SXSW: norte ou constelação? Repensando nosso propósito em 2025

O storytelling não é só entretenimento, mas um diferencial estratégico para engajar equipes e transformar empresas
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12 de Março de 2025
Leitura de 4 min
A capacidade de contar histórias se torna cada vez mais um diferencial para marcas e líderes que buscam criar conexões autênticas. No quinto dia do SXSW 2025, a produtora e especialista em narrativa Cheryl Miller Houser abordou o tema “Human-Centered Storytelling: Driving Connection & Culture”, destacando como o storytelling pode ser um poderoso antídoto para a solidão e uma ferramenta estratégica para fortalecer a cultura organizacional.
O storytelling centrado no ser humano é mais do que uma forma de comunicar ideias — é um modo de despertar emoções, criar pertencimento e inspirar ações.
Para Cheryl, as empresas que dominam essa arte não apenas engajam seus colaboradores, como também constroem marcas mais sólidas, alinhadas a valores que realmente ressoam com seu público.
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A sociedade moderna vive um paradoxo: nunca estivemos tão conectados digitalmente e, ao mesmo tempo, tão carentes de interações humanas significativas. Com a evolução da tecnologia, os desafios políticos e as divisões sociais, as pessoas estão buscando mais do que nunca formas de se conectarem, de sentirem que fazem parte de algo maior e também de serem ouvidas.
Hoje, mais do que em qualquer outro tempo, as pessoas buscam vínculos genuínos. Histórias bem contadas não apenas capturam a atenção, mas criam empatia, identificação e senso de pertencimento — fatores essenciais para o engajamento e a retenção de talentos no mundo corporativo.
Cheryl compartilhou três princípios fundamentais para um storytelling que gera impacto:
Empatia é a base para qualquer história relevante. Nós nos conectamos com as pessoas quando elas expressam emoções que também sentimos — independentemente de suas origens ou experiências de vida.
“Todos nós queremos ser vistos, ouvidos e compreendidos. É a única forma de encontrarmos uma saída para os desafios do mundo atual”, afirmou Cheryl.
Estudos apontam que a vulnerabilidade, quando compartilhada, é o principal fator que diferencia equipes de alto desempenho. Quando colaboradores sentem que podem ser autênticos, o ambiente de trabalho se torna mais colaborativo e criativo. No universo corporativo, isso significa que marcas e lideranças que ouvem ativamente seus funcionários e comunicam valores reais, e não apenas discursos de marketing, são mais bem-sucedidas em engajar seus times.
Além disso, as gerações mais jovens — especialmente millennials e Gen Z — buscam empresas que compartilham seus valores. Mas não basta falar sobre propósito e diversidade: é preciso demonstrá-los na prática.
Toda grande história envolve superação. Os desafios fazem parte da jornada de qualquer profissional ou organização e compartilhá-los cria identificação e inspiração. “A luta é o fardo e a alegria de ser humano”, completou a produtora.
Existem estudos que afirmam que superar desafios gera mais satisfação do que simplesmente receber uma recompensa financeira. No ambiente de trabalho, isso reforça a importância de líderes que apoiam suas equipes em momentos difíceis, proporcionando um espaço seguro para tentativas e aprendizados.
Quando empresas integram narrativas de superação em sua comunicação interna e externa — seja contando histórias de colaboradores, seja destacando a trajetória da própria organização — elas criam uma cultura mais transparente e envolvente. Além disso, de acordo com Cheryl, histórias de desafios e conquistas são absorvidas 22 vezes melhor do que informações apresentadas de forma técnica, tornando-as uma ferramenta poderosa de aprendizado e inspiração.
A imaginação impulsiona a criatividade, a inovação e a capacidade de sonhar. Em tempos de inteligência artificial, há um medo crescente de que robôs possam substituir a humanidade. No entanto, Cheryl destacou que tecnologias como a IA podem ser uma ferramenta para contar histórias ainda mais profundas e autênticas, desde que utilizadas com sensibilidade.
As marcas têm um papel importante nesse processo: ao estimular a imaginação de seus colaboradores e clientes por meio de narrativas inspiradoras, elas podem mobilizar pessoas para criar mudanças positivas e visualizar um futuro melhor.
Embora o storytelling seja frequentemente associado ao entretenimento e à publicidade, a palestra de Cheryl reforçou um ponto crucial: sua aplicação vai muito além dessas áreas. O storytelling é uma linguagem universal, capaz de ensinar, conectar e transformar. Tanto no ambiente corporativo, quanto na liderança ou na comunicação interna, ele nos lembra de algo essencial — por trás de cada cargo, de cada decisão e de cada estratégia, existem pessoas.
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