Como a Zup fortalece a cultura no trabalho remoto

Como a Zup Innovation superou os desafios do trabalho remoto e fortaleceu a cultura organizacional por meio da criação de comunidades locais

Foto de Think Work

Por Think Work

Desde 2020, a Think Work existe com a missão ajudar o RH a transformar o mundo do trabalho, trazendo: ideias inovadoras, aplicações práticas, conexões relevantes e ferramentas úteis para impactar positivamente o RH e a gestão de pessoas.

18 de Dezembro de 2024

Leitura de 4 min

Durante a pandemia de covid-19, o home office tornou-se a solução para a maioria das empresas a partir de março de 2020, quando as medidas de isolamento social foram implementadas. A Zup Innovation, fornecedora de serviços de tecnologia, seguiu o mesmo caminho. No entanto, em novembro daquele ano, após consultar os profissionais, o trabalho remoto foi oficializado como o modelo padrão.

Paralelamente, a companhia estava cumprindo a meta estabelecida em 2019 de dobrar o número de colaboradores. Assim, passou dos 800 iniciais para os atuais 3.200, que atuam distribuídos em 430 cidades em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.

Um ano e meio após a adoção do trabalho remoto para 100% das equipes, a Zup realizou um estudo interno para entender se seus funcionários sentiam o impacto da solidão por não compartilharem mais o mesmo ambiente físico.

“A preocupação com esse assunto veio da observação de pesquisas de referência e do benchmarking com corporações que já tinham o trabalho remoto há mais tempo”, diz Guilherme Yoshioka, coordenador de marketing. “Foi aí que começamos a identificar essa dor.”

O resultado da pesquisa mostrou que o que mais de 50% dos respondentes sentiam mais falta no trabalho eram os “encontros e trocas”.

Índice:

O caminho

A partir daí, teve início o desenvolvimento de um framework de mapeamento de conexões dentro da empresa. 

O primeiro passo era entender quais pontos de contato existiam entre os trabalhadores e quais áreas estavam descobertas. Identificou-se que havia três categorias de relações:

  1. Entre a empresa e os funcionários;
  2. Entre os funcionários e suas equipes, e
  3. Entre os funcionários em geral.

Ao analisar como ocorriam os contatos entre cada uma dessas categorias, a Zup concluiu que o que faltava, de maneira geral, eram os encontros presenciais entre os colaboradores.

Foi assim que surgiu a ideia das Comunidades Zup, algo que poderia ser desenvolvido sem grandes investimentos financeiros. O principal fator era o desejo que as pessoas tinham de se encontrar.

A companhia mapeou a distribuição dos profissionais pelo Brasil para entender onde havia uma maior concentração de profissionais. Assim, selecionou as dez cidades mais populosas: São Paulo, Uberlândia, Campinas, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília, Salvador, Recife e Belém.

Em seguida, foi a vez de escolher as pessoas que poderiam ser embaixadoras da cultura organizacional e, ao mesmo tempo, fossem capazes de mobilizar colaboradores locais para dar vida ao projeto de forma estruturada e intencional. A empresa decidiu abrir uma seleção e desvincular o cargo de qualquer benefício financeiro. “Tivemos 90 inscritos que passaram por um processo seletivo em três etapas”, conta Guilherme.

Os candidatos responderam um questionário qualitativo, que avaliou suas percepções sobre a cultura da companhia e o poder das trocas. Também participaram de entrevistas com gestores e a diretoria. No final, 13 foram escolhidos.

O próximo passo foi a criação – ou apropriação (quando já existentes) – de grupos de mensagens eletrônicas locais. A partir daí, tornou-se possível a realização do primeiro evento presencial das Comunidades Zup.

Os resultados 

Essa experiência ocorreu no final de 2022, durante a ReveiZup, a festa de fim de ano da empresa. Pela primeira vez, o encontro aconteceu em nove cidades diferentes. Enquanto em São Paulo havia um show, o evento era transmitido ao vivo para as demais localidades. 

“Em vez de um kit de fim de ano para cada funcionário, pegamos essa verba para preparar a festa na sede e repartimos um valor para que cada comunidade pudesse se encontrar em um local para assistir juntos e participarem, com entradas também ao vivo, da festa”, diz Guilherme.  

A iniciativa foi bem-sucedida e as Comunidades Zup continuam existindo. Trimestralmente, a organização lança um tema para incentivar que, em cada cidade, os funcionários se reúnam para um happy hour

Por trás de cada encontro, também é elaborada uma dinâmica gamificada. Por exemplo, em uma delas, o tema foi a doação de roupas para a campanha de agasalho, no início do inverno. Ao final do evento, as roupas foram pesadas e a comunidade com o maior peso em doações era eleita a vencedora.

Mas os encontros também vão além da programação proposta pela empresa. “Em Campinas, por exemplo, nossos funcionários se encontram semanalmente. E em cada lugar há uma característica específica. Em Curitiba, a preferência é pelos almoços. No Rio de Janeiro, a escolha é pelas festas”, afirma Guilherme, que ainda destaca outro ponto: “As conversas extrapolaram os assuntos sobre o trabalho. Eles usam essa rede para pedir indicação de médicos, dicas de lugares para jantar e assim por diante”.

*Conteúdo publicado originalmente na Think Work Lab em 10 de abril de 2024 com o título “Zup estimula comunidades e fortalece a cultura no trabalho remoto”. Atualizado em 21 de novembro de 2024 para o Acrescenta, de iFood Benefícios.

Cultura Organizacional

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