Saúde Ocupacional: saiba como promover um ambiente seguro e de qualidade no trabalho
A saúde ocupacional está diretamente ligada aos aspectos de segurança, saúde e qualidade de vida no local de trabalho.
Por Equipe iFood Benefícios
Se você chegou até este artigo, pode estar se perguntando: afinal, por que a saúde ocupacional é tão importante para as empresas?
A resposta é simples: quando as empresas se importam com o bem estar de seus colaboradores, conseguem encontrar maneiras de reduzir riscos em torno das atividades desenvolvidas e ganhar em produtividade da equipe.
E então, ficou curioso para entender melhor sobre a importância de programas de saúde ocupacional nas organizações e seus benefícios, além de conhecer 6 dicas super importantes para a manutenção da saúde dos colaboradores? Continue a leitura!
Índice:
- O que é saúde ocupacional?
- Entenda a importância da Saúde Ocupacional
- Os benefícios de se aplicar a Saúde Ocupacional
- Em conformidade com a lei
- Principais doenças ocupacionais
- Saiba como promover a Saúde Ocupacional no trabalho
O que é saúde ocupacional?
Podemos resumir como: Promover o bem-estar físico, mental e social dos funcionários em seu exercício laboral.
Esse conceito foi criado em 1950, quando a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em conjunto com a Organização Mundial de Saúde (OMS), definiu este como sendo o objetivo básico da saúde ocupacional.
Sendo assim, por definição, a saúde ocupacional está diretamente ligada aos aspectos de segurança, saúde e qualidade de vida no local de trabalho – e tem o objetivo de fazer a prevenção de problemas que podem colocar a saúde e segurança de um (ou vários) colaboradores em risco – sejam eles de ordem física ou mental.
Entenda a importância da Saúde Ocupacional
Para além de prevenir acidentes ou enfermidades entre os colaboradores, por meio de programas de saúde preventiva, por exemplo, um bom programa de saúde ocupacional também é capaz de gerar engajamento entre a equipe, criando melhores condições de convivência no ambiente de trabalho e de produtividade.
E claro, estrategicamente, é melhor prevenir do que remediar.
Mas quando se fala em saúde ocupacional, não estamos falando em ações “extras” para o bem estar dos funcionários.
Também devem ser observadas as condições gerais de trabalho, que abrangem outros determinantes importantes, incluindo horário de trabalho, salário, políticas no local de trabalho relacionadas a licença maternidade, provisões de promoção e proteção à saúde e outros.
Os benefícios de se aplicar a Saúde Ocupacional
A importância de investir em Saúde Ocupacional você já sabe. Confira agora quais são os benefícios ao investir nessa iniciativa!
Diminuição nos casos de acidente de trabalho
O principal ponto é reduzir os acidentes físicos e o impacto negativo na saúde mental dos colaboradores. Assim, o ambiente organizacional fica bem mais agradável, com funcionários mais comprometidos e felizes.
Aumento da produtividade e desempenho dos colaboradores
Ter um corpo saudável é o primeiro passo para desempenhar bem as atividades do dia a dia, sejam elas profissionais ou pessoais.
Dessa forma, quando pensamos na saúde ocupacional, devemos considerar que ela é uma grande aliada da produtividade, do bem-estar e da motivação, como falaremos a seguir.
Maior satisfação e motivação dos colaboradores
Ter um ambiente de trabalho que nos motiva diariamente a entregar o nosso melhor é essencial para a execução de um bom trabalho.
Portanto, quando ações desse tipo são aplicadas na cultura organizacional, a satisfação pessoal dos colaboradores melhora, já que eles se sentem amparados e cuidados pela instituição em que trabalham.
Redução de custos da empresa
Arcar com acidentes de trabalho é bem mais oneroso do que investir em saúde ocupacional como medida de prevenção. Isso porque a empresa gastará bem mais com licenças médicas e indenizações, além de perder o funcionário por muito tempo.
Em conformidade com a lei
Outro ponto fundamental para que as empresas invistam na saúde e segurança dos trabalhadores é a obrigatoriedade legal.
A principal regulamentação foi criada em 1977, com a Lei nº 6.514/77, que inseriu o capítulo V – “Da segurança e da Medicina do Trabalho” – na Consolidação das Leis Trabalhistas. Nela, foram estabelecidos os parâmetros a serem avaliados pelos órgãos regulamentadores para garantir que o ambiente de trabalho esteja voltado para o bem-estar do trabalhador.
Um ano depois, a legislação ficou ainda mais incisiva com a criação das Normas Regulamentadoras (NRs – Portaria nº 3.214/78).
São essas normas que determinam a implantação em todas as empresas, de qualquer porte ou natureza, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
Principais doenças ocupacionais
Confira, a seguir, algumas das doenças laborais mais comuns na atualidade e veja também que medidas preventivas adotar para aperfeiçoar os cuidados com a saúde ocupacional.
Síndrome de Burnout
A síndrome de burnout foi recentemente classificada como doença ocupacional. Segundo o Ministério da Saúde, ela é “um distúrbio emocional com sintomas de cansaço extremo, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade”.
As suas causas são justamente o excesso de trabalho e a falta de valorização por parte da empresa. Para evitar esse distúrbio, o colaborador deve ter sua vida pessoal fora da empresa, ter momentos de lazer, realizar atividades físicas regularmente e fazer atividades que saiam da rotina, como ir a restaurantes e ao cinema.
LER – Lesão por Esforço Repetitivo
Embora as lesões por esforços repetitivos estejam associadas à função desempenhada pelo trabalhador, elas são classificadas como doenças ocupacionais — provocadas por atividades que envolvem movimentos repetitivos e prolongados.
De modo geral, a LER pode limitar, gradativamente, a capacidade do colaborador em executar suas atividades, podendo levar a uma aposentadoria por invalidez na maioria dos casos graves.
Portanto, um caminho para melhorar esse cenário seria viabilizar períodos de pausa e investir na ginástica laboral.
Dermatose Ocupacional (DO)
Outra doença do trabalho muito comum é a chamada “Dermatose Ocupacional”. Caracterizada por alterações da pele e da mucosa, ela está associada direta ou indiretamente à presença de agentes químicos e/ou biológicos decorrentes da atividade ocupacional ou do ambiente em que estão inseridos os colaboradores.
Dessa forma, a prevenção da DO passa rigorosamente pelo uso adequado de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual). Ademais, quando afetados, os trabalhadores devem ainda receber tratamento adequado, o que incorre, em grande parte dos casos, no seu afastamento do trabalho.
Asma Ocupacional
O contato com substâncias tóxicas ou potencialmente alérgenas pode desencadear, sobretudo em trabalhadores mais suscetíveis, graves alergias. De tais reações alérgicas, surge a Asma Ocupacional.
Assim, essa condição está associada à dificuldade respiratória provocada pela obstrução das vias respiratórias, que pode ter origem na inalação de partículas de madeira, borracha, algodão e diversos outros tipos de materiais.
Portanto, o emprego correto dos EPI’s é uma maneira de prevenir essa doença. No entanto, caso a doença já esteja instalada, o trabalhador também deve ser afastado de áreas em que há risco de contato com esses agentes.
DORTs – Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho
Muitas vezes reportado como uma Lesão por Esforço Repetitivo, os DORTs (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) são causados pela manutenção prolongada de uma postura inadequada.
Decorrente dela, o indivíduo pode apresentar dores crônicas, como tendinites, bursites, mialgias, entre outras.
Assim sendo, a prática de exercícios físicos regulares é uma excelente alternativa para combater tais problemas.
Surdez temporária ou definitiva
Por fim, a perda de audição em caráter temporário ou definitivo é também uma doença ocupacional de grande relevância. Causada pela exposição prolongada a ruídos altos, pode levar o trabalhador à perda gradativa da acuidade auditiva.
Logo, para funções que ofereçam riscos à audição, é indispensável o uso de protetores auriculares durante a jornada de trabalho.
Saiba como promover a Saúde Ocupacional no trabalho
Ao formular um programa de saúde ocupacional, tenha em mente que as ações implantadas precisam fazer sentido para o ambiente das equipes.
Observar não apenas as questões de ordem ambiental, mas possíveis desgastes mentais que podem acontecer (como a síndrome de Burnout, por exemplo) e buscar orientação profissional para saná-los é fundamental para ações bem sucedidas.
De forma geral, há questões importantes que devem ser incentivadas e implementadas nas organizações. Nesse sentido, acompanhe nossas recomendações a seguir:
Invista em campanhas internas
É importante, ao implementar um programa de saúde ocupacional, buscar formas de mobilizar o time em torno do tema. Para isso, invista na criação de campanhas para criar engajamento.
É possível criar um cronograma com campanhas temáticas para impactar todos os funcionários, como ações de combate ao diabetes, prevenção do câncer, alimentação saudável, etc.
Incentive a boa alimentação
Impossível falar sobre saúde sem falar em alimentação, certo? É importante sempre promover a adoção de hábitos alimentares saudáveis e conscientizar os colaboradores sobre os problemas adquiridos quando se tem uma dieta inadequada.
Se o funcionário adota uma alimentação equilibrada e saudável, o seu organismo processa os nutrientes ingeridos e fornece a quantidade de energia ideal para que ele possa executar com eficiência as tarefas do dia a dia.
Promova a prática esportiva
É possível incentivar programas de caminhadas e corridas com os colaboradores, criar parcerias com academias de ginástica e grupos de yoga ou meditação, por exemplo. Tudo para garantir o fácil acesso à prática de exercícios físicos.
Essas atividades podem ajudar no relaxamento e no combate ao estresse entre a equipe.
Implemente campanhas de vacinação
Essa é uma ação bastante eficaz e que tem sempre alta adesão nas companhias. Além de manter a imunização da equipe em dia, previne que eles se acometam por surtos de doenças perfeitamente evitáveis.
Dê atenção à saúde mental
É fundamental que os programas procurem abordar e encarar o desafio de colocar em prática ações que promovam continuamente a saúde mental dos trabalhadores.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o princípio para se construir um ambiente de trabalho saudável é pensar em programas que levem em consideração as seguintes abordagens para o equilíbrio mental:
- Reduzir os fatores de risco provenientes do trabalho, como carga horária excessiva, insegurança de desemprego e relações tóxicas;
- Desenvolver iniciativas que motivem e valorizem os funcionários;
- Falar sobre e mostrar apoio às pessoas que passam por doenças mentais, não importando a sua causa.
Ouça as demandas da equipe
A medida de sucesso de uma ação está em oferecer o que público-alvo precisa.
Então, ouça o que os seus colaboradores têm a dizer por meio de pesquisas de opinião internas. A partir delas, será possível investir em ações para melhorar o ambiente de trabalho e a saúde da equipe.
As companhias criam melhores condições de trabalho e rendimento, e os resultados disso, para além da maior produtividade, é o convívio harmonioso no dia a dia, onde ganham todos os envolvidos.
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Equipe iFood Benefícios
12 de Junho de 2024
Leitura de 9 min