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Saiba quais requisitos garantem a validade legal do atestado médico e evitam sua recusa por empresas ou instituições.
12 de Dezembro de 2025
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O atestado médico é um documento essencial para justificar ausências no trabalho, na escola ou em outras atividades formais, garantindo direitos previstos em lei e protegendo a saúde do paciente. No entanto, muitas pessoas desconhecem que sua validade depende de uma série de regras e requisitos específicos.
Compreender esses critérios é fundamental para evitar transtornos, contestação do atestado e até consequências legais. Neste contexto, este conteúdo aborda quais são as exigências legais e práticas que asseguram a validade de um atestado médico, orientando pacientes e instituições sobre seu correto uso. Confira!
Índice:
O atestado médico possui um papel bastante específico: ele serve para justificar ausências decorrentes de problemas de saúde, seja no trabalho, seja em instituições de ensino. Por meio desse documento, o profissional de saúde confirma o estado clínico do paciente naquele momento, reconhecendo sua incapacidade temporária de realizar determinadas atividades.
A legislação determina que o médico deve emitir o atestado de forma correta e fiel à realidade sempre que o paciente necessitar. Isso reforça a importância da relação de confiança entre médico e paciente, que deve ser preservada.
O Código de Ética Médica estabelece que o profissional não pode negar um atestado quando o paciente realmente necessita, como nos casos em que uma enfermidade exige afastamento e repouso para recuperação. Por outro lado, o mesmo código determina que todo documento médico deve refletir informações reais.
Assim, há situações em que o médico pode recusar legitimamente a emissão de um atestado ou laudo, especialmente quando a solicitação não condiz com os achados clínicos da consulta ou quando há indícios de uso indevido do documento. Nesses casos, a negativa deve ser fundamentada em justificativas éticas e legais, garantindo a integridade do ato médico.
Para que um atestado seja reconhecido como válido do ponto de vista legal, ele deve apresentar obrigatoriamente:
É importante destacar que o atestado deve ser emitido em papel com identificação oficial da instituição. Qualquer rasura ou alteração compromete sua validade, podendo ser interpretada como tentativa de fraude.
A emissão de um atestado tem início durante o atendimento médico, momento em que o profissional avalia cuidadosamente a condição de saúde do paciente. O médico começa realizando a anamnese, uma conversa estruturada destinada a levantar informações importantes, como alergias, doenças pré-existentes, uso de medicamentos contínuos, histórico de cirurgias e tratamentos anteriores, além de hábitos de vida e características do ambiente de trabalho.
Após essa etapa, o profissional segue para a avaliação física, utilizando métodos como inspeção, palpação, ausculta e percussão, com o objetivo de identificar possíveis alterações nos sistemas do organismo. Quando necessário, podem ser solicitados exames complementares, que auxiliam na confirmação do diagnóstico.
Ao final do atendimento, o médico define o tratamento adequado, faz as prescrições necessárias e, caso identifique incapacidade temporária para as atividades do paciente, emite o atestado justificando o período de afastamento. O documento é então entregue ao paciente, que deve encaminhá-lo ao setor responsável da empresa, geralmente o departamento de Recursos Humanos.
O processo pode ser resumido nos seguintes passos:
A Classificação Internacional de Doenças (CID) é um sistema global que organiza e codifica doenças, lesões e diversos agravos à saúde, permitindo uma padronização na forma como diagnósticos são registrados e compartilhados. Embora sua inclusão em atestados médicos não seja obrigatória por lei, sua presença costuma ser bastante útil.
Quando o CID é inserido no documento, o motivo do afastamento do paciente fica mais claro e objetivo, o que pode facilitar a análise por parte do empregador e também do INSS, caso seja necessário solicitar benefícios previdenciários ou comprovar incapacidade laboral.
Ainda assim, o uso do CID deve respeitar o sigilo médico. O profissional de saúde precisa considerar que o atestado é um documento protegido por confidencialidade, sobretudo quando o paciente solicita que determinadas informações permaneçam reservadas. A divulgação de dados sensíveis só é aceita em situações específicas, como com autorização expressa do paciente, por justa causa ou quando houver determinação legal.
Desse modo, o médico somente pode fornecer informações completas sobre diagnóstico, prognóstico e tratamento, como em boletins ou relatórios médicos, se houver consentimento do paciente ou de seu responsável legal.
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