Qual a relação de alimentação e produtividade no trabalho?

Condições musculares, auditivas e respiratórias fazem parte da lista
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9 de Junho de 2025
Leitura de 5 min
Publicada originalmente em 1999 pelo Ministério da Saúde, a lista de doenças relacionadas ao trabalho foi atualizada em novembro de 2023.
Atualmente, há 347 patologias divididas em diferentes categorias, como neoplasias, doenças variadas (infecciosas, parasitárias, hematológicas, endócrinas, imunológicas, neurológicas, dermatológicas, oftalmológicas, otorrinolaringológicas, gastrointestinais, respiratórias, circulatórias, osteomusculares, geniturinárias), intoxicações exógenas e transtornos mentais.
De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde, entre 2007 e 2022, o Sistema Único de Saúde (SUS) atendeu quase 3 milhões de casos de doenças ocupacionais, sendo a maioria (52,9%) referente a acidentes de trabalho.
Os dados também mostram que 26,8% das notificações foram relacionadas à exposição de materiais biológicos, 12,2% a acidentes com animais peçonhentos e 3,7% por lesões de esforço repetitivo (LER).
Salvo acidentes de trabalho, algumas condições de saúde relacionadas ao trabalho são consideravelmente comuns no Brasil.
Índice:
A sigla DORT significa Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho e é usada por muitos especialistas para substituir a LER.
Isso acontece porque muitos pacientes com sintomas no sistema musculoesquelético não apresentam lesões propriamente ditas, além do esforço repetitivo não ser o único tipo de sobrecarga operacional potencialmente prejudicial à saúde.
Contração muscular por longos períodos, postura inadequada, excesso de força para a execução de tarefas e instrumentos com vibração excessiva também podem causar problemas como mialgia, lombalgia, tendinite, bursite, coccidinia, epicondilite, entre outros.
Como essas doenças se manifestam gradativamente, demoram mais tempo para serem percebidas e muitas vezes não são levadas com a seriedade necessária. Se não tratadas a tempo, podem causar dores crônicas, problemas de mobilidade e debilidade.
Podem ser evitadas e tratamentos com a ajuda de alongamentos, exercícios físicos e medicamentos sob prescrição médica. Em casos mais severos, precisam de fisioterapia e procedimentos cirúrgicos.
Ficar muito tempo na mesma posição — em pé ou sentado — pode desencadear as varizes. Fatores genéticos, excesso de peso, avanço da idade e sedentarismo também podem contribuir com o desenvolvimento do quadro.
Ainda que suas causas sejam desconhecidas, os médicos acreditam que a debilidade das paredes das veias localizadas logo abaixo das pernas é o principal problema. Com o passar do tempo, isso faz com que as veias percam elasticidade, causando o acúmulo de sangue. Para acomodar o fluxo, tornam-se alargadas e sinuosas, criando protuberância sob a derme.
O resultado é sensação de cansaço nas pernas, dores e, em alguns casos, prurido na região dos tornozelos — principalmente devido ao aquecimento causado pelo uso de meias ou meia-calça —, que podem provocar arranhões, vermelhidão e erupção cutânea.
As varizes também podem estimular o surgimento de dermatite, flebite, trombose venosa superficial ou insuficiência venosa crônica.
Os métodos de tratamento incluem meias de compressão, injeção, terapia a laser ou cirurgia, a depender do diagnóstico.
Para preveni-las, vale controlar o peso, fazer atividades físicas regularmente, usar calçados confortáveis, evitar cigarros e fazer exames de rotina ao menos uma vez por ano.
Trabalhadores expostos a ruídos altos e constantes, como em fábricas com máquinas pesadas, são suscetíveis a perder a audição de forma parcial ou total.
É por isso que esses profissionais devem utilizar EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) adequados, como protetores auriculares com isolamento acústico.
A perda de audição acontece aos poucos, indicada por alguns sinais:
Os tratamentos variam conforme a gravidade de cada caso. Medicamentos, cirurgias e aparelhos auditivos são algumas soluções.
Os brasileiros passam 56% de seus dias na frente das telas — cerca de nove horas diárias —, como indica a pesquisa Digital 2023: Global Overview Report, da DataReportal.
Além das problemáticas sociais e emocionais, o brilho das telas pode causar problemas de vista, incluindo olhos cansados, vermelhidão, ressecamento, irritação, ardência e turvação visual. Também pode desencadear ou agravar quadros de miopia, estrabismo e enxaqueca.
As recomendações médicas para evitar esses problemas são:
Em relação a tratamentos, um profissional qualificado pode indicar soluções medicamentosas, óculos, lentes de contato ou cirurgias.
No cenário ocupacional, as doenças respiratórias são provocadas pela inalação de fumaça, produtos químicos e outras substâncias nocivas. Asma, antracose, rinite alérgica, faringite e bronquite são alguns exemplos.
Os sintomas são diferentes em cada patologia, mas se encontram na falta de ar ou dificuldade para respirar. Da mesma forma, os tratamentos variam conforme o diagnóstico feito por um médico pneumologista.
Como prevenção, os colaboradores devem usar EPIs indicados pelos órgãos regulamentadores. Para profissionais da indústria ou da área da saúde, recomendam-se máscaras N95 e peças semifaciais filtrantes.
Seja no escritório, no chão de fábrica ou no campo, a empresa deve tomar medidas para prezar pela saúde de seus colaboradores.
Além de seguir as Normas Regulamentadoras estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a empresa pode investir em ergonomia, ginástica laboral, treinamentos, campanhas de conscientização e políticas de monitoramento e avaliação de riscos.
Benefícios também são indispensáveis, como planos de saúde, planos odontológicos, convênio com academias e assistência psicológica. Isso permite que os colaboradores tenham acesso facilitado a meios de cuidados com o próprio bem-estar, otimizando a qualidade de vida e a produtividade no trabalho.
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