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Academia de Líderes injeta atitude de dono, vontade de superação diária e habilidade para o diálogo com respeito
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2 de Outubro de 2025
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No seu planejamento para os próximos anos, a produtora de aço Gerdau incluiu um projeto para capacitar e formar a gestão do futuro. Em 2021, a empresa criou a Academia de Líderes Gerdau, cujo objetivo é fazer da liderança o esteio para a perenidade da companhia.
Ou seja, para dar suporte e conduzir a marca à consolidação almejada, os gestores devem estar preparados para propagar a cultura da organização, que tem por base um tripé comportamental: dialogar com respeito, superar-se todos os dias e ter atitude de dono.
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“Para falar a todos os líderes, em distintos pontos e culturas, contamos com times multidisciplinares e multiculturais no desenho das soluções. Para desdobrar essas soluções da forma mais adequada a cada lugar, investimos no desenvolvimento de profissionais locais, capazes de garantir uma maior conexão entre aquilo que queríamos transmitir e a realidade das pessoas participantes”, diz Tiago Carzetta Marchina, que na época era o global learning manager, o responsável por treinamento e desenvolvimento da Gerdau.
Vale lembrar que a empresa está presente em nove países, com 32 unidades produtoras de aço, duas minas de minério de ferro, 75 lojas e ações listadas nas bolsas de São Paulo, Madri e Nova York. Em 2023, seus 4.411 gestores se dividiam entre Brasil (2.472), Estados Unidos e Canadá (1.638), México (163) e Peru, Argentina e Uruguai (cerca de 150).
O refino das lideranças na Academia de Líderes Gerdau conta com dois cursos ou trilhas online e um workshop presencial de seis horas, todos guiados por um mapa de aprendizado que tem por destino final, ou por aspiração, a evolução de cada um e da corporação.
A Academia de Líderes Gerdau se apoia em duas metodologias: na WOOP, sigla para Wish (Desejo), Outcome (Resultado), Obstacle (Obstáculos) e Plan (Plano), e nos conteúdos sobre desenvolvimento socioemocional da Universidade da Pensilvânia.
De um lado, com a WOOP, é criado um plano de ação individual para cada funcionário, em que a meta do diálogo com verdade e respeito deve ser posta em prática. De outro, com a metodologia da Universidade da Pensilvânia, é possível moldar as experiências de aprendizagem ofertadas para obter um melhor encaixe com o público-alvo, os mais de 4.000 líderes da Gerdau espalhados por diferentes países e culturas.
Os conteúdos digitais assíncronos – aqueles que cada um consome ao seu tempo, algo que exige autoconhecimento e autodesenvolvimento dos participantes – são elaborados em três idiomas, português, inglês e espanhol.
Tanto nos conteúdos assíncronos quanto nos síncronos, a Gerdau teve ajuda externa. No caso dos primeiros, atuaram empresas especializadas em soluções de aprendizagem digital. Nos segundos, realizados em um workshop presencial mediado por instrutor, contribuiu uma consultoria externa. “Mas todo o conteúdo-base e o framework que costura a experiência foi feito pelo time da Gerdau”, ressalta Tiago.
De acordo com Tiago, mais de 10.000 pessoas devem ser capacitadas direta ou indiretamente pela academia, entre profissionais em posição de liderança e administrativos, contemplados na segunda onda da formação – o projeto teve início com os líderes, mas pode se estender.
Os resultados encorajam a Gerdau a continuar. “Tivemos excelentes avaliações de satisfação e da experiência de aprendizagem. Já capacitamos 94% da liderança da empresa em todos os países em que temos operações e estamos aguardando o próximo ciclo de avaliação de performance e o pulse-check para coletarmos mais dados”, conta o executivo.