Move Up RH: saúde e alta performance andam juntas

Promovido pela Alice, Wellz e iFood Benefícios, o evento abordou como o bem-estar é importante para alcançar bons resultados de negócio

20 de Março de 2025

Leitura de 8 min

Saúde como estratégia para construir ambientes de alta performance foi o tema do Move Up RH, evento promovido pela Alice, empresa de planos de saúde corporativos.

No dia 13 de março, líderes de Recursos Humanos embarcaram em uma manhã focada em bem-estar e recheada de conversas reveladoras sobre como a satisfação dos colaboradores é importante para o pleno funcionamento de um negócio.

Junto com a Wellz, plataforma de saúde mental do Wellhub (ex-Gympass), o iFood Benefícios teve o prazer de apoiar o evento, que recebeu nomes de peso para falar sobre suas experiências e percepções: Sarita Vollnhofer (CHRO da Alice), Ines Hungerbuhler (Especialista em Saúde Mental na Wellz), Rachel Souza (Diretora de Operações na Wellhub) e Lilian Kazama (Diretora de People no iFood).

evento-move-up-rh-1.jpg

O dia começou com uma sessão de yoga. Os tapetes cor-de-rosa – marca registrada da Alice – contrastaram com o gramado verde da sede da empresa, em São Paulo. Com exercícios de respiração, alongamento e meditação, o Move Up RH começou devagarzinho, permitindo que os participantes aproveitassem a oportunidade para relaxar e entrar no clima de bem-estar.

Depois de um delicioso café da manhã e alguns momentos valiosos de interação, todos sentaram para a roda de conversa com as mediadoras do evento. Contamos tudo o que rolou logo a seguir!

evento-move-up-rh-2.jpg

Índice:

Autocuidado é caminho para liderança humanizada e resultados positivos

Com um sorriso no rosto, Ines Hungerbuhler iniciou a conversa falando de neurociência, contando como o estresse pode prejudicar funções cerebrais básicas, mas essenciais para o dia a dia, como planejamento, organização e memorização.

No lado sentimental, o descontrole das emoções e a dificuldade de sentir empatia são as principais consequências. Isso, é claro, prejudica o desempenho profissional, especialmente para quem trabalha com pessoas.

Ines fez um paralelo com o mundo dos esportes: da mesma maneira que atletas precisam descansar, profissionais do mundo corporativo também devem saber quando parar. Respeitar as horas de trabalho, bem como os limites do corpo e da mente, são fatores indispensáveis para obter alta performance em qualquer aspecto da vida.

Nesse sentido, o autocuidado anda lado a lado com a produtividade. Momentos de prazer e relaxamento devem coexistir com o trabalho. Além da terapia e da meditação, hábitos simples podem fazer toda a diferença, como praticar atividades físicas, tomar café da manhã sem pressa ou passar um tempo de qualidade com a família.

O truque é encontrar algo que exista puramente para o prazer e aproveitamento de cada um, já que até mesmo hobbies podem se transformar em tarefas baseadas em desempenho. Diante de tantas exigências presentes na vida adulta, fazer algo que seja totalmente livre de exigências é questão de saúde.

evento-move-up-rh-3.jpg

Ines também apresentou três palavras de origem havaiana que têm tudo a ver com transformação cultural corporativa:

  • Aloha: empatia, compaixão, acolhimento, conexão
  • Ohana: família, comunidade, responsabilidade coletiva
  • Kuleana: responsabilidade, privilégio de liderar e cuidado com as pessoas

Esses termos podem ser implementados no papel da liderança, ainda mais no que diz respeito à atenção com o bem-estar dos colaboradores. Ines apresentou dados que comprovam como a gestão humanizada afeta a atuação das equipes e a conquista de resultados.

De acordo com um estudo feito pelo Instituto Work Force, do Reino Unido, gestores têm tanto impacto na saúde mental das pessoas quanto seus cônjuges.

Já uma análise da Wellz, feita com cerca de 25 mil pessoas, constatou que líderes que sofrem com ansiedade comandam times igualmente ansiosos e estressados.

É exatamente por isso, concluiu Ines, que o autocuidado é tão importante para todos os membros da equipe – incluindo quem ocupa posições de liderança. Os momentos que cada um reserva para si são diretamente ligados ao bem-estar e às entregas.

Felicidade como instrumento de trabalho

Ainda que seja uma estratégia para obter bons resultados, Lilian Kazama disse enxergar o investimento no cuidado com as pessoas como uma obrigação das empresas, que devem fazer sua parte para garantir qualidade de vida aos colaboradores.

As pautas sobre saúde mental se tornaram muito mais ativas após a pandemia, abrindo espaço para a criação de programas de saúde física, mental e holística.

Ao prestar atenção nas diferentes vertentes do bem-estar das equipes, sempre por meio de abordagens empáticasliderança inspiradoratrabalho colaborativo, as engrenagens que fazem a máquina corporativa funcionar correm de maneira muito mais fluida e eficiente. Assim, além de contribuir para o desenvolvimento dos negócios, o RH dá uma mãozinha na construção da felicidade das pessoas.

Ines concordou com a fala de Lilian, citando a percepção de saúde da OMS (Organização Mundial da Saúde) como o estado completo de bem-estar físico, mental e social. “O bem-estar vai além da ausência de doenças. A gente precisa ser feliz e não apenas sobreviver. Precisamos viver bem”, declarou.

Mais saúde, mais retenção de colaboradores, mais lucros

Sarita Vollnhofer citou uma pesquisa feita pela Universidade de Warwick, na Inglaterra, que apontou como pessoas felizes são até 12% mais produtivas. Como consequência, o aumento médio dos lucros líquidos pode crescer 21%.

Ela também levou ao painel os números do Pulso RH, levantamento feito pela própria Alice. Quando trabalham em empresas que se preocupam com sua saúde e bem-estar84% dos entrevistados revelaram se sentir mais produtivos, ao mesmo tempo em que 66% ficam mais motivados e proativos.

Isso também pode ser uma ferramenta poderosa para minimizar o turnover73% dos participantes contaram que se veem trabalhando na mesma empresa ao menos pelos próximos dois anos, mas só 36% tiveram o mesmo pensamento se trabalhassem em corporações que não priorizam o contentamento de seus colaboradores.

Além da empatia com o próximo, afirmou Sarita, a dedicação à saúde mental também é estratégia de negócio com sólido potencial para a evolução de qualquer empresa.

Limites, equilíbrio e compreensão: ingredientes para conexões saudáveis no trabalho

evento-move-up-rh-4.jpg

Conexões são imprescindíveis em seu trabalho na Wellhub, revelou Rachel Souza. Mesmo bate-papos descontraídos e atividades fora do expediente são importantes para conhecer os profissionais mais a fundo.

O resultado é a criação de confiança no relacionamento gestor-colaborador, tornando os pedidos de ajuda menos custosos e os feedbacks mais sinceros.

“Quem são essas pessoas? Quais são suas dificuldades? Como eu, como líder, posso facilitar a vida delas? Não adianta entregar resultados se eu dificulto a vida de quem trabalha comigo”, falou sobre sua atuação na hora de construir conexões genuínas com seus times.

Rachel encorajou os profissionais de RH a compartilharem sua vulnerabilidade para que os colaboradores se sintam confortáveis para serem honestos e pedirem socorro quando se encontram em situações complicadas – dentro ou fora do trabalho. Entender as dores de cada um e como isso é importante para a saúde e o desempenho é a chave para nutrir equipes engajadas e bem sucedidas.

O alerta, no entanto, fica por conta da definição de limites. Considerando que alguns fatores externos podem interferir na vida profissional dos colaboradores, a gestão não tem poder o suficiente para encontrar a resposta para absolutamente todos os problemas. O reconhecimento dessa linha é essencial para que os líderes não se percam no caminho.

É dever dos gestores estender a mão, oferecer apoio e fazer o possível para não piorar a aflição de quem já está sofrendo, mas é preciso que também se lembrem de viver suas próprias vidas.

“Somos fontes de acolhimento, não de cura”, finalizou Rachel ao ressaltar como o equilíbrio e a compressão são uma via de mão dupla. 

Respeitando a individualidade

Antes da conversa terminar, Lilian pontuou como o iFood é um defensor de que as pessoas exerçam sua individualidade. No aplicativo, os usuários têm total liberdade para escolher suas comidas e produtos favoritos. No iFood Benefícios, as empresas personalizam o pacote com os benefícios que mais fazem sentido para a sua realidade e a do colaborador.

De acordo com Lilian, essa lógica pode e deve ser aplicada no RH em relação ao bem-estar dos colaboradores, já que cada um tem suas particularidades que se manifestam, de alguma forma, na performance profissional. Isso inclui personalidade, preferências e até estrutura familiar.

Saber como lidar com essas diferenças, portanto, é um dos segredos para garantir o conforto de todos, mas sem abrir mão dos resultados.

Move Up RH foi um evento recheado de conversas valiosas para os profissionais de Recursos Humanos que buscam se manter atualizados nas mudanças de comportamento do mercado e da sociedade. Em um dia totalmente dedicado ao bem-estar, Alice, Wellz e iFood Benefícios se uniram para mostrar que empatia, cuidado e saúde não precisam ser elementos contrários ao crescimento das empresas.

Mais conteúdos estão por vir! Fique de olho no Acrescenta e confira as novidades da área e pautas relevantes para o RH e o futuro do seu negócio.

Gente e gestão

Compartilhe esse post

Copiar Link
Compartilhar no Whatsapp
Compartilhar no LinkedIn
Compartilhar no Twitter
Compartilhar no Facebook

Últimas publicações

Mais sobre: Gente e gestão