vozes inspiradoras se encontram para trocar ideias, provocar reflexões e fortalecer a comunidade de Recursos Humanos. Além disso, conta com parceiros estratégicos que ajudam o setor a ampliar seus horizontes e expandir conhecimentos.

iFood Benefícios mais uma vez marcou presença, com um espaço pensado para trocas genuínas, ativações e para se reconectar.. Além das ativações, a marca acompanhou de perto as principais palestras e debates do evento — e aqui você confere os destaques do que rolou por lá.

Índice:

Humanidade Ampliada e a Reconexão com o tempo

A psicanalista Maria Homem abriu o Ceará RH 2025 com uma palestra que foi praticamente um convite à pausa e à presença. Conectando-se ao tema central do evento, ela falou sobre as múltiplas camadas da conexão humana: com o outro, com o tempo e, sobretudo, com a própria vida.

Em uma fala instigante e sensível, Maria propôs um mergulho no comportamento humano ao longo da história, traçando uma linha do tempo que vai da busca por pertencimento às inquietações do mundo contemporâneo. Mais do que compreender o que fazemos, ela nos provocou a pensar quem somos enquanto fazemos  e como nossas experiências externas, tantas vezes conflitantes, moldam (ou distorcem) o que desejamos ser.

Com um olhar afiado sobre o presente, Maria destacou como vivemos um tempo de excesso de estímulos e escassez de sentido — um paradoxo que desafia tanto nossa saúde emocional quanto as relações no ambiente de trabalho. A palestra reforçou a importância de retomar o tempo das conversas reais, da escuta atenta e da presença genuína — elementos essenciais para qualquer conexão humana verdadeira, dentro ou fora das empresas.

Perfil Comportamental alinhado à gestão de dados

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Eugênio Mussak trouxe uma palestra que foi um verdadeiro panorama sobre o tempo em que vivemos — um tempo em que a evolução tecnológica e a transformação social caminham lado a lado, redesenhando a forma como as pessoas trabalham, aprendem e se relacionam.

Logo no início, ele destacou como as mudanças da sociedade, impulsionadas por novas tecnologias, vêm alterando comportamentos e redefinindo o papel das pessoas dentro das organizações.

Em seguida, apresentou as principais formas de Inteligência Artificial que já fazem parte do nosso dia a dia e trouxe o contraponto essencial: tudo aquilo que a IA ainda não faz e talvez nunca faça.

Ela não pode experienciar.
Não cria do vazio.
Não faz escolhas morais.
Não dá sentido à existência.
E, principalmente, não substitui a relação humana.

Entre os conceitos e provocações, citou uma frase que sintetiza a era dos dados:

“Sem dados, você é apenas mais uma pessoa com opinião.” — William Deming

A partir daí, Eugênio explorou a evolução da gestão baseada em dados e como a IA se tornou uma aliada indispensável para o processamento e a análise dessas informações em larga escala. Quanto maior o volume de dados, maior a necessidade de sistemas inteligentes para organizá-los, interpretá-los e transformá-los em decisões mais estratégicas e ágeis.

Por fim, ele destacou como o uso inteligente dos dados tem aprimorado o entendimento dos perfis comportamentais dentro das empresas. Essa leitura mais profunda das pessoas permite que líderes e times de RH compreendam melhor as singularidades de cada colaborador, alocando talentos de forma mais coerente e humana, onde o dado apoia, mas o discernimento humano continua sendo o diferencial.

Diversidade não é pauta é praticar

A psicóloga e palestrante Vitor Martins começou sua fala com uma frase que resumiu bem a força da pauta que trouxe ao Ceará RH 2025:

Diversidade não é um projeto de RH, é uma estratégia de futuro.

Com essa provocação, Vitor abriu espaço para uma conversa direta sobre como transformar o discurso em prática  mostrando que a diversidade, equidade e inclusão (DE&I) precisam deixar de ser iniciativas pontuais para se tornarem parte estrutural da estratégia das empresas.

Ela explicou que toda estratégia de impacto começa com clareza e método. Para construir um plano sólido de DE&I, é preciso:

  • Definir uma aspiração ousada, mas alcançável, que direcione o propósito da organização;
     
  • Construir uma linha de base quantitativa e qualitativa, entendendo onde a empresa está;
     
  • Estabelecer um plano de ação claro, com prazos e prioridades bem definidos;
     
  • Mobilizar recursos e capacidades para implementar as iniciativas;
     
  • Medir, monitorar e responsabilizar as pessoas pelos resultados obtidos.
     

Depois de estruturado o plano, Vitor destacou a importância de mapear o impacto e a maturidade da estratégia, observando dados, comportamentos e — principalmente — como as pessoas se sentem dentro da organização.

Entre as alavancas para o sucesso, ela reforçou três pilares fundamentais:

  1. Avaliar a linha de base, entendendo o cenário atual de diversidade, equidade e inclusão na empresa.
     
  2. Definir metas específicas e mensuráveis, realistas e baseadas em dados concretos.
     
  3. Envolver as partes interessadas, aproveitando múltiplas perspectivas e vozes para garantir engajamento genuíno em toda a organização.

Encerrando sua palestra, Vitor lembrou que o investimento em diversidade vai muito além do discurso — ele impulsiona inovação, produtividade, engajamento e resultados. E concluiu com uma frase que amarra a essência de sua mensagem:

Uma cultura organizacional bem definida é a essência que diferencia as empresas excepcionais das comuns.

Jornada do talento: Caminhos para atrair, engajar e reter profissionais

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Michel Mendes, Gerente de Produto, Design e Inovação do iFood, começou sua palestra lembrando que o caminho da inovação nunca é linear. Ele é feito de curvas, desvios e desafios que exigem flexibilidade, coragem e a disposição constante de ajustar rotas.

Michel destacou que no iFood existem três pilares fundamentais que sustentam a cultura de crescimento e inovação da empresa: cultura, liderança e modelo de gestão.

Segundo ele, a cultura e os valores são inegociáveis — são o alicerce de qualquer time forte e de uma empresa sólida. O RH e a liderança caminham lado a lado com o negócio, atuando como protagonistas na construção dessa base.

A liderança, em especial, tem o papel de formar times melhores do que ela mesma, sem abrir mão da cultura, mantendo acordos de alta qualidade (“high quality agreements”) e assumindo o front sempre que necessário. Michel trouxe ainda uma provocação interessante: a importância de ser “paranoico no bom sentido”, ou seja, cultivar uma busca incansável por eficiência e melhoria contínua.

Em seguida, ele apresentou o modelo de gestão do iFood, que é estruturado de forma a deixar clara a estratégia, a gestão de resultados e o plano tático. Tudo isso é sustentado por agendas e rituais bem planejados, que garantem ritmo, alinhamento e execução consistente.

Quando o assunto foi atrair, engajar e reter talentos, Michel apresentou três caminhos essenciais que o iFood tem seguido:

  1. Gestão de talentos sistêmica – integrar todos os processos para garantir eficiência e agilidade, com o apoio da inteligência artificial como aliada da inovação.
     
  2. Marca que conecta – campanhas e ações que traduzem os valores do iFood, como inovação, impacto social e cultura inclusiva. O uso de tecnologia e gamificação em processos seletivos reforça essa conexão genuína com o público.
     
  3. Impacto dos benefícios – compreender o papel dos benefícios na jornada do colaborador, garantindo que eles façam sentido real para cada fase da experiência dentro da empresa.

Michel mostrou também como os benefícios corporativos fortalecem toda a jornada do talento, impactando diretamente em indicadores estratégicos como:

  • atração e retenção de talentos,
     
  • redução de tempo e custo de contratação,
     
  • sentimento de pertencimento,
     
  • aumento de produtividade,
     
  • fortalecimento da reputação da empresa,
     
  • e até crescimento das indicações internas.
     

Para medir o impacto real dessas iniciativas, ele reforçou a importância de acompanhar métricas como pesquisas de satisfação, taxa de retenção, absenteísmo, feedbacks qualitativos, eficiência no recrutamento e benchmarking com o mercado.

A palestra foi um lembrete poderoso de que inovação, liderança e cultura não são conceitos isolados — são engrenagens que, quando funcionam juntas, mantêm o motor da empresa em movimento constante.

Conexões, futuro e propósito

O primeiro dia do Ceará RH 2025 foi um verdadeiro convite à reflexão sobre o papel humano nas transformações do trabalho. Em cada fala, um ponto em comum: as relações continuam sendo o motor que impulsiona o futuro seja na forma como lideramos, inovamos, decidimos ou cuidamos das pessoas.

Entre provocações, aprendizados e trocas inspiradoras, ficou claro que tecnologia e estratégia só fazem sentido quando partem de um princípio essencial: a conexão genuína entre as pessoas.

 


Continue acompanhando nossa cobertura e descubra como as ideias e conexões do Ceará RH estão inspirando o futuro das relações de trabalho — e clique aqui para saber como o iFood Benefícios colabora com essa transformação.

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