As regras do jogo mudaram: você está preparado para a nova era do trabalho?

Tecnologias e novas políticas de gestão de pessoas são alguns elementos-chave para um cenário profissional em constante evolução

14 de Maio de 2025

Leitura de 5 min

Assim como qualquer aspecto da sociedade, o trabalho vem passando por grandes transformações. Essa evolução é baseada em uma série de fatores: o avanço da tecnologia, questões econômicas, novas demandas do mercado, resquícios da pandemia e a mudança no pensamento coletivo no que se refere à maneira que as pessoas navegam pelo mundo.

Acompanhar essas alterações é algo fundamental para o sucesso de qualquer negócio, fazendo com que a não aderência seja o mesmo que abrir mão de inúmeras oportunidades de crescimento e ficar para trás.

Muitas empresas, no entanto, continuam presas no passado. Seja por falta de preparo ou resistência à adoção de novos caminhos, quem decide parar no tempo só tem a perder.

Diante de tantas novidades, é normal se sentir intimidado e levar certo tempo para implementá-las, mas fingir que o trabalho continua o mesmo de anos atrás é uma atitude que não condiz com a realidade.

Índice:

Trabalho remoto e híbrido

trabalho remoto cresceu 12,3% entre 2012 e 2022, como mostram dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada em meados de 2024.

O ápice aconteceu em 2022, mas desacelerou consideravelmente a partir do final de 2023, como indicam as ofertas de empregos no Brasil. Segundo o relatório Tendências da Empregabilidade 2025, realizada pela Gupy, plataforma de recrutamento e seleção, a incidência de vagas home office (5%), híbridas (7%) e presenciais (87,2%) apresentaram grande discrepância até junho do ano passado.

Mesmo que as oportunidades para trabalhar em casa ainda sejam maiores do que no período pré-pandemia – 1,4% maior do que a média de 2019 –, o recuo do mercado vem deixando os profissionais insatisfeitos o bastante para recusar empregos presenciaiscomo mostra uma reportagem do G1. Transporte caro e lotado, trânsito, tempo com os filhos e qualidade de vida são os principais motivos para desagrado.

É por isso que o levantamento da Gupy aposta que o modelo híbrido será a grande tendência do mercado em 2025, já que o formato apresenta equilíbrio entre flexibilidade para a rotina dos colaboradores e a interação cara a cara que pode solidificar a cultura organizacional.

Digitalização de processos

digitalização no ambiente de trabalho não é novidade. Das máquinas de escrever aos computadores, do fax ao e-mail, das salas de arquivo ao armazenamento em nuvem, todas as gerações passaram por desenvolvimentos tecnológicos expressivos.

Atualmente, qualquer atividade profissional depende de recursos digitais. Microempresários, por exemplo, usam as redes sociais para divulgar seu trabalho e o WhatsApp para se comunicar com clientes.

Senso assim, a digitalização é absolutamente indispensável para qualquer empresa, mas as organizações de grande porte, que atendem a milhares ou milhões de pessoas com produtos e serviços de alto impacto, têm uma urgência maior.

De acordo com o painel “State of Teams: The Future of Work Arrived, and No One Was Ready For It”, no qual o iFood Benefícios esteve presente durante o SXSW 2025, as empresas que fazem parte da lista Fortune 500 perdem cerca de 2,4 bilhões de horas apenas no processo de busca por informações essenciais.

Considerando um volume tão intenso, o tratamento desses dados seria impossível sem o auxílio de soluções digitais – ferramentas de big data, IA (Inteligência Artificial), entre outros – e profissionais especializados, como analistas e engenheiros de dados.

digitalização contínua e inteligente é capaz de otimizar processos de qualquer área, ainda mais perante a rapidez, força e complexidade das configurações atuais referentes a trabalho e sociedade. É exatamente por isso que 93% dos executivos acreditam que a tecnologia é indispensável para o sucesso organizacional das empresas.

Inteligência Artificial

Inteligência Artificial é uma realidade crescente. No Brasil, 37% dos postos de trabalho estão expostos a IA generativa, com enorme potencial para mudanças significativas no dia a dia operacional. Essa taxa é a segunda maior da América Latina e do Caribe, atrás apenas da Costa Rica, conforme estudo realizado pela Organização Mundial do Trabalho (OIT).

Já a pesquisa “Redefinindo o alto desempenho da Nova Era do Trabalho”, da Microsoft, lista alguns benefícios da IA para suprir lacunas e enfrentar dificuldades da rotina operacional que podem comprometer o rendimento:

  • Acumulação de tarefas tediosas e ineficiência de processos organizacionais
  • Cultura ineficiente de trabalho, como reuniões infrutíferas e expediente muito longo
  • Colaboradores desengajados e esgotados
  • Dificuldade para identificar e solucionar problemas em habilidades essenciais
  • Falta de ações para impulsionar melhorias
  • Gestores sobrecarregados
  • Inacessibilidade a informações e recursos relevantes para o fluxo de trabalho
  • Falta de alinhamento em relação a metas e aspectos organizacionais
  • Insuficiência de ferramentas que ajudem na produtividade
  • Sistemas inadequados para apoiar a colaboração coletiva eficiente
  • Colaboradores isolados e desconectados
  • Tecnologias datadas que são difíceis de usar
  • Inaptidão no aproveitamento de tecnologias que podem resultar em crescimento e inovação
  • Sistemas desatualizados que impedem o processo de dimensionamento

O relatório da Microsoft também aponta que os líderes veem a IA como um acelerador para o alto desempenho, enquanto os colaboradores se empolgam com a possibilidade de que suas tarefas e carga de trabalho possam ser facilitadas e diminuídas.

Mesmo assim, ainda existem dúvidas. A OIT afirma “grande incerteza” relacionada a IA em 22% dos trabalhadores brasileiros, mas que o risco de perder as funções para os robôs, por enquanto, é de 2%.

Com o progresso da Inteligência Artificial no mercado, não há para onde correr. Tanto as empresas quanto os colaboradores devem estar prontos para adotar os frutos da inovação caso queiram se manter atualizados e em posição de competitividade.

Gestão de pessoas humanizada

Foi-se o tempo em que a responsabilidade da área de Recursos Humanos era limitada a recrutamento e seleção e pagamento de salário e benefícios. Hoje, com a conversa sobre saúde mental e bem-estar no centro da mesa, a gestão humanizada é crucial para o triunfo de qualquer empresa.

Isso não é apenas uma questão de consideração ao próximo, mas também de estratégia de negócios. Lideranças empáticas, comunicativas e respeitosas, que pensam na saúde física, psicológica e emocional de suas equipes, produzem mais.

A pesquisa “Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho”, da Robert Half, revela que 45% dos profissionais entrevistados tiverem problemas de produtividade relacionados a dificuldades emocionais no último ano.

Times saudáveis, satisfeitos e felizes se tornam mais dispostos e engajados, algo que contribui diretamente para o cumprimento de prazos, elaboração de novas ideias, qualidade das entregas, retenção de talentos e aumento de lucros.

 

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