Como criar oportunidades que retêm talentos e movimentam resultados

Como usar a tecnologia para reforçar o trabalho sem substituir o que nos torna humanos.
O maior evento de RH da América Latina. A 51º edição reúne pessoas, negócios, tecnologias e potencializa conexões.
26 de Agosto de 2025
Leitura de 3 min
Por: Fabio Lacerda
Vice-presidente de Gente, Gestão e Cultura da Unidade de Diagnósticos da Dasa. Com mais de 25 anos de experiência em gestão e consultoria de RH, ele é responsável por liderar transformações culturais estratégicas.
A Inteligência Artificial deixou de ser um tema de tendência para se tornar uma realidade concreta no mundo corporativo. No RH, ela já ajuda a reduzir etapas operacionais, otimizar contratações, personalizar treinamentos e prever necessidades futuras. Ferramentas que antes pareciam restritas a empresas de tecnologia agora estão acessíveis a qualquer organização disposta a inovar.
Mas, diante dessa revolução, surge uma pergunta inevitável: estamos usando a IA também para criar experiências mais humanas e significativas para as pessoas ou apenas para ganhar velocidade e cortar custos?
A resposta define não só a maturidade digital do RH, mas também a sua relevância estratégica. Porque, no fim das contas, tecnologia sem propósito corre o risco de gerar eficiência sem engajamento.
Índice:
Automatizar tarefas repetitivas é apenas o primeiro passo. Processos de recrutamento, por exemplo, já podem contar com algoritmos que analisam currículos, cruzam competências e identificam perfis compatíveis com a vaga. Isso libera o RH para dedicar mais tempo a entrevistas, conversas de alinhamento e avaliações comportamentais — etapas onde a sensibilidade humana faz diferença.
Da mesma forma, análises preditivas podem identificar colaboradores com risco de deixar a empresa ou mapear áreas com queda de produtividade. Mas os números sozinhos não contam a história completa. É a interpretação humana, com base em contexto e escuta ativa, que transforma dados em ações de retenção, desenvolvimento e motivação.
Num cenário onde a automação avança rápido, o RH assume a função de garantir que as decisões continuem equilibrando eficiência e empatia. Isso significa questionar o impacto das soluções tecnológicas:
Elas estão ajudando a promover diversidade e inclusão? Estão fortalecendo o bem-estar e a conexão entre equipes? Estão alinhadas aos valores e à cultura da organização?
Se a resposta for negativa para qualquer uma dessas perguntas, é sinal de que a implementação precisa ser revista. Afinal, produtividade com propósito é sobre resultado sustentável, não sobre ganhos imediatos que sacrificam o que mantém as pessoas engajadas.
Outro ponto em que a Inteligência Artificial pode agregar valor é na personalização da jornada do colaborador. Sistemas inteligentes podem indicar trilhas de aprendizado adaptadas ao ritmo e aos interesses de cada profissional, sugerir benefícios mais alinhados ao seu perfil ou até ajudar gestores a oferecer feedbacks mais assertivos.
O ganho é duplo: o colaborador sente que a empresa reconhece sua individualidade, enquanto o negócio colhe maior engajamento e performance. É a tecnologia atuando como uma ponte, não como uma barreira, entre pessoas e resultados.
O futuro é híbrido: dados e empatia
No futuro do trabalho, produtividade e humanidade não competem. Elas se fortalecem mutuamente. E cabe ao RH garantir que essa parceria seja a base de uma boa transformação para os negócios e para todos que fazem parte deles. Na prática, algumas alavancas estratégicas podem tornar esse equilíbrio real:
Se tecnologia e cuidado andam juntos no futuro do trabalho, o mesmo vale para os benefícios. O iFood Benefícios ajuda empresas a oferecer mais flexibilidade e bem-estar para seus times, transformando a experiência de colaboradores e fortalecendo a cultura. No Acrescenta, você encontra mais ideias e insights para um RH inovador e humano.