Burnout em home office? Trabalho remoto também pode causar esgotamento

Entenda os sinais, as causas e saiba como prevenir o esgotamento mental no trabalho remoto.

12 de Setembro de 2025

Leitura de 3 min

Você começou a trabalhar em casa esperando mais equilíbrio, menos tempo no trânsito e uma rotina com mais qualidade de vida. Mas, aos poucos, começou a sentir a mente cansada, uma fadiga que não passa e a sensação de que o trabalho nunca acaba? 

Pois é — o burnout, que antes era visto como algo exclusivo do presencial, também pode bater à porta de quem trabalha remotamente.

Índice:

Por que o trabalho remoto pode gerar esgotamento?

Apesar da comodidade e flexibilidade, o home office traz novos desafios. A linha entre vida pessoal e profissional desaparece, a sensação de estar sempre disponível vira regra e a avalanche de reuniões virtuais pesa. 

Dados da International Stress Management Association (ISMA) mostram que até 32% dos profissionais em home office no Brasil já apresentam sintomas de burnout.

Cansaço excessivo, irritabilidade, insônia, dificuldade de concentração e a incapacidade de “desligar” são sinais claros de que algo não vai bem.

O que mais contribui para o burnout no home office?

Entre as principais causas do burnout no home office estão a dificuldade em separar os horários de trabalho da vida pessoal, o acúmulo constante de tarefas e cobranças, o excesso de comunicação digital — como e-mails, chats e reuniões —, a precariedade dos espaços improvisados e pouco ergonômicos e a falta de interações presenciais que promovam leveza e descontração no dia a dia.

6 passos para evitar o esgotamento mental sem sair do home office

  1. Estabeleça uma rotina com hora pra começar e terminar
    Use alarmes para lembrar pausas e sinalizar o fim do expediente. E, por mais tentador que seja, evite responder mensagens fora do horário.
     
  2. Separe o espaço de trabalho do espaço de descanso
    Não precisa de um escritório sofisticado: uma mesa fixa, longe da cama ou do sofá, já ajuda seu cérebro a entender que ali é hora de foco.
     
  3. Inclua pausas de verdade no seu dia
    Levante-se, respire fundo, beba água, alongue o corpo e descanse os olhos. Técnicas como o método Pomodoro — blocos de trabalho com pequenas pausas — podem fazer toda a diferença.
     
  4. Cuide da sua energia mental e física
    Caminhadas curtas, uma alimentação minimamente equilibrada e boas noites de sono são aliados poderosos contra o esgotamento. E não subestime o poder de um hobby ou de 30 minutos de lazer por dia.
     
  5. Busque apoio quando sentir que não dá conta sozinho(a)
    Fale com colegas, amigos ou um profissional de saúde mental. Se a empresa tiver um canal de apoio psicológico, use sem medo ou vergonha — isso é autocuidado.
     
  6. Reforce vínculos e aprenda a dizer “não”
    Proponha momentos de socialização, mesmo que virtuais, e cultive conversas frequentes com seu time. Aprender a respeitar seus próprios limites (e comunicar isso) é parte do jogo.

E o que o RH pode fazer?

RHs e lideranças têm um papel crucial na prevenção do burnout. Monitorar o clima da equipe, escutar ativamente e manter expectativas claras é essencial para criar uma cultura que respeita o tempo e os limites das pessoas. Promover pausas, sinalizar apoio psicológico e tratar saúde mental como prioridade estratégica são atitudes cada vez mais urgentes.

Pra refletir

Trabalhar de casa só é um verdadeiro benefício se vier acompanhado de cuidado com a saúde mental. O burnout não é parte obrigatória do pacote — e reconhecer seus limites, estabelecer pausas e fortalecer conexões é o caminho para seguir produzindo bem, sem se perder no meio do processo.

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Gente e gestão

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