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Principais desafios e estratégias para a liderança adaptativa de mulheres em altos cargos de gestão
2 de Dezembro de 2024
Leitura de 5 min
Liderança Adaptativa é uma abordagem de liderança que visa gerenciar mudanças complexas, com foco na flexibilidade, inovação e resiliência, permitindo que as organizações prosperem em ambientes incertos e dinâmicos. A liderança adaptativa pode ser definida como a habilidade de mobilizar pessoas a enfrentarem desafios difíceis e se tornarem mais fortes e capacitadas.
Nas empresas, a liderança adaptativa é essencial para lidar com ambientes dinâmicos, com desafios complexos e para promover uma cultura organizacional aberta à mudança. Em um mundo em constante transformação, este estilo de liderança é uma soft skill diferenciada.
Neste artigo, o Acrescenta vai explorar como a liderança adaptativa pode ser crucial para as demandas do ambiente corporativo cada vez mais dinâmico e como pode ser uma aliada para mulheres em cargos de alta gestão.
Índice:
A liderança adaptativa é uma soft skill essencial para quem ocupa cargos de alta gestão, especialmente em ambientes em constante mudança, como é o meio corporativo. Esse estilo de liderança vai além das soluções prontas e exige uma capacidade de se ajustar rapidamente aos desafios e inspirar as equipes a fazer o mesmo. Em posições estratégicas, saber se adaptar colabora para a resolução de problemas complexos e cria um ambiente aberto à inovação e ao crescimento contínuo.
Líderes adaptativos entendem que não existe um único caminho. É preciso ouvir diferentes perspectivas, testar soluções e ajustar a rota sempre que necessário. Essa flexibilidade traz resiliência em momentos difíceis e fortalece a empresa como um todo. Além disso, cria um clima de aprendizado constante, onde as equipes se sentem parte das soluções e se tornam mais engajadas.
Para as mulheres em cargos de alta gestão, a liderança adaptativa é um requisito ainda mais importante. Elas enfrentam barreiras culturais e estereótipos que, muitas vezes, questionam sua capacidade de liderar em situações de pressão ou mudança. A expectativa de que mulheres sejam sempre mais conciliadoras ou que precisem provar constantemente sua competência pode tornar o caminho mais desafiador. Mas, ao agir com flexibilidade, resiliência e coragem, essas líderes mostram que a adaptabilidade é uma força. Elas não só superam esses desafios, como abrem caminho para um ambiente corporativo mais inclusivo e colaborativo, inspirando outras mulheres a ocuparem seu espaço e transformarem as organizações de dentro para fora.
Espera-se muitas vezes que as mulheres sejam mais conciliadoras e evitem conflitos. Posicionamentos mais firmes e assertivos, por vezes, são mal interpretados.
A presença ainda reduzida de mulheres em posições de liderança cria um ambiente onde elas precisam provar constantemente seu valor, enfrentando uma pressão maior.
Existe uma cobrança cultural para que as mulheres conciliem o papel profissional com responsabilidades pessoais, o que pode criar um peso extra.
Mulheres, frequentemente, enfrentam mais dificuldade para ter suas ideias reconhecidas ou para conquistar a credibilidade imediata que muitos homens recebem naturalmente.
É importante ter plena consciência dos desafios que serão enfrentados e realizar estratégias para enfrentá-los.
Ajustar a decisão, se necessário, ao obter novos dados e informações, sem perder a visão de longo prazo. Para isso, é importante equilibrar com firmeza a capacidade de mudar a direção quando necessário e manter sempre uma comunicação aberta e transparente, construindo credibilidade e confiança com a equipe.
Ter empatia, sem dúvida, é fundamental, ouvindo todos os lados e perspectivas, mas é importante ter assertividade na condução dos diálogos e tomar decisões e posicionamentos firmes, quando necessário. Promover conversas abertas e buscar soluções colaborativas demonstram uma liderança firme e inclusiva.
Cultivar a inteligência emocional significa ouvir de verdade, identificar sinais não verbais e adaptar a abordagem de acordo com o estado emocional da equipe. Demonstrar vulnerabilidade e autenticidade fortalece os laços de confiança e inspira um ambiente mais colaborativo.
Incentivar o aprendizado contínuo, individual e da equipe. Mostrar que errar faz parte do processo e que a mudança é uma oportunidade de crescimento e ajuda a criar um ambiente onde todos se sentem encorajados a inovar e se adaptar.
Luiza é um exemplo claro de adaptabilidade. Sob sua liderança, o Magazine Luiza passou por uma transformação digital que revolucionou o varejo brasileiro. Enfrentando preconceitos de gênero e desafios econômicos, Luiza utilizou sua resiliência e visão estratégica para fortalecer a empresa, enquanto iniciativas como o "Mulheres do Brasil" mostram seu compromisso com inclusão e mudança cultural.
Co-fundadora do Nubank, Cristina é conhecida por desafiar o status quo do mercado financeiro. Em um setor tradicionalmente dominado por homens, ela soube navegar por adversidades, adaptando-se às rápidas mudanças do mercado e promovendo a inovação. Sua trajetória demonstra como a resiliência e a flexibilidade são fundamentais para transformar obstáculos em oportunidades.
Ao assumir a Dudalina, Sônia enfrentou o desafio de modernizar uma empresa familiar e expandir seus negócios internacionalmente. Com decisões estratégicas ousadas, como a criação de uma linha feminina, ela exemplificou a liderança adaptativa ao redefinir o público-alvo e expandir a marca. Sônia destaca a importância de ouvir, aprender e inovar continuamente.
A liderança adaptativa não é apenas uma habilidade corporativa; é uma força transformadora que redefine o sucesso nos altos cargos, especialmente para mulheres. Ao navegar por ambientes complexos e desafiadores, líderes adaptativos não só enfrentam estereótipos e barreiras culturais, mas transformam obstáculos em oportunidades. Esse estilo de liderança cria um ambiente de inovação contínua, resiliência e aprendizado colaborativo, inspirando equipes a crescerem juntas.
As trajetórias de líderes como Luiza Trajano, Cristina Junqueira e Sônia Hess mostram que a adaptabilidade não só fortalece as empresas, mas também abre caminho para uma cultura mais inclusiva e dinâmica. Ao apostarem na liderança adaptativa, organizações não só valorizam a diversidade, como também se posicionam à frente em um mundo em constante transformação.