O RH como potência dentro das organizações

O segundo dia do CearáRH foi recheado de aprendizados ao lado de grandes líderes do setor. Confira o artigo completo e fique por dentro de t...

28 de Outubro de 2024

Leitura de 21 min

O segundo dia do CearáRH 2024 foi tão impactante quanto o primeiro, com uma programação completa e recheada de conteúdos valiosos. A participação de grandes nomes do mercado e líderes do setor resultou em um dia repleto de aprendizado e troca de experiências. Esse ambiente dinâmico proporcionou discussões enriquecedoras e insights que certamente contribuirão para a evolução da gestão de pessoas nas organizações. Quer saber mais? Então, continue a leitura e confira os principais insights do dia com o iFood Benefícios.

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Índice:

Estratégia de liderança: potencializando talentos e construindo times de alto desempenho

Mafoane Odara, Diretora de Pessoas, Cultura e Transformação na ZAMP, iniciou sua apresentação compartilhando uma parte da sua história pessoal. Ela relatou que, durante sua infância, seu pai foi convidado pela ONU para realizar uma ação humanitária, o que levou sua família a viver em uma região afetada por conflitos. Essa experiência a ensinou sobre lutas sociais, ativismo e as complexidades do mundo. Aos 10 anos, já era uma ativista apaixonada, e hoje, após 40 anos nesse caminho, ela vem compartilhar seu conhecimento e a mudança que espera ver no mundo.

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A evolução cultural nas organizações

Mafoane ressaltou que, atualmente, as pessoas querem trabalhar em organizações que liderem mudanças positivas e que valorizem a voz de seus colaboradores. Para ela, a cultura organizacional tornou-se a prioridade principal das lideranças. Até 2030, os locais de trabalho serão definidos por soluções personalizadas, foco no bem-estar, autonomia e inclusão. Nesse contexto, a aprendizagem contínua se torna vital; o desafio, no entanto, é focar em "aprender a aprender", capacitando colaboradores a se adaptarem a futuras demandas.

Além disso, a Geração Z, que agora compõe uma parte significativa da força de trabalho, exige que as organizações "sigam o que falam". A autenticidade e a transparência nas ações corporativas são mais do que necessárias - são um requisito.

Criando um ambiente de aprendizado

Para criar um ambiente propício ao aprendizado, Mafoane apresentou a ideia da "cabeça de cientista". Essa metáfora enfatiza que as ideias devem ser consideradas como hipóteses a serem testadas, instigando a inovação e a curiosidade. Ela destacou também que é perfeitamente possível ter confiança e humildade ao mesmo tempo, permitindo que os colaboradores se sintam seguros para compartilhar suas fraquezas e experiências.

Mafoane explicou que "todo mundo tem algo a acrescentar" e que criar um espaço onde todos possam absorver conhecimento gera uma cultura de microaprendizados. Contudo, ela alertou sobre o "perigo" das melhores práticas, afirmando que “não devemos pegar as melhores práticas e congelá-las; é essencial continuar buscando novos métodos”. O aprendizado deve ser dinâmico e adaptável.

A necessidade de segurança psicológica

Um aspecto fundamental destacado foi a criação de um ambiente de segurança psicológica. Segundo dados da pesquisa Virtude de 2024:

  • Empresas com baixa segurança psicológica apresentam 54% de presenteísmo, 42% de burnout e 80% de assédio.
  • Em contrapartida, as empresas que promovem segurança psicológica têm apenas 19% de presenteísmo, com burnout praticamente zerado e assédio reduzido a 3%.

Esses números mostram que, quando as pessoas se sentem seguras para serem autênticas e vulneráveis, a colaboração e a inovação podem prosperar. Criar um espaço onde os membros da equipe não temem represálias ao se pronunciar é essencial para o aprendizado coletivo.

Mafoane também destacou que, segundo Amy Edmondson, autora de "A Organização Sem Medo", as lideranças têm duas tarefas cruciais em cenários desafiadores:

  1. Construir uma cultura de segurança psicológica para fomentar o aprendizado e evitar falhas evitáveis.
  2. Estabelecer altos padrões e inspirar suas equipes a alcançá-los.

Desafiando a cultura organizacional

Mafoane fez um apelo para que as organizações busquem líderes inclusivos, que reconhecem e valorizam as diferenças. “Não se faz gestão da diversidade sem tensões”, observou, destacando que a gestão da diversidade envolve desafios que, se enfrentados, podem levar a um ambiente mais saudável.

A palestrante ressaltou a importância de ter conversas difíceis e como a comunicação desempenha um papel crucial na formação de uma cultura organizacional saudável. “Quando você toma a decisão de não ter uma conversa difícil, cria um padrão dentro de todos os seus relacionamentos”, alertou. Essa insistência em manter diálogos abertos e frequentes é vital para garantir que problemas não se acumulem e que a cultura da equipe permaneça saudável.

Além disso, Mafoane Odara deixou um forte chamado à ação para todos os líderes presentes. Ela enfatizou que a verdadeira transformação nas organizações começa com líderes que são autênticos, resilientes e preparados para enfrentar diálogos desconfortáveis. A construção de uma cultura de segurança psicológica e inclusão é fundamental para que as equipes possam inovar, crescer e prosperar.

Ressaltou que é imprescindível desafiar o status quo e cultivar um espaço seguro e acolhedor, onde cada colaborador se sinta valorizado e livre para expressar suas ideias sem medo de represálias. O futuro das organizações, segundo ela, está atrelado à habilidade de suas lideranças em promover esse tipo de ambiente. Ao fomentar a segurança psicológica e a inclusão, podemos criar equipes mais robustas, aptas a enfrentar os desafios de um mundo em constante mudança e que estejam preparadas para alcançar resultados excepcionais.

Para encerrar, deixou uma frase para reflexão:

"Não se pode reformar a instituição sem uma prévia reforma das mentes, mas nao se pode reformar as mentes, sem uma prévia reforma das instituições.”, Edgar Morin

Atração e retenção de talentos: o papel dos benefícios na consolidação da marca empregadora

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Michel Mendes, HRBP Manager no iFood Benefícios, trouxe à tona questões cruciais sobre atração e retenção de talentos, destacando a importância dos benefícios na consolidação da marca empregadora. Sua apresentação revelou não só a visão do iFood sobre o tema, mas também tendências e estratégias que podem impactar positivamente qualquer organização.

Os últimos 5 anos foram desafiadores e transformadores

Michel iniciou sua palestra enfatizando os diversos desafios enfrentados pelas empresas nos últimos anos. Entre as mudanças significativas, ele mencionou a digitalização, a escassez de talentos, a ascensão do trabalho remoto, a competição global e as crescentes preocupações com a saúde mental e o bem-estar dos colaboradores. O burnout, por exemplo, é uma realidade que se intensificou, refletindo a urgência de abordagens mais humanas no ambiente de trabalho.

Para ficar sabendo:

O termo “burnout” foi criado pelo médico americano Herbert Freudenberger em 1974. Ele significa “aquilo que deixou de funcionar por absoluta falta de energia”. Por este motivo, a Síndrome de Burnout também é conhecida como “Síndrome do esgotamento profissional”. No Brasil, a doença é reconhecida por meio do Decreto N.º 3.048 de 6 de maio de 1999. Além de ser encontrada no Grupo V da Classificação Internacional das Doenças – CID-10. Onde é citada como a “sensação de estar acabado”.

Saiba o que é a Síndrome de Burnout, suas causas, principais sintomas e como tratá-la!

A Necessidade de reinvenção

Diante desse cenário, Michel enfatizou que as empresas precisam se reinventar. Ele destacou a importância de implementar estratégias adequadas para o trabalho remoto e híbrido, de priorizar a saúde mental e bem-estar dos colaboradores e de adotar práticas de flexibilidade. Essas medidas não apenas atendem às expectativas dos novos talentos, mas também promovem um ambiente organizacional saudável e produtivo.

Atração e retenção de talentos

Ele mencionou a evolução das expectativas dos colaboradores, que buscam mais do que apenas um salário competitivo, eles desejam uma proposta de valor mais abrangente. Para isso, ele elencou habilidades essenciais para os profissionais de RH:

  • Resolução de Problemas
  • Gestão de Mudança
  • Storytelling
  • Comunicação Eficaz
  • Design Thinking

Michel sublinhou a importância da transparência salarial e como as empresas precisam se adaptar para demonstrar que suas práticas são justas. A frase "O RH precisa ser estratégico em uma mesa de negócios" ecoou entre os participantes, lembrando-os da importância de uma abordagem proativa e alinhada com os objetivos organizacionais.

Importância da transparência salarial

Essa prática não apenas ajuda a eliminar desigualdades salariais e preconceitos que possam existir, mas também promove a confiança entre colaboradores e a liderança. Quando os salários são abertamente discutidos, cria-se um ambiente de honestidade e responsabilidade, onde os colaboradores se sentem valorizados e reconhecidos por suas contribuições. 

Além disso, a transparência salarial pode ser um poderoso diferencial na atração de talentos, já que novas gerações buscam por ambientes de trabalho éticos e que respeitem suas demandas por justiça e equidade. Essa abertura não só fortalece a marca empregadora, mas também melhora o engajamento e a retenção de colaboradores, resultando em equipes mais motivadas e produtivas. Em um cenário onde a saúde mental e o bem-estar dos colaboradores são cada vez mais priorizados, a transparência salarial se torna uma estratégia imprescindível para o sucesso organizacional a longo prazo.

Tecnologia que transforma

Michel também destacou o papel transformador da tecnologia na gestão de pessoas. Ele falou sobre o redesenho do trabalho usando inteligência artificial e automação, mencionando como algoritmos podem ajudar na tomada de decisões e na criação de sistemas de gestão mais eficientes. Neste contexto, ele traz à luz a questão dos vieses inconscientes, enfatizando que "todos nós temos vieses inconscientes, e o que precisamos fazer é identificá-los para melhorar".

Tendências em remuneração e benefícios

  • Tecnologia que transforma:inteligência artificial e a automação estão redesenhando o trabalho, com algoritmos para tomada de decisões, sistemas de gestão e pesquisas salariais em tempo real.
  • Remuneração sistêmica: as empresas estão buscando formas de remunerar além do "cash", com programas de desenvolvimento, segmentação de benefícios e investimentos em carreira.
  • EVP vs. "Human Deal": o foco está mudando do "pacote de benefícios" para uma relação mais humanizada, com prioridade para o bem-estar, o propósito, a flexibilidade e o crescimento profissional.
  • Benefícios flexíveis: os benefícios flexíveis estão ganhando força após a pandemia, com novos fornecedores e produtos no mercado.

“Olhar o colaborador como centro da estratégia”, pontuou Michel, enfatizando que benefícios bem planejados podem fortalecer a marca empregadora de maneira significativa.

Como os benefícios podem fortalecer a Marca Empregadora

Michel destacou como os benefícios podem impulsionar a marca empregadora:

  • Atração de talentos: benefícios competitivos e não monetários atraem os melhores talentos.
  • Redução do tempo e custo de contratação: um processo de recrutamento eficiente e indicado por colaboradores reduz os custos e o tempo para encontrar os talentos certos.
  • Pertencimento dos colaboradores: uma Proposta de Valor ao Empregado (EVP) forte e uma abordagem centrada nas pessoas criam um sentimento de pertencimento maior.
  • Aumento da retenção de colaboradores: o desenvolvimento de carreira e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional reduzem o turnover.
  • Credibilidade com clientes: colaboradores felizes e engajados se tornam embaixadores da marca, construindo uma reputação positiva com os clientes.
  • Aumento da produtividade e desempenho: colaboradores motivados e reconhecidos são mais produtivos e engajados.
  • Reputação da empresa: avaliações positivas e o engajamento do público fortalecem a reputação da empresa.
  • Aumento de indicações de funcionários: programas de indicação impulsionam a contratação de novos talentos.
  • Diferenciação da concorrência: benefícios únicos e uma história cativante criam uma marca diferenciada e atraente.

Michel exemplificou como empresas renomadas como Google, Salesforce, Airbnb e Microsoft utilizam benefícios de forma eficaz. Essas organizações são reconhecidas por suas altas taxas de retenção e atração de talentos, bem como pela criação de um ambiente de trabalho saudável.

O valor dos dados

A palestra enfatizou também a importância de ser data-driven na gestão de benefícios. “Medir o impacto dos benefícios na marca empregadora é essencial”, afirmou Michel, destacando a necessidade de acompanhar métricas como:

  • Pesquisas de satisfação dos colaboradores
  • Taxa de retenção de colaboradores
  • Taxa de absenteísmo
  • Feedback qualitativo

Saiba como implementar o iFood Benefícios na sua empresa

O cartão iFood Benefícios pode ser vantajoso para o seu negócio, além de garantir a atração e permanência de bons profissionais, demonstrando reconhecimento e valorização ao colaborador e auxiliando na produtividade durante a gestão da empresa. Se você quer conhecer outras vantagens que o iFood Benefícios pode oferecer para a gestão de sua empresa, acesse agora mesmo o nosso site.

E para encerrar, deixou alguns aprendizados: 

O passado e o presente:

⁃ Mudanças no mundo
⁃ Desafios
⁃ Transformação e impacto
⁃ Velocidade
⁃ Resiliência

Inspiram o futuro: 

⁃ Olhar para as tendências e evoluir
⁃ Estudar, adaptar e observar
⁃ Flexibilizar e sair do óbvio

“Saia do óbvio e faça diferente".

Desafios, força, conquista: uma história de superação

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O empresário e ativista Preto Zezé compartilhou sua inspiradora trajetória de vida, repleta de desafios e conquistas. Com uma narrativa poderosa, ele trouxe à tona experiências que moldaram sua jornada, destacando as dificuldades enfrentadas ao longo do caminho e a força necessária para superá-las. Zezé discutiu como as adversidades o impulsionaram a buscar mudança e transformação, não apenas em sua vida pessoal, mas também em sua comunidade. Seu testemunho ressoou profundamente entre os participantes, ressaltando a importância da resiliência e da esperança em cada passo da caminhada. Através de suas vivências, ele incentivou todos a abraçarem suas histórias e a usarem suas experiências como ferramentas de motivação e força para conquistar seus próprios objetivos.

Preto Zezé é um dos maiores ativistas no debate sobre o racismo no Brasil. Filho de um casal de retirantes, sua mãe trabalhou como empregada doméstica e seu pai como pintor da construção civil. Ele foi criado na favela das Quadras, em Fortaleza, e sua trajetória pessoal é marcada por desafios imensos, incluindo a tragédia de ter perdido um filho para as facções. Essa vivência dolorosa moldou ainda mais seu compromisso com a luta contra a desigualdade e a violência, fazendo dele uma voz ativa na promoção de mudanças sociais e na conscientização sobre as questões raciais que permeiam a sociedade brasileira.

Parceiro de Negócios como Agente de Inovação: Promovendo a Integração entre Pessoas e Negócios

Kellen Aguiar, HR Business Partner da Unimed, Alana Navarro, Corporate Business Partner Manager do Grupo 3corações, abriram o painel destacando o papel dos Business Partners na condução da inovação. Elas identificaram três pilares principais:

  • Compreensão do negócio: possuir um conhecimento profundo dos objetivos e desafios da organização.
  • Conexão com a equipe: vincule as necessidades do negócio às habilidades da equipe, capacite e envolva os funcionários.
  • Visão estratégica: alinhar a estratégia de RH com os objetivos da empresa, garantindo que a pessoa certa esteja no lugar certo.

Para entender as necessidades do negócio, Alana enfatizou a importância de analisar o cenário, entender seus desafios e oportunidades; ouvir ativamente, mantendo um diálogo constante com líderes e equipes; e pensar estrategicamente, considerando os objetivos e desafios da organização na tomada de decisões.

Elas discutiram ainda como os Business Partner podem identificar oportunidades de inovação por meio de:

  • Tendências de mercado: mantenha-se informado sobre tendências e inovações do setor.
  • Novos modelos de negócios: explorando novas maneiras de criar e testar modelos de negócios.
  • Necessidades emergentes: Antecipar demandas futuras de clientes e funcionários.
  • Tecnologias disruptivas: buscando soluções tecnológicas que possam impulsionar os negócios.

Alana também destacou a necessidade de desenvolver uma cultura de inovação dentro das organizações, apontando algumas áreas-chave:

  • Estimulando a criatividade: incentivando a geração de ideias.
  • Tolerância ao risco: aceitar erros e promover o aprendizado contínuo.
  • Colaboração interdisciplinar: incentivar a troca de conhecimento entre diferentes áreas.
  • Liderança engajada: apoiando a liderança para promover a cultura da empresa.

Ela compartilhou como o Grupo 3corações e seus BPs estão profundamente integrados às estratégias, metas e desafios da organização, mantendo-se próximos das equipes e líderes para entender necessidades e oportunidades.

Alana concluiu afirmando que os BPs desempenham um papel crítico como catalisadores para inovação e mudança. "O BP deve ter uma forte capacidade de influência... eles precisam ajudar as áreas a entender a necessidade de mudança e inovação quando necessário."

Kellen reiterou o papel de influenciador do BP dentro da organização, destacando a importância de se manter atualizado, desenvolver-se continuamente, capacitar a liderança, ter uma visão de negócios sólida, conectar-se com as pessoas e usar dados para tomada de decisões.

“Apresentar dados e fatos à liderança aumenta a confiança e a credibilidade em nossas ações”, concluiu Kellen.

Eles incentivaram os participantes a promover uma cultura BP participativa, comunicativa e influente, começando por ouvir funcionários e clientes e tomando a iniciativa de mudança.

Cooperativismo e a agenda ESG

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Dorinha Madeira, especialista em cooperativismo e técnica em formação profissional do Sescoop-CE, e Kátia Normandia, especialista em sustentabilidade e analista de cooperativismo e sustentabilidade do Sicredi, começaram explicando o cooperativismo e a importância do ESG.

Dorinha elaborou sobre o sistema OCB, que compreende três organizações — OCB, SESCOOP e CNCOOP — que apoiam o cooperativismo fornecendo soluções e suporte. Ela enfatizou que as cooperativas estão intrinsecamente ligadas à agenda ESG, desempenhando um papel crucial ao abraçar a sustentabilidade por meio de seus principais componentes:

  • Ambiental: equilíbrio ecológico, enfatizando o respeito ao meio ambiente.
  • Social: equidade social, criação de oportunidades para todos.
  • Econômico: eficiência econômica, destacando competitividade e inovação.

“ESG representa sustentabilidade com desempenho demonstrado... está incorporado no DNA do cooperativismo... para o cooperativismo, as pessoas são o maior valor, portanto o ESG permeia todos os processos de estratégia, planejamento e tomada de decisão.”

Kátia compartilhou como o Sicredi implementa o ESG na prática, descrevendo o desenvolvimento sustentável como o atendimento às necessidades da geração atual sem comprometer as gerações futuras. Por meio de exemplos práticos, ela delineou os doze temas focais do Sicredi para práticas de ESG:

  • Promovendo a educação financeira
  • Oferecendo soluções financeiras e não financeiras com impacto positivo
  • Garantir a gestão integrada dos riscos sociais, ambientais e climáticos
  • Promover uma gestão eficiente
  • Trabalhando com fornecedores alinhados à gestão sustentável
  • Disseminando cooperativismo e sustentabilidade
  • Fortalecimento dos modelos de governança
  • Promover inclusão, diversidade e equidade
  • Estimular economias locais
  • Promover a inclusão financeira
  • Desenvolvendo pessoas
  • Contribuindo para o desenvolvimento da comunidade

Kátia finalizou reforçando a necessidade das organizações se engajarem com práticas ESG, pois elas são um compromisso essencial com a sociedade.

O poder do LinkedIn na prática: estratégias reais para RH

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Madalena Medeiros, especialista em estratégias de Linkedin, iniciou a palestra compartilhando um pouco de sua trajetória e a importância da decisão em realizar uma transição de carreira. Utilizou toda a sua experiência, conhecimentos e habilidades para redefinir sua rota e se tornar uma autoridade em LinkedIn, utilizando-o de maneira estratégica.

Ela explica que o LinkedIn é uma rede social voltada para networking e realização de negócios, com 1 bilhão de usuários no mundo e mais de 75 milhões de usuários no Brasil. Segundo uma pesquisa da própria rede, o LinkedIn é considerado uma das principais estratégias na consolidação da imagem de CEOs, Diretores, Presidentes e grandes executivos.

Madalena forneceu, então, algumas dicas para utilizar o perfil do LinkedIn de forma adequada para valorizar a marca da empresa, melhorar a atração de talentos e chamar a atenção de recrutadores:

  1. Verificar sua pontuação em www.linkedin.com/sales/ssi.
  2. Solicitar e gerar conexões com frequência e enviar mensagens de boas-vindas.
  3. Personalizar a URL do perfil.
  4. Preencher o título utilizando palavras-chave para aparecer em pesquisas relacionadas.
  5. Preencher a seção "Sobre", descrevendo o que há de mais relevante em seu trabalho, valorizando as três primeiras linhas e evitando começar com a descrição do cargo atual e seu tempo nele.
  6. Postar conteúdo estratégico com frequência, baseado em quatro pilares: educar, convencer, inspirar e entreter.

“Se você quiser ser reconhecido como um profissional de valor, deve se apresentar como um profissional de valor”, afirmou.

Ela finalizou destacando que o LinkedIn não é apenas uma ferramenta para procurar emprego, mas sim uma importante ferramenta para fazer networking e realizar negócios.

Rituais para desenvolver equipes

Patrícia Buzolin, psicóloga clínica e organizacional, iniciou a oficina trazendo a definição de rituais como ações repletas de simbolismo e significado que uma pessoa ou grupo realiza repetidamente, seguindo um script definido.

Os rituais trazem uma sensação de calma e bem-estar, criando momentos significativos. São realizados com intenção e consciência. Patrícia então apontou as práticas e atividades de saúde e bem-estar nas organizações como rituais importantes para o desenvolvimento dos colaboradores.

“Se quiserem mudar a cultura na empresa, olhem para os rituais que vêm sendo feitos ou que podem ser feitos”, afirmou. Em seguida, pediu que os participantes anotassem os rituais que praticam hoje em seus cargos e vidas pessoais, classificando-os em alta relevância, frequência, baixa relevância e não praticados com frequência.

Para criar rituais, é importante compreender as necessidades do time e as etapas de desenvolvimento. Pensando nisso, Patrícia se aprofundou nos estudos e teorias de Will Schutz, que define as etapas da vida de um grupo como:

  1. Inclusão - sentir-se parte do grupo, perceber que tem valor.
  2. Controle - necessidade de ser importante, de sentir-se competente.
  3. Afeição - proximidade pessoal, criação de vínculos.
  4. Separação - saída de alguém da empresa ou do grupo ao qual pertence.

Em seguida, Patrícia reuniu os participantes em grupos para realizarem diversas atividades rápidas, buscando desenvolver o olhar para rituais sob a perspectiva de Schutz, fazendo os participantes perceberem o valor gerado ao se criarem rituais para o desenvolvimento de pessoas.

Vamos falar de saúde mental? 

Para fechar o CearáRH com chave de ouro, o ator Marcelo Serrado comandou um bate-papo fundamental sobre saúde mental, trazendo à tona questões que afetam muitas pessoas na sociedade. Em um relato pessoal e inspirador, ele compartilhou suas experiências com crises de pânico e ansiedade, ressaltando a importância de se abordar abertamente este tema cada vez mais relevante.

Serrado destacou que a ansiedade, a depressão e as crises de pânico são realidades para inúmeras pessoas, que muitas vezes recorrem a tratamentos medicamentosos na busca por alívio dos sintomas e por uma qualidade de vida melhor.

O ator também fez menção à Síndrome de Burnout, uma condição que tem se tornado crescente no ambiente de trabalho, resultante do esgotamento mental causado por situações estressantes, como demandas excessivas, escassez de colaboradores, pressão hierárquica e carga de trabalho excessiva.

Durante o painel, ele compartilhou sua própria trajetória de recuperação, que envolveu práticas como meditação, alimentação balanceada, terapia de regressão, leitura e autoconhecimento. Serrado enfatizou que o suporte de profissionais e de pessoas próximas é crucial para o processo de recuperação. Sua história se configura como um importante estímulo para que todos se priorizem e busquem apoio quando necessário, especialmente aqueles em posições de liderança que têm a responsabilidade de cuidar de outras pessoas dentro das organizações.

Ao final de sua fala, ele deixou uma reflexão poderosa: “O RH cuida dos colaboradores, mas quem cuida do RH?” Ele ressaltou que mesmo esses profissionais, que muitas vezes ficam responsáveis pelo bem-estar dos outros, precisam se lembrar da importância de cuidar de si mesmos e de sua saúde mental.

O CearáRH chegou ao fim!

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Agora que você já tem um resumo completo dos principais paineis, palestras e debates, com destaque para as ideias e tendências que vão transformar o mundo do RH e tudo que rolou no CEARÁRH 2024, já pode colocar em prática tudo que aprendeu!

Saímos inspirados e enriquecidos por todos os momentos vivenciados durante este evento. A troca de ideias, a interação com profissionais renomados e as discussões aprofundadas sobre temas relevantes nos proporcionaram aprendizados valiosos que certamente serão aplicados em nossas práticas diárias.

Continue acompanhando o Acrescenta, hub de conteúdo de iFood Benefícios, para ficar por dentro de todos os eventos de RH, gestão de pessoas e liderança que acontecem Brasil afora.

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