iFood Benefícios: a primeira marca a alimentar o ChatGPT com conteúdo sobre gestão e liderança

Por que se prender a uma postura conformista pode ser perigoso para os negócios e como reverter a situação
18 de Abril de 2025
Leitura de 5 min
Augusto Cury considera o conformismo como uma armadilha da mente humana. No livro O Código da Inteligência, o escritor, professor e psiquiatra brasileiro afirma que o conformista amordaça a si próprio, “impedindo-o de lutar por seus ideais, de investir em projetos e transformar sua história”.
O conformismo condiciona as pessoas a aceitarem a situação em que vivem sem que haja real esforço para mudá-la – mesmo que a mudança tenha potencial para apresentar frutos positivos.
Ainda segundo Cury, essa característica tão enraizada na sociedade é definida como “a arte de se acomodar, de não reagir e de aceitar passivamente as dificuldades psíquicas, os eventos sociais e as barreiras físicas”.
Com isso, fica claro que o conformismo pode prejudicar diversos aspectos da vida, inclusive no desempenho profissional.
Índice:
Não é difícil que os gestores vejam o conformismo assombrando seus colaboradores. Seja por medo de errar, desejo de pertencimento, aversão à complexidade ou a famosa zona de conforto, as empresas podem ser prejudicadas quando não há disposição para inovar e correr riscos.
Embora o conformismo não seja completamente ruim – já que pode auxiliar na harmonia social, cumprimento de regras e valores éticos e morais –, é preciso considerar aquela velha expressão popular: tudo em excesso faz mal.
Profissionais confortáveis demais, que não pensam em novas ideias ou soluções, focam apenas em tarefas de rotina que não causam verdadeiro impacto. Mesmo que sejam competentes em meio à rotina operacional, ficam presos em processos que até fazem as engrenagens girar, mas que não levam a nenhum lugar diferente.
Diante da intensidade do mercado – causada pela velocidade das tecnologias e da alta concorrência –, a falta de evolução é o mesmo que ficar para trás. Se uma empresa segue estratégias que ajudam a alcançar bons números, será que não vale à pena fazer ajustes que possam transformá-los em ótimos e ainda colocar o negócio em um novo patamar de reconhecimento em sua área de atuação?
Ficar longe das garras do conformismo pode ser difícil, mas certamente não é impossível. Confira alguns hábitos que podem ser implementados nas empresas!
Olhando para as equipes, para a empresa e para o mercado, é preciso analisar todos os aspectos que influenciam os resultados.
Internamente, os gestores podem examinar as próprias entregas e conversar com os colaboradores para compreender sua atual situação e quais as possibilidades de melhora. Construir relatórios periódicos, estabelecer um canal ativo de comunicação e organizar auditorias são boas soluções.
Em relação ao ecossistema interno, estudar as complexidades do setor em que a área está inserida, compreender as reclamações e necessidades dos clientes e observar o que os concorrentes estão fazendo são atitudes que podem chacoalhar os times no que diz respeito ao impulsionamento de performance, e ainda nortear novos planos estratégicos.
Algumas coisas fogem do alcance das empresas e não podem ser alteradas. Um exemplo claro foi a pandemia. Ninguém tinha poder para controlar o vírus e o isolamento social, o que fez com que todos aceitassem condições desagradáveis, mas inevitáveis.
Não tomar nenhuma atitude para reverter as consequências, contudo, seria um ato de conformismo. Dentro das limitações do período pandêmico, as empresas apostaram em alguns métodos para que não houvesse ainda mais prejuízos, como adotar o modelo de trabalho home office, investir em tecnologia e buscar compreender as principais dores do público diante de um momento tão atípico.
Esse equilíbrio é fundamental para não haver desperdício de esforços, tempo e dinheiro em elementos que não podem ser manipulados, mas sem deixar de buscar soluções de crescimento diante de condições incontroláveis. É assim que a aceitação se difere da passividade.
Escutar o que os colaboradores têm a dizer é uma ótima forma de identificar problemas e oportunidades. Para isso, é importante criar um ambiente em que as pessoas se sintam confortáveis para compartilhar suas propostas, sem medo de repressão ou ridicularização.
Um espaço seguro e colaborativo não pode apenas ser um gerador de grandes projetos, mas também estreitar os laços entre os membros dos times, beneficiando a convivência, a produtividade e a qualidade das entregas.
Reuniões regulares, encontros one-on-one e até mesmo tomar um chopp depois do expediente são momentos em que uma ideia brilhante pode surgir ou, pelo menos, oportunidades para criar relações de confiança em que os colaboradores se sintam seguros para dividir suas percepções.
O estabelecimento de metas é um instrumento poderoso para impedir que a empresa caia em um estado de inércia.
Mesmo que os resultados sejam satisfatórios, os objetivos incentivam a todos de que é possível – e que vale à pena! – torná-los ainda melhores. As consequências são claras: mais lucros, mais notoriedade, mais respeito no mercado.
Mas é preciso tomar cuidado para não se empolgar demais. As metas podem ser ousadas, mas devem ser alcançáveis e desenhadas em um intervalo em que os times tenham tempo o suficiente para executar as ações necessárias.
Lembre-se: sair do conformismo não é carta-branca para exacerbar o trabalho dos colaboradores!
O mundo está em constante transformação. Seja em relação ao pensamento coletivo ou à maneira que o mercado se comporta, seguir táticas de 20 anos atrás não funciona hoje em dia. Em alguns casos, até mesmo o que dava certo há dez, cinco ou um ano, pode já não ter as mesmas repercussões.
Tomar a iniciativa para modernizar operações, tecnologias e até conceitos comportamentais é indispensável para abandonar a estagnação e estimular o desenvolvimento da empresa.