Produtividade tóxica: até onde essa corrida faz sentido?

Eu sou uma mulher de 42 anos, sócia de uma grande consultoria, mentora e fundadora de uma empresa de programas de recolocação profissional. Sou casada, tenho 2 filhos, 2 gatos e uma cachorra. Fui treinada a ser independente desde muito pequena, trabalhar e produzir. Sempre estou aberta a fazer mais, entregar mais e dar mais resultados.

Essa é a minha história e é a história de milhões de brasileiros e pessoas ao redor do mundo. Estamos todos envolvidos em um ciclo de produtividade, com a constante pressão de fazer mais, estar sempre ocupados e preencher checklists intermináveis. Mas a pergunta que fica é: até que ponto essa corrida pela produtividade é realmente saudável?

Vivemos em uma era onde se espera que sejamos bons em tudo. No entanto, a verdade é que ninguém pode ser excelente em todas as áreas. Se ficarmos apenas atrás de metas, de listas a serem cumpridas, corremos o risco de nos perdermos do que realmente importa. Não é sobre fazer mais, é sobre fazer o que realmente faz sentido para você, para o seu crescimento e para o impacto que você quer gerar no mundo.

Aceitar que não seremos bons em tudo não é sinal de fraqueza, mas de maturidade. É preciso escolher onde colocar nossa energia, focar no que realmente importa e dizer “não” para o resto. Ao invés de se engajar em uma luta constante por produtividade, podemos optar por um trabalho mais alinhado com nossos valores e objetivos. 

Menos é mais, especialmente quando se trata de encontrar um equilíbrio que nos permita crescer de forma saudável, sem sacrificar nossa saúde mental e qualidade de vida.

Índice:

• 3 dicas para aliviar o ciclo de produtividade tóxica
  • Priorize o que é essencial e diga não ao excesso de compromissos
  • Estabeleça limites claros entre trabalho e vida pessoal
  • Aceite que não seremos bons em tudo e foque no seu ponto forte

3 dicas para aliviar o ciclo de produtividade tóxica

1. Priorize o que é essencial e diga não ao excesso de compromissos

   O primeiro passo para quebrar o ciclo da produtividade tóxica é entender que você não precisa dizer “sim” a tudo. Pergunte-se: Isso me aproxima dos meus objetivos? Se não, aprenda a dizer não. Não tenha medo de recusar tarefas ou projetos que não são essenciais para o seu crescimento. Ao focar no que realmente importa, você cria espaço para se dedicar ao que vai fazer diferença no longo prazo, sem se perder em tarefas superficiais.

2. Estabeleça limites claros entre trabalho e vida pessoal

   É fácil deixar que o trabalho invada todos os aspectos da vida, especialmente quando somos movidos por um desejo constante de ser produtivos. No entanto, estabelecer limites claros entre o trabalho e a vida pessoal é fundamental para a saúde mental. Reserve horários para descansar, passar tempo com a família, praticar um hobby ou simplesmente desconectar. Lembre-se: o descanso também é produtivo, pois é nele que renovamos nossas energias e ganhamos clareza.

3. Aceite que não seremos bons em tudo e foque no seu ponto forte

   Não somos super-heróis. Ninguém pode ser bom em tudo. É importante aceitar nossas limitações e focar no que fazemos de melhor. Em vez de tentar ser excelente em todas as áreas, invista tempo no que realmente faz sentido para o seu desenvolvimento e para os seus objetivos. Acredite: ao se concentrar nas suas fortalezas, você irá criar resultados mais autênticos e impactantes.

A produtividade saudável não é sobre estar sempre ocupado, mas sobre fazer o que realmente importa. Ao adotar essas práticas, podemos reverter o ciclo de produtividade tóxica e viver uma vida mais equilibrada e significativa.