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O varejo está em transformação

Confira os insights do segundo dia do maior evento de varejo da América Latina e descubra as tendências que moldam o futuro do setor

Por Equipe iFood Benefícios

O segundo dia do LATAM Retail Show, considerado o maior palco do mercado de varejo e consumo da América Latina, foi um turbilhão de ideias e insights. De paineis que exploraram as tendências de consumo e as novas tecnologias que estão revolucionando o setor a debates sobre os desafios e as oportunidades do varejo no contexto atual, o evento reuniu líderes e profissionais do setor para discutir o futuro do varejo.

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Neste artigo, vamos mergulhar nos principais temas abordados no segundo dia do evento, destacando os insights mais relevantes para o mercado. Prepare-se para se inspirar com as ideias e estratégias que estão impulsionando a transformação do varejo. Vamos nessa?

Se você não acompanhou como foi a abertura do evento, no dia 18/09, clique aqui e leia a cobertura completa.

2º dia do Latam Retail Show

Para começar, acompanhamos um painel que reuniu líderes do setor para debater o futuro do varejo em um mundo cada vez mais digitalizado. O tema em foco: o poder transformador do Retail Media. Richard Albanesi (The Led) e Cyril Marchal (Unlimitail) compartilharam suas visões sobre como essa ferramenta está revolucionando a relação entre marcas e consumidores.

O debate abordou o papel fundamental dos dados no sucesso do Retail Media. Segundo Richard, "O Retail nasceu no e-commerce porque lá é onde a gente encontra mais dados e essa frente necessita disso, mas pouco a pouco, precisamos orientar novas frentes dentro das empresas para saber atuar e comandar esses dados". Essa afirmação revela a importância de uma estratégia de dados bem definida para que o Retail Media alcance seu potencial máximo.

Os dados não mentem

Os números comprovam o crescimento expressivo do Retail Media. Em 2023, o mercado atingiu US$ 119,4 bilhões, representando um aumento de 9,8% em relação ao ano anterior. Estudos apontam que os anúncios veiculados por meio do Retail Media têm uma taxa de conversão mais alta do que outras formas de publicidade online, impulsionando as vendas. Essa alta taxa de conversão se explica pela capacidade de atingir o consumidor no momento em que ele está mais propenso a realizar uma compra, aumentando consideravelmente a probabilidade de que o consumidor seja convencido a adquirir o produto.

A Amazon, gigante do varejo digital e físico, é um exemplo de sucesso do Retail Media. A empresa reportou o faturamento de US$ 31,2 bilhões com receita de anúncios patrocinados por marcas, tornando-se a terceira maior plataforma de mídia dos EUA. No Brasil, grandes players como Americanas, Carrefour, Raia Drogasil e Magalu também estão investindo em unidades de negócios de mídia patrocinada, demonstrando o potencial do Retail Media como uma nova fonte de receita para empresas do varejo.

Para que o Retail Media seja realmente eficaz, é essencial que a abordagem seja personalizada e localizada, chegando com a mensagem certa na hora certa, valorizando as individualidades entre milhões de compradores. O próprio Richard Albanesi ressaltou que essa é uma "jornada complexa e extraordinária", reconhecendo que o sucesso do Retail Media depende de uma estratégia bem definida e da capacidade de analisar e interpretar os dados de forma eficiente.

O painel deixou uma provocação importante para os convidados: o Retail Media é uma ferramenta poderosa para o varejo que busca se conectar com os consumidores de forma relevante e impulsionar as vendas. A capacidade de personalizar a mensagem e atingir o consumidor no momento ideal de compra é o que torna o Retail Media uma ferramenta estratégica para o sucesso no varejo digital e físico.

Um novo cenário para o comércio

O painel "A Desglobalização do Varejo Físico e a Metaglobalização do Varejo Digital", com a participação de Eduardo Yamashita (Gouvêa Experience), Munir Trad (Puma North América) e Fernando Penna (Tencent), explorou as transformações do setor em um mundo cada vez mais digital e fragmentado.

A desglobalização do varejo físico, impulsionada por investimentos crescentes e riscos cada vez maiores, desestimula a expansão física de redes de varejo. Essa tendência é intensificada pela complexidade política, custos elevados e a necessidade urgente de adaptação e digitalização. O exemplo da rede Dia, que fechou 343 lojas no Brasil, ilustra a dificuldade de lidar com essa nova realidade.

Diante desse cenário, as empresas precisam direcionar seus esforços para operações regionais e específicas, respondendo às demandas locais e adaptando produtos às características de cada mercado. A necessidade de previsões de demanda e suprimento mais complexas, aliada à necessidade de respostas rápidas e eficientes, impulsiona a busca por soluções inovadoras.

Em contrapartida, a metaglobalização do varejo digital surge como uma força poderosa, impulsionada por um modelo de negócio que prioriza a racionalidade, a menor imobilização de capital, a amplitude de oferta, a hiperpersonalização e a inteligência artificial.

A ascensão de empresas como SHEIN, Shopee e a popularização de super apps como o WeChat, na China, exemplificam essa nova realidade. A metaglobalização permite o avanço de produtos em escala global, impulsionada por um planejamento integrado sofisticado que considera tempo, custos, cultura e as necessidades específicas de cada mercado. Essa nova abordagem simplifica a utilização de assets globais, aprimora a experiência do cliente e cria sinergia entre todas as etapas da cadeia de valor.

Em resumo, a desglobalização do varejo físico e a metaglobalização do varejo digital são forças que moldam o futuro do comércio, desafiando empresas a repensarem seus modelos de negócio e a se adaptarem a um mundo cada vez mais complexo e digitalizado. A capacidade de entender e se adaptar a essas mudanças será fundamental para o sucesso nesse novo cenário.

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Você sabe o que é fidelidade 4.0?

Em um mundo onde a atenção do cliente é um bem precioso, a fidelização se torna um diferencial estratégico para qualquer negócio. O painel "Fidelidade 4.0: Transformando pontos em engajamento na velocidade do fast food", com a participação de Roberta Valle (Mastercard Brasil), trouxe insights sobre como transformar programas de fidelização em ferramentas poderosas para aumentar o engajamento e a rentabilidade.

O painel destacou os desafios que as empresas do setor de fast food enfrentam para construir programas de fidelização eficazes, como a necessidade de oferecer acúmulo e resgate de pontos em tempo real e em todos os canais (omnichannel), além de vincular transações a clientes específicos para gerar receita através da personalização.

O exemplo do McDonald 's, que utiliza a plataforma de fidelização da Mastercard, demonstra a eficácia dessa abordagem. O programa Meu Méqui visa ampliar e personalizar a experiência do cliente, aumentar a frequência de compras e impulsionar as vendas digitais. O foco na personalização de ações com base em dados permite testar diferentes estratégias, otimizar resultados e gerar valor para o negócio.

A Fidelidade 4.0 se baseia em quatro pilares para transformar pontos em engajamento:

  1. Tornar clientes usuais mais rentáveis: identificar e recompensar os clientes mais fiéis, incentivando compras e fidelização.
  2. Adquirir/atrair novos clientes: criar programas atrativos para conquistar novos clientes e incentivar a primeira compra.
  3. Reter os melhores e mais rentáveis clientes: oferecer experiências personalizadas e recompensas relevantes para fortalecer o relacionamento com clientes de alto valor.
  4. Reconectar com a marca os clientes ‘adormecidos’: reavivar o interesse de clientes que não realizaram compras recentemente, incentivando-os a retornar.

O painel evidenciou a importância de olhar para além dos pontos tradicionais e construir programas de fidelização que realmente se conectam com as necessidades e desejos dos clientes. A Fidelidade 4.0, com seu foco na personalização, na experiência omnichannel e na análise de dados, oferece uma solução completa para transformar pontos em engajamento e fortalecer o relacionamento com o cliente em um mundo em constante transformação.

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A Black Friday é um dos eventos mais aguardados do varejo brasileiro

O painel "Black Friday: O que o consumidor espera e como as marcas podem aproveitar a data para obter melhores resultados de vendas ainda em 2024", com a participação de Renan Blanco (Globo), Leandro Otsuka (Mercado Livre), Rodrigo Perencin (General Motors) e Luiz Almeida (Midea Carrier), trouxe insights valiosos sobre o comportamento do consumidor e as estratégias para maximizar as vendas durante a Black Friday de 2024.

Os líderes de mercado, com expertise em diferentes áreas do varejo, compartilharam dados e análises que revelam um consumidor brasileiro cada vez mais apaixonado por descontos e digitalizado, impulsionando uma corrida por ofertas online e estratégias de marketing assertivas.

Uma pesquisa da Globo revelou que 97% dos consumidores brasileiros realizarão compras não planejadas durante a Black Friday, impulsionados pela busca por descontos e pela percepção de vantagem. Essa paixão por promoções se traduz em uma forte tendência de compras impulsivas, com 67% dos consumidores afirmando que "sempre precisam comprar algo durante a Black Friday para aproveitar os descontos".

Os dados da pesquisa também apontam para uma mudança significativa no comportamento do consumidor: a migração para o ambiente online. 61% dos consumidores preferem realizar compras pela internet, seja por meio de sites ou aplicativos, buscando praticidade e melhores preços. A praticidade e a facilidade de comparação de preços são os principais motivadores da preferência online, enquanto a experiência física ainda é valorizada para a retirada imediata do produto (38%) e para a possibilidade de ver e experimentar (37%).

A Era dos Aplicativos

A pesquisa revela ainda que os aplicativos se tornaram um canal crucial para o consumidor durante a Black Friday, com 42% dos consumidores buscando acesso a cupons de desconto e 41% procurando ofertas exclusivas nesse formato. As marcas que investirem em aplicativos robustos e atrativos, com interface intuitiva e promoções personalizadas, se destacarão na corrida por clientes.

Antecipação pode ser a chave para o sucesso

O consumidor está cada vez mais estratégico, iniciando a pesquisa por produtos com antecedência. A pesquisa mostra que 70% dos consumidores começam a pesquisar sobre o produto que desejam comprar com 1 mês ou mais de antecedência. Essa busca por informação, influenciada pela necessidade de comparar preços e ofertas, exige que as marcas se posicionem no radar do consumidor com antecedência, investindo em marketing digital, conteúdo relevante e campanhas que gerem engajamento.

Os sites de confiança e os aplicativos das lojas lideram a pesquisa por produtos durante a Black Friday. 35,2% dos consumidores pesquisam em sites de confiança onde já tiveram boas experiências de compra, seguidos por 34,8% que buscam diretamente no aplicativo da loja. Essa preferência por canais próprios demonstra a importância de investir em uma estratégia de marketing digital eficiente e em plataformas digitais robustas e intuitivas.

Luiz Almeida, da Midea Carrier, reforça que 70% dos consumidores pretendem fazer compras na Black Friday, mas a busca por descontos não é a única motivação. O consumidor busca produtos relevantes que atendam às suas necessidades, como itens de rotina (48%), produtos que não poderiam comprar sem desconto (38%) e (34%) pretendem antecipar uma compra futura. “Preço é protagonista, mas não é o único atributo relevante”, comentou. 

O que é bom precisa ser compartilhado

Para finalizar, Leandro Otsuka, do Mercado Livre, apresentou um case de sucesso que ilustra a estratégia da plataforma durante a Black Friday: "The Handshake Hunt".  A campanha, premiada com o Grand Prix de Media em Cannes Lions em 2024, além de um Leão de Prata e um de Bronze na mesma categoria, inovou ao transformar cenas de apertos de mão na programação da TV Globo em oportunidades de descontos exclusivos.

Em vez de investir em anúncios tradicionais, o Mercado Livre inseriu QR codes em mais de 2.000 cenas que, ao serem escaneados pelos telespectadores, liberavam cupons de desconto, criando uma experiência interativa.

Essa parceria inédita com a Globo alcançou 80 milhões de pessoas e gerou 7,8 bilhões de impressões, elevando a consciência da marca em 5 pontos percentuais e impulsionando-a para o primeiro lugar em sua categoria. Além disso, aumentou em 14% as sessões do aplicativo e site, impulsionou as vendas em 80% no dia da Black Friday e gerou um aumento de 39% nas transações ao longo do mês. Demais, né? 

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A apresentação de Priscilla Seripieri (WGSN) sobre a evolução do mercado de criadores para marcas trouxe um panorama promissor para a área, com dados que revelam a crescente importância dos influenciadores no cenário digital.

Setor em expansão

A economia de criadores, segundo a Goldman Sachs, pode movimentar US$ 480 bilhões até 2027. O futuro do trabalho indica uma necessidade crescente de apoio às novas gerações de criadores, ajudando-os a desenvolver fontes de renda diversificadas e sustentáveis.

O investimento em marketing de influência também está em ascensão: a Association of National Advertisers prevê US$ 7,1 bilhões investidos em 2024.  

Tendências do Mercado

  • Influência descentralizada: a resistência contra o monopólio das grandes empresas de tecnologia impulsiona a fragmentação do mercado, abrindo espaço para novas plataformas e influenciadores.
     
  • Flexibilidade e transparência: o mercado exige adaptabilidade, com influenciadores buscando um equilíbrio entre exposição nas redes e saúde mental, impulsionando a necessidade de flexibilidade nas estratégias.
     
  • Autenticidade: a autenticidade e o propósito se tornam cada vez mais relevantes, com o consumidor buscando conexões genuínas e valores alinhados com as marcas.

O Surgimento do "Care-scrolling"

Com o crescimento da economia do cuidado, o "care-scrolling" emerge como uma ferramenta para que empresas de tecnologia, marcas e criadores protejam o bem-estar do usuário.  O foco nesse novo paradigma é priorizar ações que promovam a saúde mental e o bem-estar, combatendo o excesso de consumo e a pressão por produtividade nas redes sociais. 

Para encerrar, Priscilla destacou quatro pontos de ação e reflexão para as marcas:

  1. Faça do nicho o novo padrão
  2. Adote uma estratégia de crescimento consciente
  3. Prepare-se para o crescimento do care-scrolling
  4. Saiba que a economia de criadores será influenciada pela IA

O mercado de criadores está em constante evolução, exigindo que as marcas se adaptem às novas realidades e priorizem o bem-estar dos seus consumidores.

O segundo dia do evento ofereceu um panorama completo dos desafios e oportunidades que moldam o mercado. De debates sobre as transformações no varejo físico e digital, passando por tendências de marketing e comunicação, até as novas tecnologias que impulsionam a experiência do cliente.

Com o último dia do evento se aproximando, a expectativa é por mais insights e debates que inspirem a transformação do mercado. Para acompanhar as principais discussões e insights do primeiro dia do Latam Retail Show, clique aqui e confira na íntegra.

Prepare-se: amanhã, no último dia do evento, teremos ainda mais ideias, tendências e debates que impulsionarão o futuro do varejo.

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Equipe iFood Benefícios

19 de Setembro de 2024

Leitura de 13 min