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Confira como foi o CMO Summit 2024, que contou com os maiores líderes de Marketing do Brasil e uma programação inédita
18 de Outubro de 2024
Leitura de 17 min
O CMO Summit 2024, evento realizado em formato 100% online e gratuito, superou todas as expectativas. Somando mais de 450 mil participantes em suas quatro edições, consolidou-se como o principal evento para líderes de marketing no Brasil e no mundo. Foram três dias intensos de conteúdo, distribuídos em sete formatos inovadores, que geraram discussões essenciais sobre o futuro da profissão e as tendências que estão redesenhando o setor. A edição de 2025 promete ser ainda mais impactante, com um encontro presencial em São Paulo.
O time do iFood Benefícios acompanhou o evento e reuniu neste artigo os principais aprendizados e insights. Quer saber mais? Então, continue sua leitura por aqui.
Prepare-se para uma imersão no marketing do futuro – que, aliás, já começou.
Índice:
O painel sobre influência e creator economy, que contou com a participação de Daniela Zylberkan (iFood Benefícios), Marcelo Bronze (Danone), Tiago Trindade (Digital Favela), André Vasco (Comunicador e Diretor Criativo) e Rafael Arty (BrandLovers), ressaltou a autenticidade como a nova moeda do marketing. Não é uma simples tendência, mas um pilar fundamental para construir marcas fortes e duradouras.
André Vasco comentou que para ele, os rótulos de "influenciador" e "criador de conteúdo" são limitantes. A ideia central é que todos nós influenciamos e somos influenciados, sendo a autenticidade a chave para estabelecer conexões genuínas. Em um contexto de marcas e influenciadores, ele defendeu a transição de uma visão puramente profissional para uma abordagem mais pessoal e humana nas parcerias.
Tiago Trindade complementou essa ideia, enfatizando a importância de entender a dinâmica de relacionamento dos influenciadores com suas comunidades. A parceria não deve se basear na ideia de "ativo", mas sim na capacidade de conexão autêntica com o público. Em outras palavras, a marca não cria comunidade; ela entra e participa de uma já existente.
Daniela Zylberkan compartilhou a estratégia de segmentação por temas (humor, finanças, benefícios etc.) que o iFood Benefícios utiliza para otimizar suas campanhas com influenciadores. Sua principal recomendação: deixe os criadores criarem! A interferência excessiva no processo criativo pode minar a autenticidade e, consequentemente, comprometer os resultados.
Rafael Arty ressaltou o tamanho e o potencial do mercado brasileiro de conteúdo, alertando que, apesar do conhecimento sobre sua eficácia, muitas marcas ainda não dominam as estratégias para extrair seu máximo potencial. O sucesso depende de ir além da mera busca por viralização; construir relações duradouras e relevantes com o público é fundamental.
André Vasco reforçou a necessidade de uma mudança de mentalidade nas empresas. A busca por autenticidade exige mais do que campanhas pontuais, é preciso investir em parcerias estratégicas de longo prazo que permitam uma construção de marca mais genuína e sustentável.
A discussão sobre canais de comunicação abordou a complexidade do cenário digital atual. André Vasco destacou o TikTok para temas educativos, mas reforçou a importância do Instagram como sua rede prioritária. Rafael Arty apresentou uma visão estratégica da jornada do consumidor em diferentes plataformas, sugerindo o Instagram para conteúdo do dia a dia e inspirador, o YouTube para conteúdo explicativo e o TikTok para tendências e conteúdo educativo. Ele também mencionou o Kwai (com forte alcance na classe C e D) e o X, destacando sua natureza em tempo real.
Daniela Zylberkan forneceu um guia prático que utiliza ao pensar em canais, enfatizando a importância de perguntas estratégicas como:
Além disso, ela finalizou ressaltando a importância da estratégia multicanal para maximizar o alcance e os resultados.
Tiago Trindade reforçou que a criatividade precisa ser adaptada a cada plataforma, mas a mensagem central deve sempre permanecer autêntica e ressonar com a audiência.
Não se trata apenas de gerenciar campanhas, mas de liderar equipes, definir estratégias integradas e, acima de tudo, medir os resultados. Daniela Zylberkan enfatizou a importância da clareza de papéis dentro das equipes e a necessidade de uma visão holística (360° graus) para garantir o sucesso das campanhas. Planejar, testar e mensurar são os pilares do marketing moderno.
João Pedro Mota, empreendedor, marqueteiro e growth hacker, apresentou uma análise contundente sobre o fim do marketing tradicional, oferecendo um guia estratégico para marcas que desejam sobreviver e prosperar no novo cenário digital. Sua principal mensagem:
“A adaptação é crucial, e as marcas precisam se transformar em criadoras de conteúdo para competir com os creators que já se tornaram marcas”.
Mota iniciou sua apresentação com uma afirmação impactante: “As marcas que não se tornarem creators vão competir em desvantagem com creators que se tornam marcas.” Esta frase resume a tese central: o modelo de marketing tradicional, baseado na compra de atenção através da publicidade, tornou-se obsoleto. No passado, alcançar o público era relativamente simples; bastava investir em anúncios para garantir visibilidade. A atenção era um recurso abundante e acessível.
Contudo, a realidade atual é completamente diferente. A atenção do consumidor é um bem escasso e disputado. Em um ambiente saturado de conteúdo, onde o público pula de um vídeo para outro, a simples interrupção com anúncios não é mais suficiente. A atenção precisa ser conquistada, e não comprada.
Mota argumenta que, para se manterem relevantes e competitivas, as marcas precisam entregar muito mais do que produtos ou serviços. É preciso criar uma conexão profunda e significativa com o consumidor, oferecendo:
A mudança é fundamental. As marcas precisam se tornar players ativos no ecossistema digital, criando conteúdo relevante, engajando com a audiência em suas plataformas preferidas e construindo relacionamentos autênticos. A jornada do consumidor mudou, e as marcas precisam acompanhar essa transformação.
O painel foi um alerta e uma orientação estratégica para o futuro do marketing. Em essência, o marketing deixou de ser uma interrupção e se tornou uma conversa. A capacidade de construir pontes reais com o público, entregando valor genuíno em cada interação, é o diferencial para o sucesso no novo cenário. Essa jornada exige inovação, criatividade, e, acima de tudo, autenticidade.
A discussão, que contou com a participação de especialistas como Diego Garcia (Broadcom), Ana Cláudia Braga (Croadcom Software), Simone Catelli (Globant), Karina Orlandi (Capgemini), Hélio Azevedo (BSS) e Daniela Girão (SAP), revelou a importância de alinhar objetivos, compartilhar informações e otimizar processos para que ambas as áreas (marketing e vendas) trabalhem juntas em prol de resultados comuns.
Daniela Girão destacou a importância do planejamento estratégico e da escuta ativa. Ela enfatizou a necessidade de sensibilidade para compreender as reais necessidades e desejos dos consumidores, um diferencial crucial em comparação com abordagens automatizadas. “Cada área possui suas particularidades, e a colaboração eficaz entre marketing e vendas exige o reconhecimento dessas nuances”, afirmou.
Karina Orlandi reforçou a importância da sensibilidade humana na interação com os clientes. Para ela, o sucesso reside na compreensão de que pessoas criam para pessoas e atendem pessoas, e que a atenção aos detalhes é um fator fundamental.
Ao longo da discussão, alguns pontos-chave emergiram como consensos entre os participantes:
A mensagem final foi que a rivalidade entre marketing e vendas é um obstáculo ao sucesso e a chave para o crescimento está na parceria. Somente com uma colaboração sinérgica e integrada é possível otimizar processos, alinhar metas e maximizar o retorno sobre os investimentos.
A integração entre marketing e vendas não é apenas desejável, mas essencial para alcançar resultados excepcionais. É necessário construir uma cultura colaborativa, que valorize a troca de informações, o compartilhamento de conhecimento e o trabalho em equipe, visando a excelência em cada etapa do processo, da estratégia à conversão. A sinergia entre marketing e vendas é, portanto, a sinfonia que conduz a orquestra do sucesso.
Estela Novazzi (Kaspersky), Mariana Lemos (IBM), Érica Patriali Mesquita (Fortinet) Igor Lopes (Innovation Hub) e Paulo Ribeiro (AWS) discutiram como novas tecnologias, estratégias e abordagens estão redefinindo as práticas de marketing, moldando a forma como as marcas se conectam com seu público, otimizam campanhas e impulsionam resultados.
Um ponto crucial destacado foi a importância da tecnologia como um meio, e não um fim em si. A utilização de ferramentas para otimizar o dia a dia e acelerar a entrega de resultados é essencial para a eficiência da equipe de marketing.
Estela Novazzi enfatizou o poder dos nanoinfluenciadores, destacando seu impacto em nichos específicos e sua relevância para marcas que buscam atingir públicos altamente segmentados.
Mari Lemos compartilhou sua experiência, observando a crescente influência de profissionais que não atuam exclusivamente no ambiente digital, como professores, pesquisadores e especialistas. Essa visão ampliada permite alcançar um público muito mais amplo do que a abordagem tradicional focada apenas na busca de influenciadores digitais - que tenham iniciado ou criado sua relevância no ambiente digital. É como se fosse uma ‘nova onda’ de influência.
Paulo Ribeiro destacou a importância das comunidades online. Ele ressaltou o grande número de profissionais que buscam testar novas tecnologias e trocar conhecimento, afirmando que mapear e interagir com essas comunidades é fundamental para as marcas. Principalmente na área de tecnologia, onde os profissionais buscam esse tipo de comunidade para interagir.
Outro ponto importante foi o poder do feedback. Os participantes enfatizaram a necessidade de entender as dificuldades, pontos fortes e sugestões dos clientes para aprimorar o serviço oferecido. Embora tendências e novidades sejam importantes, a chave reside em compreender as reais necessidades do público.
O marketing no setor de tecnologia está em constante evolução, impulsionado pela inovação e pela necessidade de conectar-se com públicos altamente segmentados e exigentes. A combinação de tecnologia, dados, e, acima de tudo, uma profunda compreensão do cliente, é a chave para o sucesso no mercado tecnológico.
Gustavo Gadotti, Sócio Diretor de Growth da CRM Bonus, apresentou uma visão estratégica sobre o varejo 4.0, focando em estratégias inovadoras para aquisição e fidelização de clientes. Em um mercado altamente competitivo e em constante transformação, ele compartilhou insights valiosos sobre como as empresas podem se adaptar e prosperar.
Gadotti iniciou sua apresentação questionando: "O que faz um cliente voltar?". A resposta, segundo ele, reside em estratégias claras para entender o comportamento do consumidor. A fidelização, embora pareça simples, exige uma análise profunda de dados, múltiplas estratégias e uma execução impecável.
Para fidelizar clientes, o primeiro passo é entender seu comportamento e o estágio em que se encontram no processo de compra. Gadotti apontou que uma parcela significativa de clientes (60 a 70%) ficam parados após a primeira compra, representando um custo de aquisição alto sem o retorno esperado. Para reverter essa situação, ele defende a combinação de estratégias precisas com a mensuração de resultados.
Para construir uma estratégia de fidelização eficiente, é crucial coletar e analisar diferentes tipos de dados:
A combinação desses dados permite o desenvolvimento de estratégias mais eficazes, mas para maximizar os resultados, é preciso levar em conta três métricas-chave na execução:
Gadotti também abordou o tema de programas de fidelidade, destacando o cashback como uma estratégia eficaz para impulsionar as compras.
A crescente importância da fidelização está diretamente relacionada ao aumento dos custos de aquisição de clientes (CAC) e custo por mil impressões (CPM). A competição pela atenção do consumidor é cada vez mais acirrada. Para se destacar, as marcas precisam:
Para marcas que desejam começar a colocar essas estratégias em ação, ele sugeriu que façam o básico bem feito. Iniciar com uma abordagem simplificada, coletando inicialmente poucos dados e entendendo as necessidades daquele cliente.
Fabrício Fudissaku, CEO da Data-Makers, apresentou uma análise aprofundada sobre o marketing de influência, destacando seu papel crucial na era digital. Considerando a crescente importância das redes sociais e a transformação no comportamento do consumidor, explorou como as marcas podem construir conexões autênticas com seu público através de parcerias estratégicas com influenciadores.
Baseando-se em um estudo conduzido pela Data-Makers, Fudissaku apresentou dados relevantes sobre o desempenho das empresas no setor de marketing de influência. A pesquisa revelou pontos críticos e oportunidades de melhoria, oferecendo um panorama completo do cenário atual.
O estudo apontou as 5 principais motivações das marcas para a adoção do marketing de influência:
A pesquisa também identificou as principais barreiras para a adoção do marketing de influência:
Em relação ao tipo de influenciador, o estudo revelou que a maioria das marcas (70%) opta por microinfluenciadores, seguidos por nanoinfluenciadores (21%) e celebridades (9%).
Para finalizar, ressaltou os 4 principais insights sobre o Marketing de Influência no Brasil:
A pesquisa forneceu dados valiosos para orientar as marcas que buscam integrar essa poderosa ferramenta em suas estratégias de comunicação e alcançar resultados mais eficazes e ofereceu uma análise estratégica do mercado de marketing de influência.
Karina Milaré, co-fundadora e CEO da REDS, conduziu uma imersão no universo do engajamento entre marcas e consumidores, explorando as nuances da conexão emocional com diferentes gerações. Sua apresentação abordou a evolução das expectativas e comportamentos do consumidor ao longo do tempo, destacando a necessidade de compreender as particularidades de cada grupo etário para construir um engajamento significativo e duradouro.
Milaré apresentou uma análise multigeracional, demonstrando como as estratégias de engajamento precisam ser adaptadas para ressoar com as diferentes expectativas e estilos de vida de cada grupo. Ela argumentou que o sucesso reside na capacidade de compreender não apenas as necessidades funcionais dos consumidores, mas também seus anseios emocionais e culturais. A construção de uma conexão genuína exige um profundo conhecimento da jornada do cliente, desde a percepção da marca até a formação de uma relação duradoura. O engajamento é um processo de construção de relacionamento que requer empatia, personalização e autenticidade.
Em um mundo cada vez mais fragmentado e conectado, entender as nuances que impulsionam o engajamento emocional é fundamental para o sucesso a longo prazo. A chave não está apenas em alcançar o público, mas em criar uma experiência memorável, autêntica e personalizada que gere a tão desejada fidelização.
Este painel mergulhou no universo da Acquia, a única plataforma de Experiência Digital (DXP) open source do mundo, revelando seu potencial para impulsionar o sucesso digital das marcas. A apresentação detalhou como a plataforma permite a criação de experiências online altamente personalizadas e produtivas.
A Acquia oferece uma gama completa de ferramentas que capacitam as equipes de marketing a aprimorar suas estratégias digitais em diversos pontos:
Além dessas funcionalidades principais, a Acquia oferece ferramentas de análise de comportamento do usuário e testes A/B com suporte de IA, permitindo a otimização contínua da experiência e o aumento das taxas de conversão. A flexibilidade do código aberto permite que as empresas adaptem a plataforma às suas necessidades específicas, sem depender de fornecedores únicos.
Filipe Crespo, Líder do Programa de Educação da Eletromidia, forneceu uma visão estratégica sobre as mudanças no setor de mídia e as oportunidades emergentes para o crescimento. Sua apresentação abordou uma análise profunda das transformações no comportamento do consumidor e na tecnologia, impactando diretamente a forma como as marcas se conectam com seu público.
Crespo abordou a necessidade de adaptação contínua, destacando a importância de:
Em resumo, o papo forneceu um roteiro para as marcas navegarem no complexo e dinâmico mercado de mídia, destacando a importância de uma estratégia proativa, baseada em dados e na constante busca por inovação. A capacidade de adaptar-se rapidamente, monitorar o cenário e investir em novas tecnologias e formatos de mídia é fundamental para o sucesso no mercado atual.
O CMO Summit 2024 mostrou que o futuro do marketing se constroi na autenticidade, nas estratégias de longo prazo e na capacidade de criar conexões genuínas com o público em múltiplas plataformas. A era da viralização efêmera deu lugar à busca por relações mais significativas e duradouras.
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