Employee Experience como moeda de influência no negócio

O futuro das culturas corporativas nasce quando ciência e diversidade se encontram no mesmo caminho
O maior evento de RH da América Latina. A 51º edição reúne pessoas, negócios, tecnologias e potencializa conexões.
22 de Agosto de 2025
Leitura de 3 min
Por: Silene Rodrigues
Diretora de Recursos Humanos da Adidas Brasil, com mais de 30 anos de experiência em gestão de pessoas. Ela lidera uma área que transforma o esporte em cultura corporativa, promovendo bem-estar, inclusão e propósito dentro da organização.
Nos últimos anos, muito se falou sobre liderança humanizada, mas o debate ganhou outra dimensão quando neurociência e diversidade começaram a mostrar resultados concretos em empresas modernas. Organizações que aplicam esse encontro têm conseguido aumentar a inovação, fortalecer o engajamento e criar culturas mais resilientes. Isso nos leva a uma questão central: como colocar as pessoas no centro das decisões de forma prática, unindo ciência e pluralidade de experiências para transformar esse ideal em realidade?
A neurociência oferece respostas valiosas sobre como tomamos decisões, reagimos a estímulos e construímos confiança. Estudos mostram que fatores como segurança psicológica e reconhecimento ativam áreas cerebrais relacionadas ao bem-estar e à motivação. Em termos práticos, isso significa que líderes capazes de criar ambientes seguros emocionalmente estimulam engajamento, criatividade e resiliência — ativos críticos em tempos de mudança acelerada.
Por outro lado, a diversidade (tanto de gênero, quanto de etnia, idade, formação, pensamento e experiência) amplia a capacidade do cérebro coletivo da empresa. Equipes diversas processam problemas de forma mais ampla, identificam riscos mais cedo e desenvolvem soluções mais inovadoras. Mas para colher esses benefícios, não basta contratar perfis diferentes: é preciso integrar verdadeiramente essas vozes às decisões estratégicas.
O ponto de encontro entre neurociência e diversidade está na forma como lideramos. Um líder humanizado reconhece que cada pessoa interpreta o mundo de maneira única e ajusta sua comunicação, delegação e feedback de acordo com essas diferenças. Ele entende que o cérebro humano é moldado pelas experiências e que o potencial de uma equipe só se realiza quando cada membro se sente pertencente ao grupo e é valorizado. Foi o que aconteceu na Microsoft sob a liderança de Satya Nadella: ao transformar a inclusão em compromisso pessoal, inspirado por sua própria vivência familiar, ele desafiou a organização a olhar além da tecnologia e a projetar com base nas pessoas. Essa mudança cultural provou que quando a empatia entra na estratégia, a diversidade deixa de ser apenas um discurso e se torna motor de inovação e humanidade dentro da empresa.
Integrar esses conceitos exige investimento em formação, práticas inclusivas e políticas consistentes. Mas também pede autoconhecimento. A transformação cultural começa no indivíduo que lidera: reconhecer seus próprios vieses, entender suas reações automáticas e estar disposto a aprender continuamente.
Culturas corporativas não mudam da noite para o dia. Elas se transformam quando líderes assumem a responsabilidade de unir ciência e humanidade para criar ambientes mais justos, criativos e produtivos. No fim, essa é a base para empresas mais adaptáveis e pessoas mais realizadas.
Construir uma cultura mais humana e inclusiva começa com pequenas escolhas diárias. Isso inclui cuidar das pessoas dentro e fora do trabalho. O iFood Benefícios apoia empresas que querem ir além do discurso, oferecendo soluções flexíveis que valorizam diferentes necessidades e estilos de vida. Porque quando todos têm acesso a bem-estar e autonomia, o resultado aparece na cultura, no engajamento e no desempenho.