Arquitetura de Tecnologia para o RH
Como construir estruturas de tecnologia que sejam eficientes e estratégicas
Por Jessica Martins
Fundadora e CEO da People Company, um ecossistema de educação que desenvolve profissionais de RH, Jessica é idealizadora do RH Cast, videocast de RH que mais cresce no Brasil.
11 de Julho de 2024
Leitura de 4 min
A interseção entre inovação e tecnologia tem revolucionado não apenas a forma como vivemos, mas também como trabalhamos. No contexto específico do RH, essa revolução é particularmente empolgante, pois redefine não apenas os processos, mas também a experiência das pessoas no ambiente corporativo.
Recentemente, tive a oportunidade de mediar uma ótima conversa com três especialistas no tema: Diego Rondon, CoFounder e Ceo da e-volve.on; Vanessa Togniolli, diretora executiva de Pessoas da CI&T; e Kleber Piedade, CEO da Bondy. Cada um trouxe uma perspectiva única sobre como a tecnologia está moldando o RH e o que podemos esperar dessa evolução contínua. A seguir, você confere os principais insights sobre o que foi discutido.
Dentro desse tema, o desafio começa com a dificuldade de aprovação de novas tecnologias para o RH nas empresas, e Diego Rondon trouxe de forma muito cirúrgica a importância da linguagem. Como a Liderança de RH vai escolher se posicionar e se comunicar é um fator essencial para conquistar investimentos, portanto, para cada situação e ouvinte é interessante adotar uma linguagem que esteja em sintonia com o interlocutor, seja ele um empresário jovem ou um CFO com muita experiência. Ou seja, o RH precisa treinar a sua habilidade de adaptar a sua abordagem a depender do interlocutor.
E pensando na repercussão dos impactos da tecnologia no RH, quis trazer 2 insights feitos no podcast McKinsey Talks Talent sobre IA para complementar a construção da nossa visão sobre esse tema:
- Impacto no recrutamento: A inteligência artificial (IA) pode mudar a forma como as empresas contratam. Agora, em vez de olhar só para diplomas e credenciais, ela ajuda as lideranças a entender melhor o que cada vaga precisa e a avaliar candidatos com base em suas habilidades reais. Isso significa que até quem não tem um currículo tradicional pode se destacar!
- Desenvolvimento profissional: Com a IA, é possível receber dicas personalizadas para o crescimento de carreira. Ela mostra oportunidades que combinam com suas habilidades e experiências, sugerindo treinamentos e projetos com aderência aos objetivos de carreira. Ou seja, uma grande aliada para as ações de desenvolvimento dos colaboradores.
Voltando ao RH Cast, foram discutidos alguns exemplos práticos, como o da CI&T. Vanessa Togniolli trouxe uma perspectiva prática da empresa, onde a IA não é apenas uma opção, mas uma necessidade estratégica (eu sei, ter apoio da alta gestão muda todo o jogo). Ela explicou como o RH na CI&T lidera o desafio de incorporar inteligência artificial não apenas para otimizar processos, mas principalmente para desenvolver as pessoas. A abordagem estratégica inclui capacitar as pessoas colaboradoras para entenderem e utilizarem essas tecnologias de forma a impulsionar não apenas o sucesso individual, mas também alavancar a performance do negócio.
Kleber Piedade, por sua vez, enfatizou como a tecnologia não é apenas uma ferramenta, mas um facilitador de experiências significativas para os talentos dentro das organizações. Ele ilustrou isso com o exemplo de assistentes virtuais que automatizam tarefas e, com isso, devolvem tempo valioso às pessoas, permitindo-lhes focar em atividades que agregam maior valor ao negócio.
Uma das questões mais desafiadoras discutidas foi trazida por Vanessa e Diego: a arquitetura de tecnologia no RH. Eles exploraram como escolher as plataformas certas, justificar o ROI para a alta direção e resolver problemas internos através de uma seleção estratégica e criteriosa das plataformas que serão suporte para a área. A discussão enfatizou a importância de não apenas adotar tecnologias para um processo em específico, mas cuidar para integrá-las de forma coesa e eficiente.
Dentro disso, a integração de sistemas tornou-se um ponto essencial, destacaram Kleber e Vanessa, que discutiram como a harmonização entre diferentes plataformas pode não apenas melhorar a eficiência operacional, mas também transformar positivamente a experiência da pessoa colaboradora.
Nossa discussão revelou não apenas os desafios enfrentados pelo RH na era da tecnologia, mas também as oportunidades que surgem quando adotamos uma abordagem estratégica e humanizada para a inovação. À medida que avançamos nesta jornada de transformação digital, fica claro que o RH não é apenas um usuário de tecnologia, mas um catalisador essencial para sua aplicação ética e eficaz, garantindo que cada avanço tecnológico contribua para o crescimento sustentável dos negócios.
Esta conversa ampliou nossos horizontes sobre o futuro do RH e também nos inspirou a continuar explorando novas fronteiras onde a inovação e a tecnologia se encontram. E para ficar mais por dentro do assunto, confira o episódio completo no Youtube!
Jessica Martins é fundadora e CEO da People Company, um ecossistema de educação que desenvolve profissionais de RH. É também âncora do People Summit, um evento sobre o futuro digital da área de pessoas, idealizadora do HR Chief, uma imersão que desenvolve competências de negócio em lideranças de RH, Plataforma People Academy e do RH Cast, videocast de RH que mais cresce no Brasil.