O que é a Síndrome do Avestruz e como ela afeta o colaborador

Conheça 4 ações para preveni-la

7 de Junho de 2024

Leitura de 4 min

Índice:

  • O que é Síndrome do Avestruz?
  • O que contribui para a Síndrome do Avestruz?
  • Identificando as características da Síndrome do Avestruz no colaborador
  • 4 ações para prevenir a Síndrome do Avestruz

Responda com sinceridade: qual é a sua reação quando precisa assumir novas responsabilidades? Você abre os braços para novos desafios ou evita ao máximo situações que podem trazer desconforto? 

Se a sua reação é, na maioria das vezes, a segunda opção, saiba que você pode estar lidando com a Síndrome do Avestruz. Já ouviu falar nisso?

O termo pode até soar engraçado, mas é um problema que pode trazer diversos impactos na sua carreira. Confira neste artigo.

O que é Síndrome do Avestruz?

Apesar de não ser reconhecida como doença ocupacional, a Síndrome do Avestruz é um sinal de alerta para os profissionais. 

O nome deriva da ave, que enterra a cabeça na areia ao se sentir ameaçada. No mundo corporativo, pessoas que evitam problemas e desafios, ao invés de encará-los, podem estar sofrendo com a Síndrome do Avestruz.

O que contribui para a Síndrome do Avestruz?

Provavelmente, você já ouviu falar sobre a Síndrome do Impostor ou ainda com a Síndrome de Burnout - inclusive, reconhecida pela OMS como doença ocupacional desde 2022. O que elas têm em comum é que se manifestam de acordo com comportamentos e experiências que vivemos, principalmente no ambiente profissional.

Da mesma forma, a Síndrome do Avestruz pode ocorrer a partir de fatores individuais, ambientais e organizacionais. Conheça os principais motivos abaixo:

  • Medo do desconhecido;
  • Desconforto em lidar com situações que pareçam complicadas;
  • Medo de reações negativas;
  • Falta de confiança para expressar ideias;
  • Medo de falhar;
  • Sobrecarga de trabalho;
  • Prazos curtos;
  • Falta de apoio no ambiente profissional.

Identificando as características da Síndrome do Avestruz no colaborador

Apesar do nome mais lúdico, a Síndrome do Avestruz pode ter consequências prejudiciais aos profissionais no ambiente de trabalho, como:

  • Queda na produtividade;
  • Comprometimento da qualidade;
  • Quebra de confiança;
  • Isolamento;
  • Estresse e ansiedade;
  • Desmotivação;
  • Impacto na cultura organizacional e na saúde mental.

É importante ressaltar que essas características podem se manifestar em colaboradores que ocupam diferentes cargos na organização. Enquanto líderes podem desenvolvê-la devido às grandes responsabilidades e tomadas de decisão, colaboradores em posições operacionais podem se sentir inseguros com os desafios da rotina de trabalho.

4 ações para prevenir a Síndrome do Avestruz

Sabemos o quanto o papel da liderança é importante no bom desempenho da organização e seus times. Portanto, é necessário que RH e líderes criem estratégias para evitar ou identificar os primeiros sinais deste afastamento e omissão dos colaboradores. Assim, é possível evitar que o impacto no dia a dia de trabalho seja ainda maior. 

Conheça quatro ações que contribuem na prevenção da Síndrome do Avestruz no ambiente de trabalho:

  1. Ambiente confiável e transparente

    Estabeleça uma cultura organizacional que promova a transparência e a aceitação, incentivando os colaboradores a compartilharem suas inseguranças, dificuldades e dúvidas sem que se sintam julgados. Vivemos em constante aprendizado e mostrar esta abertura é importante para que todos expressem o que sentem.

  2. Suporte e orientação

    Saúde mental é assunto sério e, por mais que a Síndrome do Avestruz não seja tão abordada ou considerada uma doença ocupacional, é importante falar sobre ela assim que os primeiros sinais forem observados. Ao perceber que um colaborador tem dificuldade em lidar com situações difíceis e enfrentar desafios, a gestão pode promover uma rotina com cursos, treinamentos e mentorias que desenvolvam essas habilidades. A ideia é manter o canal de comunicação aberto para que o colaborador se sinta apoiado e em constante evolução.

  3. Alinhe as expectativas

    Converse com o profissional e mostre o que é esperado dele, tanto no desempenho quanto no comportamento. Mostre os efeitos a longo prazo de uma troca sem transparência. Quando você alinha expectativas, os colaboradores se sentem mais confiantes e seguros da importância que eles têm na organização.

  4. Reconheça e valorize

    Reconhecer o trabalho dos profissionais, principalmente em situações e decisões difíceis, faz com que se sintam mais confiantes para os próximos desafios. Estruturar uma trilha de feedback construtivo na rotina e em atividades importantes e de grande expectativa é uma forma de mostrar que ele está sendo visto e valorizado, mesmo que ainda existam pontos de melhoria.

Evitar os primeiros sinais da Síndrome do Avestruz, ou de outras síndromes e doenças ocupacionais, pode trazer impactos significativos para o colaborador e o ambiente de trabalho. Em um período onde as pessoas estão preocupadas com a saúde mental, o apoio das organizações se torna fundamental para o colaborador, além de um diferencial para a atração e retenção de talentos.

Gente e gestão

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