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Entendendo a inteligência artificial e suas ramificações

O número de empresas que utilizam a inteligência artificial (ou IA) em suas linhas de produção cresceu 270% em 4 anos.

Por Equipe iFood Benefícios

Há alguns anos, a inteligência artificial (IA) era, para o grande público, um tema restrito a filmes e livros de ficção científica. Assunto principal de diversas séries e filmes, foi por muito tempo considerada distante e inacessível, debatida apenas dentro das grandes universidades por físicos, matemáticos, biólogos e cientistas de outras áreas.

No entanto, esse cenário tem passado por uma verdadeira revolução nos últimos anos, muito por causa da evolução da tecnologia e do surgimento da indústria 4.0. 

De acordo com uma pesquisa feita pela empresa de consultoria Gartner, o número de empresas que utilizam a inteligência artificial (ou IA) em suas linhas de produção cresceu 270% em 4 anos. Antes, a adesão da tecnologia se restringia a apenas 10% das organizações mundiais.  Hoje, já chega a 37%.

Com base nisso, fica evidente o quanto o tema tem evoluído e passado por transformações. Isso se deve, em parte, aos investimentos de grandes marcas, como IFood, Google e Facebook.

A perspectiva dessas empresas é que, através do apoio fornecido aos estudos e pesquisas, diversos procedimentos, agora dependentes da manufatura, se tornem perfeitamente cabíveis às máquinas, alcançando uma automatização de processos em diversas áreas, por exemplo, no fluxo de caixas.

Sabendo da importância da IA e das suas mais variadas aplicações, detalharemos, ao longo deste artigo, as principais tendências e os maiores benefícios que ela pode trazer ao mercado de trabalho. Continue acompanhando e conheça mais!

Índice:

Afinal, o que é a inteligência artificial?

Em poucas palavras, podemos definir esse assunto como uma busca pelo desenvolvimento de tecnologias que permitam que máquinas adquiram características humanas, como pensamento e raciocínio. 

Entretanto, com a difusão do tema, é  cada vez mais difícil definir a IA em  um simples conceito. Afinal, os campos de pesquisa são abertos e percorrem diferentes áreas, que designam  finalidades diversas para ela.

Através disso, elas se tornariam capazes de realizar as tarefas (antes exclusivas ao homem) com mais rapidez e qualidade, mas sem  substituírem o papel importantíssimo desempenhado pelos seres humanos.

A história e objetivos atuais da inteligência artificial

Letras "AI" de Inteligência artificial.
Os grupos de estudos em desenvolvimento de inteligência artificial modificaram seus objetivos ao longo da história conforme suas descobertas.

Não é possível definir uma data exata para o surgimento da inteligência artificial. Desde a antiguidade, homens mecânicos e outros seres parecidos eram citados nos mitos gregos e romanos.

Em 1956, no entanto, foi oficializado o primeiro campo de estudo especificamente voltado para a IA. Depois, a Conferência de Dartmouth formalizou os objetivos do ramo, bem como seus primeiros pesquisadores. Entre eles destacam-se: John McCarthy, Herbert A. Simon, Marvin Minsky e Allen Newell.

Atualmente, esse campo de pesquisa costuma ser o foco dos profissionais da ciência da computação, que  vão além da simples análise de dados e obtenção de resultados lógicos. 

A pretensão dos pesquisadores é que em alguns anos as máquinas não apenas calculem resultados, mas sejam capazes também de aprender sobre diferentes temas.

Dessa forma, etapas como ajustes e manutenção se tornariam cada vez menos dependentes da força de trabalho humana, que seria substituída por mecanismos mais modernos, exatos, rápidos e eficazes.

A automatização de processos através da inteligência artificial

Com a indústria 4.0, muito se tem falado sobre a automatização de processos ou, então, automatização industrial. Afinal, suas vantagens vão muito além do aumento de lucros e da otimização dos processos. 

A automação permite mais autonomia para a linha de produção, maior qualidade nos produtos criados e maior volume de peças feitas por dia.

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), constatou que, apesar de o Brasil ainda estar atrás de muitos outros países, já é um grande mercado para a automatização empresarial.

Conforme o estudo, cerca de 11% das organizações fazem uso de softwares para controle de produção. A automação com sensores, por sua vez, já faz parte da rotina de 27% das companhias brasileiras. Além disso, 19% das instituições ativas fazem uso de sistemas para a área de engenharia.

Observando esses resultados, fica claro  que a procura pelo uso da tecnologia tende a crescer cada vez mais. Isso porque os seus benefícios implicam diretamente não somente no lucro da organização, mas também oferecem um verdadeiro diferencial competitivo dentro do mercado.

Se tratando de inteligência artificial, os números possuem um impacto ainda maior. Segundo pesquisa realizada pela empresa de consultoria e auditoria PricewaterhouseCoopers (PwC), até 2030, os robôs podem substituir 38% das vagas de trabalho dos Estados Unidos, 21% no Japão e 30% em todos os países do Reino Unido.

 A evolução da tecnologia pode trazer resultados na redução de investimentos em mão de obra e causar uma verdadeira revolução na forma de trabalho atual.

Porém, vale ressaltar que a força de trabalho humana continua sendo necessária, mas com um remanejamento de funções, voltado ainda para o estímulo da busca de inovações no ambiente de trabalho.

A estimativa é que, em alguns anos, o mercado de profissões a nível mundial esteja completamente diferente, com cargos antes inexistentes e alguns processos realizados de maneira inteiramente automática.

As redes neurais e sua importância dentro da inteligência artificial

Detalhar o que é e para que serve a IA sem citar as redes neurais é praticamente impossível. Afinal, elas são um dos principais campos de estudo dos pesquisadores da área, que investem tempo e dinheiro para aprimorá-las, visando a evolução da tecnologia.

Para entendermos melhor o seu conceito, a maneira mais simples é pensar na construção da palavra. Redes neurais derivam dos neurônios humanos, seu principal objeto de estudo.

Elas são criadas com o objetivo de se assemelhar ao funcionamento dos processos comuns ao cérebro, relacionados a fatores como aprendizagem e tomada de decisão.

O primeiro modelo foi criado em 1943 por Warren McCulloch e Walter Pitts. Desde então, o tema tem recebido total atenção da IA, que busca desenvolver as fórmulas e torná-las cada vez mais estruturadas.

Entretanto, com a evolução das pesquisas, as redes neurais deixaram de ter como meta apenas a semelhança ao cérebro humano.

Atualmente, elas são utilizadas para diversas tarefas específicas, desde o reconhecimento de fala até a análise de redes sociais e o aprendizado de máquina para tradução.

O grande foco dos pesquisadores está em construir esquemas independentes e autônomos, que se convertam em influenciadores diretos dentro de outras máquinas, podendo  produzir mais, melhor e sem a necessidade do acompanhamento humano constante.

A evolução do aprendizado de máquina dentro da indústria 

Como citamos anteriormente, o maior desafio dos estudiosos sobre IA é tornar a tecnologia ainda mais independente, de modo que se torne autodidata e não necessite de ajustes humanos.

Apesar de parecer um sonho, essa meta não está tão longe de ser atingida. Há 7 anos, quando a internet começava a chegar na maioria dos lares brasileiros, cientistas foram questionados sobre o futuro da inteligência artificial. A resposta geral foi que apenas em 2040 a IA chegaria a 50% da capacidade humana.

No entanto, em uma nova pesquisa, os estudiosos concordaram que em 2030 já teremos máquinas alcançando metade da inteligência dos seres humanos.

Isso significa que os estudos estão avançando rápido e proporcionando resultados cada vez mais satisfatórios. Atualmente, já existem campos específicos dentro da IA buscando apenas o aprendizado de máquina.

O conceito de Machine Learning, Data Science e Deep Learning

Mulher aprendendo mais sobre os conceitos de Machine Learning, Data Science e Deep Learning.
O conceito de inteligência artificial se divide em diversas categorias e subcategorias específicas de desenvolvimento.

Quem está sempre por dentro das pesquisas sobre inteligência artificial com toda a certeza já ouviu falar desses termos e conceitos. Isso porque eles estão diretamente relacionados à IA, sendo alguns dos ramos de pesquisa com maior obtenção de resultados na área da tecnologia.

O machine learning se trata, em tradução literal, do aprendizado das máquinas. Ou seja, podemos defini-lo como uma categoria da IA, com foco de estudo específico e diferentes ramificações próprias. 

Nesse sentido, seu foco de estudo está na programação de algoritmos que façam as máquinas coletarem dados a partir de suas próprias experiências, obterem aprendizado através desses dessas situações, e assim, realizarem as atividades determinadas com o que foi aprendido. 

O machine learning possui diversas aplicações, como é o caso dos bancos de dados autônomos, combate de frades de sistemas, tradução de textos e até mesmo nas recomendações de conteúdos das SERPs e plataformas de streaming. 

O deep learning, por sua vez, é uma subcategoria do machine learning, também conhecida por aprendizado profundo.

Aqui, o foco  principal  não é  programar dados básicos, mas sim configurar parâmetros por meio das redes neurais que permitam ao computador aprender sozinho e resolver problemas mais complexos. 

Dessa forma, os robôs são treinados para executar tarefas de maneira similar aos seres humanos, desde reconhecimento de voz e imagem, até a tomada de decisões. Isso ocorre através de uma análise de padrões, que podem se repetir, dividir e diferenciar em diversas camadas. 

O Data Science, nesse caso, funciona como uma espécie de fechamento para a IA, onde os insights obtidos através do reconhecimento de padrões são aplicados à máquina. 

Em tradução para o português, a “Ciência de Dados”, é a responsável pela demonstração prática dos dados coletados pela máquina, aplicando-os em estatísticas e convertendo-os para as mais diversas utilidades na indústria e na vida dos usuários.

Benefícios da inteligência artificial no campo empresarial e pessoal

Mesmo que a IA ainda pareça algo distante e inacessível, ela já faz parte do dia a dia da maioria das pessoas ao redor do mundo.

Atualmente, as maiores empresas globais já são adeptas da tecnologia, inclusive em gestões integradas, e a implementam de maneira simples e prática em seus produtos, tornando-os mais eficientes e qualitativamente  melhores.

Por exemplo, a inteligência artificial Microsoft já aplicou em sua versão mais recente do Windows a Cortana, uma assistente virtual pronta para responder às dúvidas mais frequentes dos usuários.

Quando adaptamos a IA em nossas vidas, é possível fazer com que todas as tarefas cotidianas se tornem mais fáceis e rápidas.

Além disso, nos colocamos dentro de um mercado que só tende a crescer e a revolucionar ainda mais os sistemas de produção ao redor do globo.

Dentro das empresas esse cenário é ainda mais real. A inteligência artificial Google, por exemplo, já é uma das que obtém mais adeptos para realizar tarefas cotidianas. 

Através dela, é possível  responder e-mails com respostas padrões oferecidas pela plataforma, traduzir textos com auxílio da câmera do celular e assistir vídeos em todos os idiomas com legendas geradas em menos de 10 segundos.

A praticidade que a IA promete trazer ao dia a dia dos usuários é imensurável e tende a se tornar uma parte essencial da rotina de todos, tanto na vida pessoal quanto em relação à automatização industrial, cada vez mais fluida e lucrativa. .

Exemplos de inteligência artificial no mercado atual

Homem utilizando uma AI no trabalho.

Que a IA não se restringe mais ao campo das pesquisas e perpassa diversas tarefas rotineiras dos usuários, não há dúvidas. 

Empresas como o Google e a Microsoft já a aplicam em softwares diversos, facilitando ainda mais a adaptação humana às suas respectivas máquinas. No entanto, o mercado conta também com muitos outros cases de sucesso no ramo.

A China, por exemplo, lidera o ranking de países com maior investimento em inteligência artificial, segundo o relatório de 2018 “Artificial Intelligence, a European Perspective”. 

Dentre as 20  organizações de maior relevância no âmbito da IA, 17 são chinesas, e o país ainda conta com 57% das patentes de pesquisas já registradas atualmente.

Isso não significa que o país será o único a oferecer inovações ao mercado tecnológico mundial. Os Estados Unidos estão logo atrás, com 13% das patentes, enquanto a União Europeia fica em terceiro, com 7%.

Segundo a consultoria americana IDC, apenas o mercado chinês movimentou 10,6 bilhões de dólares com produtos relacionados a vigilância, utilizando a inteligência artificial. Grande parte dos equipamentos foram comprados pelo Brasil, para uso na cidade de São Paulo, metrópole conhecida pelo número alarmante de crimes nas ruas.

Esta é apenas mais uma das amostras de como a IA pode trabalhar a favor da rotina populacional e trazer melhorias à vida de todos. 

Com o sucesso das operações em andamento e o crescimento da tecnologia, a tendência é que o mercado nacional invista cada vez mais no uso desses produtos para a construção de máquinas e sistemas ainda mais efetivos.

iFood no caminho da inteligência artificial 

O iFood, uma das startups brasileiras de maior sucesso, é um grande exemplo disso. Recentemente, a foodtech anunciou a compra da Hekima, uma empresa de IA com foco em Big Data, sediada na capital Mineira, Belo Horizonte.

Segundo Bruno Henrique, vice-presidente de Inovação e Crescimento do iFood, em um comunicado enviado à imprensa, o objetivo principal da compra está em investir na tecnologia e em reter talentos, se referindo ao fato de que agora todos os 100 funcionários da Hekima estão à disposição da startup.

De acordo com  o empresário, a procura por profissionais da IA no Brasil é grande, mas o número de pessoas capacitadas à disposição é pequeno. 

Isso se deve ao fato de que vários deles migram para o exterior em busca de melhores oportunidades. Com a compra da organização de tecnologia, o iFood visa aumentar sua força no mercado nacional e se tornar ainda mais próximo da IA, já tão utilizada na ascensão da startup, e presente desde da sua criação.

A IA ainda é um tema que causa medo e insegurança aos leigos no assunto, pelo antigo fantasma do desemprego. No entanto, o tema ganha cada vez mais relevância e espaço na mídia e na vida dos brasileiros.

Se você deseja saber mais sobre IA e muitos outros tópicos relacionados à  gestão e clima empresarial, continue acompanhando o nosso blog! Trazemos o que há de melhor para que você se torne um profissional cada vez mais capacitado e atinja sucesso em seu campo de trabalho!

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Equipe iFood Benefícios

3 de Maio de 2024

Leitura de 12 min