Com IA, Ília tem planos de desenvolvimento mais assertivos

Graças à ferramenta, que une trilhas de aprendizado e avaliações, saltou de 11% para 97% o índice de funcionários com planos de carreira

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Por Think Work

Desde 2020, a Think Work existe com a missão ajudar o RH a transformar o mundo do trabalho, trazendo: ideias inovadoras, aplicações práticas, conexões relevantes e ferramentas úteis para impactar positivamente o RH e a gestão de pessoas.

14 de Abril de 2025

Leitura de 3 min

A área de pessoas da Ília Digital, empresa especializada em soluções digitais para setores como saúde e finanças, percebeu em 2022 a necessidade de repensar sua gestão de conhecimento. A empresa triplicara sua equipe em menos de três anos, chegando a 400 funcionários, justamente em um cenário marcado pela consolidação do trabalho home office. Nesse novo momento, a troca de aprendizados, antes central na empresa, estava ficando de lado.

“Dentro da Ília, aprendizado e crescimento sempre foram muito fortes. Pessoas entram estagiárias e sobem até cargos de direção. Precisávamos retomar o foco no desenvolvimento de carreiras”, afirma Wesley Neris, Talent Management Lead da Ília.

No ano seguinte, o primeiro passo rumo à nova etapa no desenvolvimento pessoal dos funcionários da Ília foi retomar um modelo interno baseado mais em habilidades do que em cargos, tornando as posições – e, por consequência, as promoções e redirecionamentos – mais flexíveis.  

Para cada cargo, os times de Pessoas e Talentos, com apoio das lideranças, definiram as habilidades necessárias, entre hard skillssoft skillsbusiness skills. Além disso, estabeleceram quais competências deveriam ser desenvolvidas para mudar de cargo dentro de um determinado prazo.

Criado o mapa de todos os cargos, o segundo passo foi usar os dados para melhorar o plano de desenvolvimento individual (PDI) de cada “ílian”, como são chamados os funcionários. Foi aí que a empresa viu que era hora de usar a inteligência artificial (IA).

Em março de 2024, a empresa estreou o Marvin People AI, criado para unir duas ferramentas de apoio ao desenvolvimento dos funcionários: as trilhas de aprendizado e as avaliações individuais.

Índice:

O caminho

Para criar o Marvin, a IA foi alimentada com dados sobre os objetivos de carreira de cada profissional, sincronizando as informações com universidade corporativa da empresa (disponível no LinkedIn Learning, com dezenas de trilhas de conhecimento e milhares de cursos), e com as avaliações de desempenho semestrais.

“A etapa de unir e organizar dados foi crucial, pois só com dados volumosos e de qualidade é possível desenvolver uma inteligência artificial relevante”, analisa Neris. 

Com acesso aos mapas de carreira e às avaliações individuais (armazenadas na plataforma Feedz), o Marvin sugere a cada funcionário um PDI completo, propondo cursos e trilhas de aprendizado para atingir seus objetivos de carreira.

O Marvin funciona como um app integrado ao Slack da empresa. Quando a pessoa define seus objetivos, recebe na hora a sugestão do plano de desenvolvimento. A IA também se mantém atualizada dos progressos, avisando quando a pessoa completa seus objetivos.

“Após a avaliação de desempenho semestral, o Marvin manda às pessoas mensagens, frisando os pontos positivos e negativos, com as habilidades técnicas ou interpessoais que precisam ser desenvolvidas”, explica Marina Pedrosa, Employer Branding & Experience Leader da Ília.

Resultados

A habilidade do Marvin de cruzar rapidamente informações como planos de carreira individuais, mapa de carreiras, avaliações de desempenho e cursos disponíveis, e criar insights relevantes a partir disso, gerou PDIs mais assertivos e resultados impressionantes. Antes do Marvin, somente 11% dos funcionários da Ília tinham um PDI. Com o Marvin, esse número subiu para 97%.

“As pessoas ficavam menos animadas com a avaliação de desempenho e o PDI antes do Marvin, pois parecia algo pontual e que acabava em um mês. Agora, são meses em que elas são incentivadas a desenvolver habilidades, fazer cursos, acompanhar seu progresso. Isso transformou nossa cultura, retomando nosso espírito de valorizar o aprendizado”, analisa Marina. 

O Marvin também se tornou um mascote querido na empresa, melhorando o senso de pertencimento e a percepção de que a empresa investe no desenvolvimento individual dos profissionais. “Por enquanto, ele só tem rosto, que vai em muitos de nossos materiais de comunicação. Este ano, queremos fazer um corpo para ele, deixando um mascote ainda mais completo”, revela Marina. 

Para 2025, a empresa estuda o uso do Marvin em outras áreas, para além de talentpeople. “Diversas outras áreas, como comercial e gestão operacional, vieram nos perguntar do Marvin, pois é uma solução que pode servir a eles”, conta Neris.

*Conteúdo inédito da Think Work Lab para o Acrescenta, do iFood Benefícios. Em breve, também disponível no Think Work Lab, na área exclusiva para assinantes.

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