Ser leve não é frescura, é estratégia

Veja como identificar riscos ergonômicos e aplicar medidas para proteger a saúde, prevenir lesões e melhorar o bem-estar dos colaboradores.
2 de Dezembro de 2025
Leitura de 5 min
O risco ergonômico está presente em diversas atividades do dia a dia de trabalho e está diretamente relacionado à interação entre o colaborador, suas tarefas e o ambiente em que atua. Quando essa relação não é adequada, podem surgir desconfortos, fadiga, dores musculares e até lesões mais graves, impactando a saúde, o bem-estar e a produtividade.
Entender o que são riscos ergonômicos, como identificá-los e de que forma preveni-los é essencial para construir ambientes mais seguros, eficientes e humanizados, promovendo qualidade de vida e reduzindo afastamentos laborais. Leia mais!
Índice:
A ergonomia é uma área de estudo dedicada a compreender como o ser humano interage com seu ambiente de trabalho. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), trata-se da aplicação de conhecimentos das ciências biológicas e dos recursos da engenharia para promover a melhor adaptação possível entre as pessoas e suas atividades, visando maior bem-estar e eficiência.
Os riscos ergonômicos correspondem a condições ou fatores capazes de prejudicar a saúde física ou mental do trabalhador, causando desconforto, estresse ou até doenças ocupacionais. Esses riscos podem desencadear alterações fisiológicas e emocionais, resultando em danos significativos à saúde e ao desempenho profissional.
Segundo a FIOCRUZ, diferentes fatores podem caracterizar riscos ergonômicos no ambiente de trabalho, como:
Esses elementos podem estar presentes em inúmeros contextos profissionais, desde escritórios administrativos até linhas de produção e setores industriais.
A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) é um procedimento estabelecido pela Norma Regulamentadora nº 17, cujo propósito é garantir ambientes laborais mais seguros, confortáveis e adequados às necessidades dos trabalhadores. Trata-se de um conjunto de práticas que avalia condições reais de trabalho e orienta melhorias.
O método da AET costuma ser conduzido em cinco etapas principais:
Também chamada de análise do contexto, essa etapa inicial busca identificar quais são as queixas, dificuldades ou riscos percebidos no ambiente de trabalho, bem como a extensão desses problemas. É o ponto de partida para direcionar toda a investigação.
Aqui, analisa-se o posto de trabalho e o que se espera que o funcionário execute em sua função. Entrevistas, observações e coleta de dados ajudam a entender quais são as exigências e objetivos daquele cargo.
Nessa fase, verifica-se como o colaborador realmente desempenha suas tarefas no dia a dia. A comparação entre o trabalho prescrito (o que deveria ser feito) e o trabalho real (o que de fato é realizado) permite identificar lacunas, dificuldades, adaptações e potenciais riscos ergonômicos.
Com todas as informações coletadas, elabora-se um diagnóstico que busca identificar as causas dos problemas encontrados. Aqui são analisados fatores como equipamentos utilizados, nível de qualificação, rotatividade, histórico de acidentes, organização das tarefas, entre outros aspectos que podem afetar a atividade.
A etapa final consiste em apresentar recomendações para corrigir os problemas detectados. Geralmente, essas sugestões são detalhadas em um relatório que descreve as ações necessárias, responsáveis por cada medida e prazos para implementação. O objetivo é oferecer soluções práticas que promovam segurança, bem-estar e eficiência no trabalho.
Quando o local de trabalho não oferece condições mínimas de saúde e segurança, aumentam as chances de acidentes, adoecimentos e afastamentos. A seguir, veja os principais riscos ergonômicos encontrados em escritórios e como evitá-los.
Assentos sem regulagem ou apoio adequado favorecem dores e lesões. Cadeiras ergonômicas devem ter ajuste de altura, apoio para braços, encosto confortável e rodízios
que facilitem o movimento.
Mesas muito altas ou baixas causam desconforto e sobrecarga nas articulações. A NR-17 orienta medidas específicas para garantir uma postura adequada e reduzir o risco de dores.
Luz fraca ou mal distribuída aumenta erros, gera fadiga visual e afeta a produtividade. É importante garantir iluminação adequada, evitar reflexos e valorizar a luz natural sempre que possível.
Posições incorretas ao usar o computador podem causar dores na coluna, pescoço e ombros. A postura ideal envolve manter a tela na altura dos olhos, costas apoiadas, pés no chão e ombros relaxados.
Repetir os mesmos gestos por longos períodos, como digitar ou usar o mouse, pode causar LER/DORT. Pausas, alongamentos e organização das tarefas ajudam a prevenir essas lesões.
Jornadas longas sem descanso aumentam o estresse e a exaustão. Intervalos regulares, pequenas caminhadas e exercícios leves melhoram o bem-estar e reduzem problemas físicos e emocionais.
Monitor, teclado e mouse mal posicionados exigem esforço desnecessário dos punhos, ombros e pescoço. Ajustar a altura da tela e usar apoios ergonômicos minimiza dores e tensões.
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