Como criar oportunidades que retêm talentos e movimentam resultados

Quando a equidade de gênero deixa de ser pauta social, vira motor estratégico.
O maior evento de RH da América Latina. A 51º edição reúne pessoas, negócios, tecnologias e potencializa conexões.
26 de Agosto de 2025
Leitura de 2 min
Por: Claudia Colaferro
CEO da AngelUs, com ampla experiência em gestão estratégica. Atua no desenvolvimento de soluções inovadoras em recursos humanos, promovendo diversidade, inclusão e transformação cultural nas organizações.
Durante muito tempo, a equidade de gênero foi tratada como um gesto de boa vontade, quase um “favor” das empresas às mulheres. Esse olhar reducionista não só limitou as iniciativas, como também atrasou transformações profundas nas organizações. Hoje, o que vemos de mais consistente é que equidade não é sobre assistencialismo, é sobre impacto.
Quando nós, mulheres, ocupamos espaços de liderança, não apenas ampliamos a representatividade, mas também desbloqueamos perspectivas que geram inovação e respostas mais criativas para problemas complexos.
Negócios são construídos em cima de decisões, e quanto mais diversas forem essas decisões, mais competitivas se tornam as empresas. Isso fica ainda mais evidente em setores que precisam se reinventar em ciclos cada vez mais curtos, pressionados por consumidores, investidores e pela sociedade.
A grande diferença está na continuidade. Ações pontuais podem até criar manchetes, mas são os investimentos duradouros em equidade que realmente transformam culturas e resultados.
Quando uma mulher cresce em sua carreira, ela multiplica esse impacto em cadeia: melhora sua condição, fortalece sua família, abre portas para outras e, ao fazer isso, transforma também o entorno. Essa é a lógica do investimento de impacto, em que cada conquista reverbera para além do indivíduo e se traduz em inovação, produtividade e reputação para o negócio.
Também é preciso reconhecer que esse avanço não acontece sem o enfrentamento de barreiras culturais. As estruturas que moldaram o mundo corporativo são antigas, resistentes e, muitas vezes, invisíveis. Por isso, líderes precisam insistir, educar e sustentar mudanças mesmo quando parecem lentas ou desafiadoras. A equidade exige prática diária, desde critérios claros para promoções e montagens de equipes até programas de capacitação, patrocínio estratégico e revisões sistemáticas de políticas salariais. Empresas que alinham essas ações às suas metas estratégicas colhem frutos que vão além do lucro, construindo uma cultura que retém talentos e se adapta melhor a mudanças.
Equidade de gênero não é apenas uma questão de relevância corporativa ou de resultados financeiros. É também uma questão de justiça social, que reflete os valores de uma empresa alinhada às expectativas de seus colaboradores e à sociedade como um todo. E isso não beneficia apenas as mulheres, mas toda a organização, que se torna mais ágil, criativa e preparada para lidar com as incertezas de um mercado em constante transformação.
O futuro das empresas que desejam crescer de maneira sustentável passa pela equidade. É ela que garante não só resultados financeiros, mas também relevância social. Quando líderes entendem que diversidade é força competitiva, deixam de tratar a pauta como “extra” e passam a vê-la como central. Equidade é insistência, é consistência e, acima de tudo, é visão de futuro.
No iFood Benefícios, acreditamos que negócios sustentáveis nascem quando pessoas podem ser quem são. Quer ver mais reflexões e práticas que transformam o RH em motor de equidade? Continue acompanhando aqui no Acrescenta.