Crise de Ansiedade no Trabalho: Como Lidar com o Problema

Descubra estratégias práticas para controlar os sintomas da crise de ansiedade no trabalho e proteger sua saúde mental. Leia o artigo!

23 de Setembro de 2025

Leitura de 5 min

A pressão por resultados, os prazos curtos e a competitividade no ambiente profissional podem transformar o trabalho em um grande gatilho para crises de ansiedade. Esse problema, cada vez mais comum, afeta não apenas a saúde mental do trabalhador, mas também sua produtividade, relações interpessoais e qualidade de vida. Reconhecer os sinais da ansiedade no dia a dia e aprender a lidar com eles é essencial para evitar que o quadro se agrave e comprometa tanto o bem-estar individual quanto o desempenho profissional.

Saiba o que fazer ao sentir uma crise de ansiedade no trabalho e quais são os seus direitos em relação a atestados médicos e afastamento da função. Leia o artigo que preparamos a seguir!

Índice:

O que fazer quando tiver uma crise de ansiedade no trabalho?

Enfrentar uma crise de ansiedade no ambiente de trabalho pode ser desafiador, mas existem atitudes que ajudam a retomar o equilíbrio e aliviar os sintomas. Veja algumas práticas que podem fazer a diferença:

  • Respiração consciente: inspire profundamente pelo nariz, segure o ar por alguns instantes e solte devagar pela boca. Essa técnica simples auxilia no controle da ansiedade e promove uma sensação de calma.
     
  • Faça uma pausa estratégica: quando possível, afaste-se da situação que está causando estresse. Ir até um espaço silencioso ou dar uma volta rápida ao ar livre pode ajudar a reorganizar os pensamentos.
     
  • Converse com alguém de confiança: compartilhar o que está acontecendo com um colega ou supervisor pode trazer apoio imediato e reduzir a sensação de sobrecarga.
     
  • Cuide da alimentação: manter-se hidratado e fazer pequenos lanches saudáveis é essencial. Evite excesso de café ou açúcar, que tendem a intensificar os sintomas.
     
  • Use técnicas de aterramento: concentre-se no momento presente prestando atenção a detalhes do ambiente, como sons, cheiros ou a textura de objetos próximos. Esse recurso ajuda a reduzir a intensidade da crise.
     
  • Busque apoio profissional: se as crises forem recorrentes ou muito intensas, é importante procurar um psicólogo ou psiquiatra, que podem oferecer orientações e tratamentos adequados.
     
  • Invista no autocuidado diário: hábitos como atividade física, sono de qualidade e alimentação equilibrada fortalecem o corpo e a mente, tornando-os mais resistentes ao estresse.

Pode faltar no trabalho por crise de ansiedade?

CID F41.1 (Transtorno de Ansiedade Generalizada – TAG) pode ser motivo para afastamento do trabalho, desde que o empregado demonstre que os sintomas realmente prejudicam sua capacidade de desempenhar suas funções. Para isso, é importante:

  • Diagnóstico médico: o trabalhador deve receber o diagnóstico de TAG feito por um profissional de saúde, acompanhado de laudo ou atestado detalhado que indique a necessidade de afastamento para tratamento;
     
  • Intensidade dos sintomas: o afastamento costuma ser necessário quando a ansiedade é grave e interfere tanto na produtividade quanto na qualidade de vida;
     
  • Perícia do INSS: nos casos em que a licença ultrapassar 15 dias (período em que a empresa ainda é responsável pelo pagamento), o empregado precisa solicitar o auxílio-doença. Nessa situação, a perícia médica do INSS avalia o quadro clínico e define se o benefício será concedido.

Quantos dias de atestado recebo por crise de ansiedade?

A duração do afastamento por Transtorno de Ansiedade Generalizada varia conforme o impacto da ansiedade na vida do paciente. Quando os sintomas são leves ou moderados, geralmente o médico indica entre 7 e 14 dias de licença. Já em quadros mais intensos, esse período pode ser ampliado, desde que o profissional avalie a necessidade.

Nos afastamentos de até 15 dias, o pagamento do salário continua sendo feito pela empresa. Caso seja necessário um período maior, o trabalhador deve solicitar o auxílio-doença junto ao INSS e passar pela perícia médica do órgão, que definirá se a prorrogação será concedida. O benefício pode ser autorizado por até 180 dias, com possibilidade de extensão.

Se a ansiedade for reconhecida como doença relacionada ao trabalho, o empregado tem direito a 12 meses de estabilidade após o retorno às atividades. Além disso, mesmo voltando à rotina, é fundamental manter o acompanhamento médico para controlar os sintomas e evitar novos prejuízos no dia a dia.

Como provar que adquiri ansiedade no trabalho?

A doença ocupacional é caracterizada quando um problema de saúde surge ou se agrava em decorrência direta das condições de trabalho.

De acordo com a Lei nº 8.213/91, art. 20, essas enfermidades são equiparadas a acidentes de trabalho, assegurando ao empregado direitos como afastamento remunerado, estabilidade no emprego e possibilidade de indenização.

Para que a ansiedade seja oficialmente reconhecida como doença ocupacional, é indispensável demonstrar a ligação com o ambiente laboral. Essa comprovação pode ser feita por meio de:

  • Laudos médicos e psicológicos que confirmem o transtorno;
  • Relatórios de psiquiatras e exames complementares;
  • Registros de situações de pressão, assédio moral, metas abusivas ou excesso de tarefas;
  • Testemunhos de colegas que presenciaram a rotina estressante.
  • Emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), essencial para o reconhecimento da doença ocupacional;

Se ficar comprovado que a empresa contribuiu para o surgimento ou agravamento do quadro e não tomou medidas para preservar a saúde mental do funcionário, ela poderá ser responsabilizada judicialmente. Vale a pena consultar um advogado trabalhista para avaliar o caso e orientar quanto às medidas legais cabíveis.

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