Reconhecimento cresce com escuta ativa na Inframerica

As plataformas de streaming da FMC promovem a convivência, colaboração e desenvolvimento para melhorar a jornada de aprendizado dos trabalha...

Desde 2020, a Think Work existe com a missão ajudar o RH a transformar o mundo do trabalho, trazendo: ideias inovadoras, aplicações práticas, conexões relevantes e ferramentas úteis para impactar positivamente o RH e a gestão de pessoas.
1 de Dezembro de 2025
Leitura de 4 min
*Conteúdo publicado originalmente na Think Work Lab em 23 de dezembro de 2022 com o título “FMC desenvolve funcionários com plataformas de streaming”. Atualizado em 2 de outubro de 2025 para o Acrescenta, do iFood Benefícios.
A FMC, empresa que atua no setor de agronegócios, enfrentava dificuldades para conectar os profissionais de campo, do centro de pesquisa e das frentes de atendimento dos escritórios da América Latina nas jornadas de desenvolvimento.
A situação era ainda mais complexa porque a orientação da matriz era que esses treinamentos fossem conduzidos presencialmente ou de forma online, mas sempre simultaneamente. “Alguns escritórios na América do Sul, por exemplo, têm pouco mais de três funcionários, o que tornava difícil tirá-los do campo para fazer treinamentos”, conta Patrick Schneider, gerente de gestão de talentos da FMC para a América Latina na época.
“Com o advento da pandemia, foi necessário pensar em um formato que não emulasse a sala de aula presencial, mas que gerasse uma experiência compatível com a nova realidade”, diz o executivo.
A empresa criou, então, duas plataformas digitais de convivência, colaboração, desenvolvimento e aprendizado integrado, chamadas de Learning Lab e Leadership Hub. Uma é dedicada a todos os profissionais da empresa e a outra para líderes de pessoas. A jornada de aprendizagem é construída por meio de episódios curtos e sequenciais.
“Com isso invertemos a lógica do desenvolvimento, adequando o treinamento à agenda dos trabalhadores, e não à do instrutor”, destaca Patrick.
Índice:
Por meio do design thinking, foi criada a persona a ser desenvolvida dentro da FMC, que contou com mais de 60 vozes. Além do envolvimento direto das áreas de RH e TI, o processo de concepção e cocriação também teve a participação de ao menos um representante de cada área na América Latina.
A jornada de aprendizagem é dividida por etapas. Na sessão “porta de entrada”, se discute o formato do treinamento e são feitos alinhamentos preliminares da dinâmica. “Composto por interações síncronas para criar o sentimento de pertencimento, nesta etapa a turma cria seu primeiro vínculo”, explica Patrick.
Na sequência, vem a temporada teórica dentro do Learning Lab e do Leadership Hub, que são as plataformas de streaming interno. Os profissionais recebem entre seis e oito vídeos de até dez minutos, nos moldes da Netflix. Os conteúdos são compartilhados utilizando ferramentas de design instrucional.
Na “sessão ao vivo” ocorre um ambiente de troca de aprendizagens entre os participantes. “O encontro é feito em salas de discussão do software Teams, norteado por perguntas. Esta é uma oportunidade-chave de troca de experiências e de agregar conhecimentos uns aos outros”, afirma.
O último passo é a sessão “porta de saída” onde é distribuído o certificado e reforçado todo o conteúdo compartilhado por meio de leituras, podcasts, filmes e outros materiais que ajudam na fixação dos temas. “Paralelamente, os líderes recebem um resumo da participação de seu liderado e os principais pontos abordados, sendo encorajados a colocar em prática o que foi aprendido.”
Maria Lúcia Murinelli, então diretora de recursos humanos da FMC na América Latina, conta que, para ter sucesso no engajamento, a FMC comunicou a estratégia de desenvolvimento e aprendizagem em quatro lives dirigidas ao público-alvo. Cerca de 85% dos profissionais aderiram à iniciativa. “A reação imediata foi muito positiva, tanto em relação aos temas sugeridos, quanto ao modelo proposto”, garante.
Todos os profissionais da América Latina foram beneficiados, com exceção do público fabril, composto por 100 pessoas, devido à dificuldade de acesso a computadores.
O primeiro resultado percebido foi o expressivo aumento de horas de desenvolvimento sem impactar a produtividade e rotina diária das equipes. “A pesquisa de engajamento de 2022 apresentou uma progressão de 71% para 77%, posicionando a região em quatro pontos percentuais acima da média global no quesito desenvolvimento e crescimento”, afirma a diretora.
Maria Lúcia afirma que o desafio foi desenvolver o conteúdo e manter a gestão de toda a iniciativa internamente. O calendário do programa versus a demanda do core business exigiu da área de RH flexibilidade, adaptação e resiliência.
A FMC não divulga valores de investimento, mas informa que a economia estimada com o programa é de 900 mil reais por ano. Além disso, a iniciativa foi escolhida como benchmark interno para ganhar escala global.
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