Como são classificadas as profissões de risco e quais são?

Descubra as principais profissões de risco, como elas são classificadas e quais medidas ajudam a proteger quem atua em atividades perigosas....

21 de Novembro de 2025

Leitura de 6 min

As profissões de risco são aquelas que expõem o trabalhador a condições que podem comprometer sua segurança, saúde física ou mental durante o exercício da função. Essas atividades são classificadas de acordo com o nível e o tipo de risco ao qual o profissional está sujeito, como agentes físicos, químicos, biológicos ou ergonômicos

legislação trabalhista prevê regras específicas para essas atividades, definindo como são classificadas e quais proteções adicionais devem ser oferecidas a quem as exerce. Continue lendo e confira mais sobre esse assunto!

Índice:

Quais são as profissões consideradas de risco?

As profissões de risco envolvem tarefas que, por sua própria natureza, são mais suscetíveis a acidentes ou doenças ocupacionais, exigindo medidas de proteção específicas e o uso rigoroso de equipamentos de segurança. Veja as áreas e cargos que mais se enquadram nessa situação!

Construção Civil

O setor da construção civil lidera as estatísticas de acidentes de trabalho. Os profissionais dessa área estão frequentemente expostos a quedas de altura, manuseio de ferramentas pesadas e contato com materiais tóxicos. A ausência de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados e a falta de capacitação técnica aumentam consideravelmente o risco, reforçando a necessidade de treinamentos contínuos e supervisão rigorosa, mesmo nas tarefas aparentemente mais simples.

Mineração

Na mineração, os riscos são igualmente elevados. Trabalhadores enfrentam ameaças constantes de desabamentos, explosões e exposição a gases nocivos. As condições nas minas exigem vigilância permanente e cumprimento estrito das normas de segurança, a fim de prevenir tragédias.

Segurança Pública

Entre as profissões mais expostas ao perigo estão também as da área de segurança pública, como policiais e bombeiros. Esses profissionais lidam diariamente com situações de alto risco, como confrontos armados, incêndios e resgates em ambientes perigosos, colocando suas vidas em risco para proteger a sociedade. A pressão psicológica e a constante exposição ao perigo tornam essas carreiras particularmente desafiadoras.

Transporte Rodoviário

Os motoristas de transporte rodoviário, especialmente os de longas distâncias, enfrentam altas taxas de acidentes e problemas de saúde decorrentes de jornadas extensas e condições precárias nas estradas. A fadiga, a falta de infraestrutura e a exposição contínua a variações climáticas e ambientais contribuem para o elevado índice de acidentes de trânsito

Indústria Elétrica

A indústria elétrica é outro segmento em que os trabalhadores convivem com perigos de alto potencial, como choques elétricos, curtos-circuitos e quedas em altura. Esses profissionais devem seguir protocolos rigorosos de segurança e utilizar EPIs adequados, sendo indispensável a fiscalização constante por parte das empresas para garantir um ambiente de trabalho seguro.

Quais os principais riscos aos quais os trabalhadores estão expostos?

Os riscos ocupacionais são aqueles aos quais os trabalhadores estão expostos durante o exercício de suas atividades e estão definidos e classificados nas Normas Regulamentadoras (NRs).

De acordo com as NR-9 e NR-12, normas voltadas à saúde e segurança ocupacional, bem como à Portaria nº 25/1994, esses riscos são divididos em cinco categorias principais: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes de trabalho (ou mecânicos). 

1. Riscos Físicos

São aqueles associados a agentes ambientais que podem afetar o organismo humano, como ruído excessivo, vibrações, radiações ionizantes, temperaturas extremas (frio e calor), pressões anormais e umidade.
Cada fator possui limites máximos de exposição definidos por norma, por exemplo, o nível de decibéis permitido em ambientes com ruído. 

2. Riscos Químicos

Incluem substâncias, compostos ou produtos químicos capazes de penetrar no organismo humano por via respiratória, como gases, poeiras, névoas, fumos e vapores. Também são considerados riscos químicos aqueles que podem ser absorvidos pela pele ou ingeridos acidentalmente.

3. Riscos Biológicos

Os riscos biológicos envolvem o contato direto com microrganismos como bactérias, fungos, vírus e protozoários. Esses agentes podem causar doenças infecciosas e, por isso, exigem protocolos específicos de prevenção, que variam conforme o tipo e a gravidade do agente patogênico presente no ambiente de trabalho.

Profissionais da área da saúde, coleta de resíduos e laboratórios estão entre os mais expostos a esse tipo de risco.

4. Riscos Ergonômicos

Os riscos ergonômicos estão relacionados à interação entre o trabalhador, suas tarefas, os equipamentos e o ambiente físico. A ergonomia busca adequar o trabalho ao ser humano, levando em conta aspectos físicos, cognitivos e psicossociais.

Entre os principais exemplos de riscos ergonômicos estão: posturas incorretas, levantamento e transporte de peso, movimentos repetitivos, jornadas prolongadas e sobrecarga física ou mental.

5. Riscos de Acidentes (ou Mecânicos)

Essa categoria abrange todas as condições inseguras que podem resultar em acidentes de trabalho. Entre os exemplos mais comuns estão: má iluminação, ausência de proteções em máquinas e equipamentos, instalações elétricas precárias, pisos escorregadios, trabalho em altura, falta de sinalização adequada e infraestrutura deficiente.

Quais são os níveis de risco na segurança ocupacional?

classificação dos graus de risco é uma prática fundamental na gestão de segurança ocupacional, pois permite identificar o nível de perigo das atividades e definir as medidas de proteção necessárias. Geralmente, os riscos são divididos em cinco graus, conforme o potencial de dano à saúde e à segurança do trabalhador:

Grau de Risco 1 – Baixo

Atividades com baixo potencial de perigo, em que os riscos à saúde e à segurança são mínimos.

Exemplo: funções administrativas e de escritório.
Cuidados básicos: pausas regulares, ergonomia adequada e controle do estresse.

Grau de Risco 2 – Moderado

Atividades que apresentam riscos controláveis, geralmente eliminados com medidas simples de segurança. 

Exemplo: pequenos comércios e serviços de atendimento ao público.
Medidas essenciais: uso de EPIs, boas práticas de higiene e treinamentos básicos.

Grau de Risco 3 – Significativo

Ambientes com riscos relevantes, que exigem controle mais rigoroso e monitoramento constante.

Exemplo: indústrias de pequeno porte e obras de construção civil.
Ações necessárias: avaliações de risco, manutenção preventiva e programas de prevenção de acidentes.

Grau de Risco 4 – Alto

Atividades com elevado potencial de perigo, que requerem protocolos de segurança contínuos.

Exemplo: grandes indústrias e construção pesada.
Recomendações: supervisão permanente, treinamentos frequentes e medidas de proteção coletiva (como ventilação e barreiras).

Grau de Risco 5 – Muito Alto

Trabalhos com riscos severos e permanentes, exigindo nível máximo de controle e prevenção.

Exemplo: mineração, plataformas de petróleo e operações industriais complexas.
Medidas prioritárias: tecnologias de monitoramento, planos de emergência, auditorias regulares e treinamentos intensivos.

Qual a profissão que mais causa doença devido ao trabalho atualmente?

Há forte subnotificação de doenças ocupacionais no Brasil, o que dificulta a verificação precisa. Por exemplo, em 2024 apenas 1% dos acidentes de trabalho registrados eram doenças ocupacionais.

indústria de saúde e serviços sociais (por exemplo, enfermeiros, cuidadores) costuma apresentar taxas elevadas de doenças relacionadas ao trabalho (incluindo lesões por esforço repetitivo, doenças ligadas a estresse, violência de pacientes). Este é um setor com muitos riscos ergonômicos e psicossociais.

Além disso, setores como agricultura, silvicultura, pesca e caça têm taxas altas de fatalidades e contato com substâncias tóxicas, que podem levar a doenças ocupacionais graves. Outro tipo muito comum de doença ocupacional é a perda auditiva induzida por trabalho,  por exemplo, trabalhadores expostos a ruído industrial têm prevalência maior de dano auditivo.

 

 

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