SXSW: tendências e lições do futuro além do futuro

Ao futuro e além: conheça um espaço de transformação acelerada onde as regras tradicionais já não se aplicam

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Por SXSW 2025

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9 de Março de 2025

Leitura de 4 min

Ufa, mais um dia de palestras no SXSW 2025, e hoje a conversa foi para um lado muito futurista (mesmo para essa conferência). Então, vamos lá! A palestra que escutamos hoje foi da Amy Webb, futurista quantitativa e CEO do recém-rebatizado Future Today Strategy Group (FTSG). No painel,  foram discutidas as rápidas mudanças tecnológicas que moldam o futuro, que ela chama de "The Beyond" ou “O Futuro Além”

Webb falou sobre como estamos em um momento de expansão tecnológica superacelerado, em que descobertas estão remodelando rapidamente não apenas os negócios, mas a própria estrutura da sociedade. E mais do que nunca, líderes e empresas precisam antecipar mudanças para não serem surpreendidos pelo futuro. E, nessa apresentação, tudo começou com um bloquinho de madeira.

Logo no começo da palestra, Amy Webb distribuiu pequenos blocos de madeira para todos e pediu para sentarmos em cima dele. Foi um pouco desconfortável no início, mas rapidamente nossa atenção se voltou aos valiosos aprendizados que ela estava trazendo.

Índice:

A toda velocidade

A conversa trouxe reflexões sobre o impacto da tecnologia na sociedade, sobre como a fusão entre inteligência artificial e biologia está alterando os fundamentos do que conhecemos como humanidade e, ainda, como essas mudanças estão acontecendo rápido até demais.

A ascensão da Inteligência Viva

A IA não será apenas uma ferramenta – ela está se tornando um ecossistema autônomo e adaptável. Esse novo conceito, chamado de Inteligência Viva (LI), combina IA, biotecnologia e sensores para criar sistemas capazes de sentir, aprender e evoluir sozinhos. Isso transformará setores como os de energia, saúde e cidades inteligentes.

O futuro da IA: de observadora a controladora

Com a criação de sistemas agentes, a IA será capaz de tomar decisões sem intervenção humana, organizando-se em redes para otimizar processos e resolver problemas. No entanto, experimentos já mostraram que esses agentes podem agir de maneiras inesperadas, gerando dilemas éticos e de controle.

O impacto da biotecnologia: da carne feita de arroz aos computadores vivos

A biologia generativa está criando novas formas de vida e materiais inovadores. Os exemplos apresentados incluem:

  • Carne feita a partir de arroz com genes bovinos – uma alternativa sustentável para a indústria alimentícia.
  • Computadores feitos de neurônios humanos – os primeiros dispositivos de inteligência organoide, que podem superar o silício em eficiência energética.
  • Materiais programáveis e metamateriais – desde tijolos que filtram o ar como pulmões até edifícios que se adaptam a terremotos.

A revolução dos robôs bio-híbridos

A combinação de IA e biologia está criando robôs bio-híbridos, como:

  • Robôs feitos de fungos, que crescem e se reparam sozinhos.
  • Exoesqueletos e tentáculos biônicos controlados pelo cérebro humano.
  • Águas-vivas robóticas, que podem monitorar os oceanos sem prejudicar o meio ambiente.

O que isso significa para o futuro da humanidade?

Ao conectar essas tendências, fica claro que estamos entrando em um período no qual a tecnologia não apenas auxilia, mas se torna parte da biologia e da sociedade. E muitos desafios estão para surgir nessa história:

  1. A necessidade de uma regulamentação ética e estratégica – quem controla a Inteligência Viva?
  2. O papel das empresas na inovação sustentável – biotecnologia e IA podem resolver crises ambientais, mas também gerar novos riscos.
  3. A importância de antecipar o futuro – em vez de apenas reagir às mudanças, líderes devem tentar prever estrategicamente o futuro. 

O papel de empresas e tomadores de decisão

A futurista deixou um alerta: as decisões da próxima década definirão o destino do mundo. Ignorar essas transformações pode tornar empresas, governos e profissionais vulneráveis às mudanças abruptas que virão. E deixou alguns recados para todos:

  • Investigue a Inteligência Viva, mesmo que não seja agora, mas em um futuro muito próximo. 
  • Repense modelos de gerenciamento para Inteligências Artificiais e biotecnologia. Já temos o primeiro computador com tecidos vivos no mercado (o que era impensável no ano passado).
  • Crie culturas organizacionais que incentivem a adaptação e a experimentação. 

Ah, e o bloquinho de madeira? Era pra demonstrar um ponto dela: o de que em tempos tumultuosos como o nosso, o desconforto não é só comum, é inevitável. Mesmo assim, não podemos deixar esses incômodos nos distraírem e consumirem toda nossa concentração. Temos que ficar atentos e focados; afinal, o futuro não está apenas chegando – ele já começou. A pergunta que fica é: estamos prontos para o Futuro Além?

Fomos incentivados a baixar o relatório de tendências do FTSG, participar de treinamentos sobre previsões estratégicas e nos tornarmos agentes ativos na construção do futuro.

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