Conexões poderosas no HSM+ 2024 transformam o futuro
Confira como foi o primeiro dia do evento HSM+, que contou com uma programação incrível e falou sobre o futuro das conexões
27 de Novembro de 2024
Leitura de 26 min
O HSM+ 2024 deu as boas-vindas a muitos participantes no Transamérica Expo Center, em São Paulo, em um evento inovador que propõe a união entre tecnologia e inteligência humana. O encontro não foi apenas um espaço para palestras, mas uma verdadeira imersão em trilhas de conteúdo que estimulam a liderança e a inovação em um mundo em constante evolução.
Com mais de 15 palcos e 200 speakers, o primeiro dia do evento trouxe uma variedade de discussões que abordaram desde a inovação tecnológica até o desenvolvimento pessoal. Essas sessões foram projetadas para oferecer insights práticos, que imediatamente conectam teoria à prática no dia a dia dos participantes.
Índice:
- C-Lounge B2B Match
- Tem tempo pra tudo
- Tendências e Oportunidades para o seu Negócio em 2025: previsões do Guru do Vale do Silício
- As 4 disciplinas da execução – Do caos à inovação
- Construindo uma cultura de inovação e liderança no Vale do Silício
- Neurostorytelling: a arte de impactar com dados
- Como implementar benefícios inovadores aliados a políticas ESG
- O que não te contaram sobre reputação digital
- Transições no mundo do trabalho: uma conversa sobre a jornada da liderança
- Protagonismo e felicidade: a mudança que você faz no mundo
- 3 pilares para o sucesso na inovação corporativa
C-Lounge B2B Match
O espaço patrocinado pelo iFood Benefícios, o C-Lounge B2B Match - Exponencial, destacou-se como um espaço para networking estratégico. Com encontros exclusivos entre participantes e líderes de diversos setores, o lounge facilitou conexões que transcendem o evento. Isso incluiu reuniões privadas com keynotes, oferecendo uma oportunidade única de aprendizado e parcerias.
O HSM+ 2024 é uma chamada para ação. Ao integrar tecnologia e inteligência humana, o evento desafia os participantes a liderarem mudanças e a descobrirem novos caminhos e futuros. A colaboração e as conexões significativas estabelecidas aqui são a chave para enfrentar e moldar as transformações do mundo atual.
Este é apenas o começo de um futuro repleto de possibilidades, onde cada conexão pode transformar ideias em realidades tangíveis. Confira os principais insights do primeiro dia do evento:
Tem tempo pra tudo
Denise Fraga, atriz, palestrante e colunista da revista Crescer, abriu o palco principal e o primeiro dia do evento HSM+ falando sobre a importância de colocar limites e compreender as prioridades de suas próprias vidas. Para ela, mesmo a tecnologia sendo uma aliada para a inovação e o desenvolvimento da sociedade, ela por vezes nos desconecta da realidade, nos privando de viver o presente e aproveitar as relações humanas.
Em um mundo com altas demandas de informações e em constante mudança, além de nos adoecermos, acabamos vivendo no automático, colocando de lado, inclusive, as relações humanas, não nos importando mais com as gentilezas e com o notar os outros e suas necessidades.
Denise destacou a importância das empresas sempre estarem atentas a estas mudanças que ocorrem na sociedade, pois devem e precisam investir nas relações humanas. Promover relações éticas e íntegras, além de investir cada vez mais na diversidade é um papel fundamental para empresas, segundo ela, para que possamos aprender com a pluralidade e com os desafios humanos.
Tendências e Oportunidades para o seu Negócio em 2025: previsões do Guru do Vale do Silício
Scott Galloway, professor da NYU e guru do Vale do Silício, trouxe insights sobre as tendências e oportunidades que moldarão os negócios em 2025. Com uma análise fundamentada, Galloway guiou os participantes por previsões que revelam a transformação do mercado atual, levantando questões cruciais. Ele começou revisitando previsões que fez no início de 2024, como o crescimento das vendas de imóveis, a valorização das ações e o aumento do consumo de streaming. Galloway destacou o TikTok como uma força dominante, o que se confirmou com a plataforma tornando-se uma das maiores redes sociais do mundo. Essa mudança no panorama social indica uma nova era de interações digitais, onde o tempo de atenção do usuário é cada vez mais escasso.
A Revolução da Inteligência Artificial
Galloway abordou o papel crescente da OpenAI e da NVIDIA. A OpenAI é uma organização de pesquisa em inteligência artificial que desenvolve tecnologias que possibilitam a criação e o entendimento de texto e linguagem natural. A NVIDIA, por sua vez, é uma empresa líder em tecnologias gráficas e processamento paralelo, famosa por suas unidades de processamento gráfico (GPUs) que são fundamentais para o treinamento de modelos de IA.
Galloway expressou a crença de que a fusão entre essas duas potências, que ele chamou de "OpenVidia", poderia ser um desenvolvimento significativo no setor de tecnologia, mudando a forma como interagimos com a inteligência artificial. Ele destacou que 56% das assinaturas pagas de IA pertencem ao ChatGPT, evidenciando sua relevância nas interações digitais e no mercado de trabalho.
Entretanto, Galloway também chamou a atenção para a epidemia de solidão, especialmente entre homens. Essa condição muitas vezes está associada ao uso excessivo da tecnologia, que pode estar substituindo interações humanas, como demonstrado pelo aplicativo Girlfriend.ai.
O Impacto da IA no mercado de trabalho
Galloway aprofundou suas previsões para 2025, enfatizando a importância do conhecimento em inteligência artificial no mercado de trabalho. Ele apontou que mencionar "inteligência artificial" em um perfil do LinkedIn pode aumentar significativamente a visibilidade de um profissional. As habilidades relacionadas à IA não apenas estão em alta demanda, mas também resultam em salários mais altos, uma consideração importante em um mercado competitivo.
Ele discutiu como a habilidade de lidar com ferramentas de IA está moldando as expectativas de empregadores e colaboradores, revelando uma nova definição do que significa estar preparado para o futuro do trabalho.
A Revolução do consumo e da mídia
Galloway também apresentou o TikTok como um novo paradigma de consumo, comparando-o a um Netflix otimizado por IA. Enquanto a experiência de escolher um filme no Netflix pode levar tempo, o TikTok entrega conteúdo de forma instantânea e personalizada, mudando a dinâmica de como as marcas se conectam com o público e obrigando gigantes do entretenimento a reconsiderar suas estratégias.
Os podcasts foram destacados como uma plataforma emergente de 2025. Galloway observou que metade da população ouviu um podcast na última semana, mostrando o engajamento e a retenção que essa mídia oferece. Comparando com o público da televisão, que geralmente tem uma média de 70 anos, os ouvintes de podcasts têm em média 34 anos, constituindo um público mais jovem e dinâmico.
O Futuro do trabalho e as relações humanas
O painel também abordou o impacto do trabalho remoto e da digitalização no desenvolvimento de relações humanas. Galloway argumentou que a ausência de interações presenciais dificulta a formação de conexões pessoais significativas. No atual mercado, a adaptação e a capacidade de reinvenção são fundamentais para o sucesso empresarial, assim como aconteceu nos anos 90 com a chegada dos computadores, as empresas precisam ressignificar o formato de trabalho.
Ele destacou que empresas que atraem jovens talentos possuem uma vantagem competitiva clara, baseando sua cultura corporativa em inclusão e inovação. A busca por ambientes onde os jovens possam se desenvolver e contribuir tem influenciado as práticas de gestão e estratégia de negócios.
Oportunidades para 2025
Ao encerrar seu painel, Galloway reforçou as principais tendências que devem ser observadas em 2025:
- OpenVidia: A possível fusão da OpenAI com a NVIDIA, criando novas oportunidades para a aplicação da IA.
- SaaS (Service-as-a-Software): Expansão das ofertas de serviços em nuvem.
- Nuclear: Reavaliação do papel da energia nuclear.
- Emerging Markets: Crescimento em mercados emergentes.
- YouTube: Consolidação como a principal plataforma de vídeo.
- Podcasts: Estratégia essencial para as marcas atingirem audiências mais jovens.
- Shein: Crescimento rápido como novo líder de varejo.
- Fusões e Aquisições: Expectativa de aumento significativo nesse campo.
- Testosterone: Debate sobre saúde masculina em um contexto de transformação.
O painel não apenas deu uma visão de um possível futuro dos negócios, mas também destacou a importância da adaptação e da inovação diante das novas dinâmicas sociais e tecnológicas.
As 4 disciplinas da execução – Do caos à inovação
Lia Lara, consultora sênior em liderança e execução de estratégias da FranklinCovey, compartilhou sua experiência sobre as "4 Disciplinas da Execução"(4DX) e como essas ferramentas podem ajudar as organizações a transformar o caos em inovação. Lia apresentou um modelo comprovado para implementar estratégias eficazes, demonstrando que muitas vezes o que falta nas empresas é uma execução alinhada que efetivamente gere resultados.
A estrutura das 4 disciplinas
Lia iniciou explicando que toda organização tem uma missão, visão e estratégia. No entanto, a execução dessas estratégias muitas vezes não corresponde ao que foi planejado. Ela destacou que as estratégias se dividem em três frentes:
Canetadas
São iniciativas que exigem recursos e/ou autoridade da liderança. Elas são essenciais para mudar a direção da organização, mas muitas vezes são adiadas ou negligenciadas devido à falta de foco.
Redemoinho
Este termo é utilizado para descrever as atividades cotidianas que consomem muito do tempo das equipes e podem desviar a atenção dos resultados realmente significativos. Estima-se que 80% do tempo dos colaboradores é gasto apenas neste redemoinho, o que pode levar a uma sensação de sobrecarga e desmotivação.
Resultados inovadores
São os objetivos estratégicos que, se não receberem atenção especial, correm risco de não serem alcançados. Lia enfatizou a importância de priorizar esses resultados de forma eficaz para evitar que se percam em meio a demandas diárias.
Disciplina 1: Foco no crucialmente importante
A palestrante destacou a primeira disciplina, que é o foco. "Foco é saber dizer não para boas ideias", afirmou. A questão aqui é saber priorizar as metas mais críticas e desenvolver clareza sobre o que realmente importa. O foco permite que as equipes se concentrem em resultados essenciais, o que requer uma mudança de mentalidade para evitar a tendência de se deixar levar por atividades que, embora boas, não são as mais importantes para os objetivos da organização.
Disciplina 2: alavanca
A segunda disciplina, chamada de alavanca, ressalta a necessidade de agir nas medidas que realmente direcionam para o sucesso. Isso significa identificar e monitorar métricas que têm um impacto real na execução da estratégia, permitindo que as equipes ajustem suas abordagens rapidamente e se adaptem conforme necessário.
Disciplina 3: engajamento
Lia abordou a terceira disciplina que é o engajamento, ressaltando a importância de manter um placar envolvente. Um acompanhamento eficaz do progresso é fundamental para manter a motivação da equipe. "Quando sua equipe começa a perceber que está avançando, eles sentem que estão ganhando", disse Lia, citando Chris McChesney, coautor de "As 4 Disciplinas da Execução". Essa sensação de conquista tem um efeito positivo significativo na moral e engajamento da equipe.
Disciplina 4: Cadência de responsabilidade
A disciplina final aborda a criação de uma cadência de responsabilidade. Isso refere-se à implementação de reuniões regulares e avaliações que ajudam a manter todos cientes de suas responsabilidades e do progresso em direção aos resultados inovadores.
Impacto na execução
Lia destacou que anualmente, organizações em todo o mundo investem mais de 31 bilhões de dólares na elaboração de estratégias, mas estatísticas mostram que 80% dessas estratégias falham em gerar os resultados esperados. O que está em falta é um sistema estruturado para executar efetivamente essas estratégias.
As 4 Disciplinas da Execução são aplicáveis em dois níveis: líderes e equipes de linha de frente. Para escalar o impacto e os resultados, os líderes precisam:
Definir os resultados inovadores
É vital concentrar o foco ao delinear um resultado inovador-chave com metas claras e executáveis. Isso cria alinhamento entre as expectativas e o que deve ser alcançado.
Ativar as equipes de linha de frente
As equipes devem ser empoderadas a liberar sua energia coletiva em prol do resultado-chave. Isso envolve a utilização dos princípios das 4DX, que proporcionam uma linguagem comum e um processo para a implementação de metas.
Criar transparência organizacional
A utilização de placares visuais ajuda a manter a equipe informada sobre seu desempenho. Isso estimula um ambiente de responsabilidade onde todos têm acesso à informação sobre se estão avançando ou não.
Acompanhar o ritmo da execução
Medir o progresso em tempo real por meio do "Execution Performance Score" (PS) é fundamental para garantir que todas as equipes estejam alinhadas e no caminho certo para alcançar os resultados inovadores. Essa abordagem permite que os líderes identifiquem rapidamente quaisquer obstáculos e façam ajustes conforme necessário, mantendo todos no foco dos objetivos estabelecidos.
A chave para resultados inovadores
Ao concluir sua apresentação, Lia Lara enfatizou que a implementação das 4 Disciplinas da Execução não apenas oferece um framework claro, mas também é uma estratégia vital para levar as organizações a um novo patamar de desempenho. Com o sistema 4DX, as empresas podem transformar o potencial esporádico em resultados consistentes e preditivos.
"É um convite para as organizações refletirem sobre como podem adotar essas disciplinas, não como uma solução temporária, mas como parte de sua cultura organizacional", finalizou Lia.
Com foco, alavancas, engajamento e responsabilidade, as empresas podem não apenas superar o caos do dia a dia, mas também estabelecer inovações duradouras. Esse caminho para uma execução eficaz é fundamental para que as organizações se destaquem em um mercado competitivo e em constante mudança.
Construindo uma cultura de inovação e liderança no Vale do Silício
Amy Reichanadter, Chief People Officer da Databricks, juntamente com Brad Warga, da Heidrick & Struggles, e Bryan Power, da Nextdoor, discutiram como a construção de uma cultura de inovação e liderança se tornou essencial no cenário atual de trabalho. O home office, amplamente adotado após a pandemia, trouxe mudanças profundas nas relações interpessoais e na saúde mental dos colaboradores. As empresas se viram desafiadas a repensar suas abordagens de liderança, promovendo um ambiente onde a empatia e a conexão se tornaram fundamentais. Este novo formato de trabalho exigiu que as organizações desenvolvessem maneiras de medir e incentivar a colaboração entre diferentes gerações.
A Integração da IA no futuro do trabalho
A transformação digital está se acelerando, e a inteligência artificial (IA) é um tema dominante em todas as áreas. Embora nem todos os setores estejam sendo impactados de imediato, a tendência é que essa evolução se torne uma realidade generalizada. É crucial que os colaboradores entendam os benefícios e impactos da IA, permitindo que se integrem nesse novo contexto. As organizações devem promover uma cultura de aprendizagem contínua, onde todos possam desenvolver habilidades necessárias para prosperar.
O papel da liderança na inovação
Nesse sentido, líderes têm um papel importante na criação de um ambiente que fomente o interesse em usar e testar novas tecnologias. A liderança atual precisa abrir espaço para que os colaboradores experimentem e se sintam encorajados a explorar ferramentas inovadoras. Essa prática não apenas incentiva a inovação, mas também ajuda a desenvolver um senso de pertencimento e engajamento entre os membros da equipe.
Mudanças nos pacotes de remuneração e propósitos de trabalho
Com isso, os pacotes de remuneração estão mudando e se tornando mais personalizados, refletindo as prioridades dos colaboradores. Hoje, eles buscam mais do que compensação financeira, querem significados em seu trabalho e benefícios que atendam suas necessidades e valores. Essa transformação demanda que as empresas reconsiderem suas estratégias de retenção de talentos e adaptem suas ofertas para manter a relevância no mercado.
Construindo uma cultura de inovação sustentável
A construção de uma cultura de inovação é um compromisso que vai além da implementação de novas tecnologias. Trata-se de moldar a forma como as pessoas trabalham juntas, como se comunicam e se sentem motivadas a contribuir. É através dessa transformação que as organizações podem garantir um futuro próspero e adaptável, alcançando resultados sustentáveis em um ambiente em constante mudança. Essa nova cultura não só prepara as empresas para os desafios atuais, mas também assegura que estejam sempre à frente em um cenário de inovações contínuas.
Neurostorytelling: a arte de impactar com dados
Shana Wajntraub, CEO e Fouder da Eleve Consulting, em uma palestra clara e objetiva, com muito storytelling, conseguiu trazer ao público em poucos minutos como o neurostorytelling é uma arte, e como o uso de dados é importante para dar credibilidade, confiança e desenvolver uma melhor narrativa do assunto abordado.
Neurostorytelling, para Shana, tem três temperos principais que são conteúdo, performance e inteligência emocional. É preciso entender qual mensagem você quer transmitir, para qual público, entender os dados que fundamentaram seus pontos e, por fim, saber que a maneira como falamos verbalmente ou corporalmente impacta em como a mensagem é recebida.
Em uma pesquisa de Stanford, 5% dos alunos entrevistados lembram dos conceitos de uma aula elaborada com neurostorytelling e 63% consegue lembrar da história contada, o que respalda que o storytelling colabora para que os aprendizados sejam mais assertivos e a mensagem mais clara.
Para fechar, Shana compartilhou algumas perguntas para se fazer ao construir um storyboard:
- Quem são as pessoas? Quanto tempo tenho?
- Com quem queremos nos comunicar? Qual o nível de informação sobre o tema?
- O que esperam?
- Qual o principal objetivo e contexto da minha apresentação?
- Como simplificar os dados?
- Qual é o melhor storytelling para influenciar?
- Como realizar o fechamento?
Shana, que é autora do livro “A Arte da Comunicação de Impacto”, finalizou a palestra fazendo referência ao seu livro e destacando a importância de estarmos atentos em como transmitimos a mensagem, verbalmente, corporalmente, com dados ou apresentações, sabendo sempre estruturar e entender quem serão as pessoas impactadas com a mensagem, e qual o resultado que se espera.
Como implementar benefícios inovadores aliados a políticas ESG
Nathan Janovich, Fundador da Rentbrella, iniciou a palestra, falando sobre os benefícios tradicionais que já não atendem mais às expectativas dos colaboradores. Atualmente, as pessoas buscam soluções que combinem bem-estar pessoal e responsabilidade social e ambiental.
Apenas o salário não motiva o colaborador, que busca além de benefícios que façam sentido para sua realidade, também empresas que causem impacto positivo na sociedade. Para Nathan, portanto, é importante que as empresas adotem benefícios de acordo com a necessidade e perfil das pessoas da empresa.
Para ele, benefícios sustentáveis transformam o ambiente de trabalho, incentivam uma cultura mais colaborativa e responsável, e contribuem para tornar o ambiente corporativo mais eficiente. O sucesso das empresas do futuro depende da integração de práticas sustentáveis no dia a dia das operações.
O que não te contaram sobre reputação digital
Carol Lomelino, Gerente de Comunicação Institucional no iFood, junto com Diana Rodrigues, Diretora de Marketing e Comunicação na Totvs, falou sobre reputação digital e a importância de utilizar dados, IA e a tecnologia a favor da marca. Ambas compartilharam alguns cases de como as coisas acontecem dentro de suas empresas e como uma companhia pode gerenciar sua comunicação.
Para Diana, toda campanha enfrenta o desafio do entendimento da mensagem e, na Totvs, em uma de suas campanhas, a decisão para garantir que a mensagem fosse recebida e entendida, foi utilizar os seus clientes como transmissores da mensagem, afinal, eles já conheciam a empresa e tinham confiança em seu trabalho. Usando criatividade e dados, é possível realizar grandes campanhas, mesmo sem um budget alto.
Carol compartilhou que no iFood utilizam diversos formatos e ferramentas para garantir que a mensagem chegue de fato, no público que se quer atingir. O SEO é muito utilizado para se ter um olhar de conteúdo baseado em dados e a aposta é na diversidade de conteúdo no iFood. “A beleza de ter muito canal e ter muito público, é ter muitos dados”, afirmou.
Por fim, Carol finalizou dizendo que é importante se ter um ambiente de autonomia para os times testarem e experimentarem. Testes são fundamentais para reunir dados e estruturar uma estratégia e planejamento mais assertivos, redefinindo a rota quando necessário.
Transições no mundo do trabalho: uma conversa sobre a jornada da liderança
Jaciara Pinheiro, CEO e Cofundadora da Rhopen Consultoria, fez uma análise sobre o líder do passado e o líder do futuro, e as principais competências e desafios para exercer a liderança priorizando pessoas e as relações humanas.
Um dos principais desafios apontados por Jaciara foi a questão do adoecimento mental em um mundo ágil e complexo que nos absorve com muita informação e velocidade, onde as lideranças, muitas vezes, encontram-se sobrecarregadas e com dificuldades de equilibrar os diversos desafios que a jornada traz.
“Os modelos de liderança que gerimos no passado foram eficazes por um tempo, mas hoje eles não dão conta mais dos desafios que temos nas organizações.” afirmou.
Uma das principais diferenças para o líder do futuro é a humanidade, focar nas pessoas e suas relações. Para ela, as lideranças precisam se preparar para atender diferentes perfis de pessoas, diferentes cenários e diferentes desafios. Mas lembra que o líder não precisa saber todas as respostas, que um dos desafios das lideranças é também estar em constante aprendizado e serem bons vendedores para que as pessoas comprem suas ideias.
Protagonismo e felicidade: a mudança que você faz no mundo
Marcos Piangers trouxe uma reflexão profunda sobre a relação entre sucesso e felicidade, enfatizando que o verdadeiro fracasso é aquele que ocorre na ausência de satisfação. Ele desafiou o público a reconsiderar o que realmente importa em suas vidas, ressaltando que as coisas que têm valor muitas vezes não podem ser medidas.
A magia da infância
Piangers falou sobre como muitos adultos perdem a "magia da criança", uma fase rica em amizade, espontaneidade e energia. Ao questionar “Por que trabalhamos? É apenas para pagar boletos?”, nos convidou a pensar sobre o propósito por trás do que fazemos e sobre como o tempo que passamos em um ambiente de trabalho pode nos afastar das experiências mais significativas da vida. Ele incentivou todos a relembrar quando foi a última vez que aproveitaram um dia com a leveza de uma criança ou apresentaram uma ideia criativa sem medo de julgamento. Essa reflexão se estendeu para os motivos que levam as pessoas a perder a conexão com a criatividade e a alegria ao longo da vida.
Desafios da humanidade
O palestrante também abordou questões prementes da sociedade atual e os desafios que a humanidade enfrentará no futuro. Ele citou uma reflexão de John Maynard Keynes, afirmando que, em 2030, o mundo enfrentará um dos maiores dilemas: o que fazer com um mar de tempo livre.
Piangers trouxe dados alarmantes que revelam a insatisfação no ambiente de trabalho, incluindo que atualmente 98% dos trabalhadores sentem-se cansados, 48% estão infelizes, e 43% consideram pedir demissão. Esses números refletem uma realidade preocupante, onde 51% dos colaboradores estão desengajados e 16% se sentem altamente desmotivados, podendo até sabotar suas empresas.
O valor das conexões
Com base em um estudo de Harvard realizado ao longo de 75 anos, Piangers destacou que o fator número um para a felicidade a longo prazo é a qualidade das relações afetivas. Ele enfatizou que as amizades e interações diárias são mais valiosas do que bens materiais.
Dados relevantes foram apresentados, como o fato de que 22% dos millennials afirmam não ter nenhum amigo. Além disso, uma pessoa solitária sofre com efeitos prejudiciais à saúde comparáveis ao hábito de fumar 15 cigarros por dia. A simples ação de conversar com estranhos pode aumentar a felicidade em até 30%, e aqueles com conexões sociais mais fortes tendem a ter uma vida mais saudável, com menos doenças fatais e níveis reduzidos de estresse.
Impactos da pandemia
Esse impacto inesperado das relações sociais foi agravado pela pandemia, que criou um contexto de distanciamento social generalizado. Essa nova realidade se reflete no ambiente de trabalho e na vida dos colaboradores, representando um desafio diário. Mudar comportamentos que foram moldados durante um período incerto não é fácil.
Superando a mentalidade do mínimo
Piangers também comentou como, desde a infância, fomos condicionados a entregar apenas o que é solicitado. Na escola, basta tirar uma nota mínima para passar de ano ou copiar a lousa para realizar as tarefas. Quando chegamos ao mercado de trabalho, essa mentalidade se perpetua e a maioria das pessoas se limita a cumprir o básico. No entanto, ele destacou que a verdadeira diferença está em quem entrega mais do que o esperado. Esse comprometimento não deve se restringir ao ambiente profissional; deve se estender a todas as esferas da vida, incluindo o tempo de qualidade com amigos, familiares e até mesmo com pessoas desconhecidas na comunidade.
Para concluir, Piangers afirmou que a única profissão que não será substituída por robôs é aquela que é feita com paixão. Essa afirmação sublinha a importância de cultivar um sentido de propósito e entusiasmo no trabalho e na vida. O verdadeiro protagonismo vem de um lugar de autenticidade e conexão, onde cada indivíduo tem o poder de criar mudanças significativas no mundo ao seu redor.
3 pilares para o sucesso na inovação corporativa
Guilherme da Silva Lopes, Head de Inovação Corporativa na Learning Village, explorou os três pilares essenciais para o sucesso na inovação corporativa. A inovação é um objetivo frequentemente mencionado, mas muitos enfrentam desafios ao transformar essa aspiração em realidade. Lopes apresentou um diagnóstico comum entre as empresas, destacando que a maior parte do foco e da atenção está voltada para o interno, em vez de se expandir para o mercado externo.
Desafios da Inovação nas Empresas
Um problema recorrente é a ênfase em tecnologias que correspondem às competências existentes, resultando em um pensamento inovador que muitas vezes é punido. Muitas organizações dependem da inovação interna, ignorando o potencial que a colaboração externa e o espírito empreendedor podem oferecer. Como destacou John Seely Brown, muitas empresas promovem a ideia de criação de novos negócios, mas, na prática, estão mais focadas em reduzir riscos e planejar a expansão, o que contrasta com a verdadeira essência do empreendedorismo.
Pilares da inovação corporativa
Lopes definiu três pilares para atuar na inovação eficaz:
Pessoas e cultura de inovação
É fundamental disseminar uma cultura de inovação em toda a empresa, capacitando diversas áreas e conectando-as ao ecossistema de inovação. Ações direcionadas a tecnologias emergentes e pensamento exponencial são essenciais para esse desenvolvimento.
Posicionamento como marca inovadora
As empresas devem se posicionar como abertas à inovação, realizando ações diversas que promovam a imagem de marca inovadora. Isso atrai outras empresas que buscam parcerias e novas iniciativas.
Relacionamento com o ecossistema
Para que a jornada de inovação seja aberta e eficiente, é crucial participar ativamente do ecossistema. Construir relacionamentos sólidos com parceiros e realizar conexões que gerem resultados são passos indispensáveis.
Jornada de inovação e maturidade da empresa
A jornada de inovação deve ser personalizada de acordo com o nível de maturidade da empresa. Para empresas em estágios iniciais, a ênfase pode ser colocada no intraempreendedorismo, formação de mentores internos, e participação em eventos que estimulem a inovação. Programas de mentoria e co-criação entre áreas são estratégias importantes para engajar todos os colaboradores.
Em um nível intermediário, empresas podem estabelecer embaixadores da inovação, promover eventos para clientes e realizar parcerias estratégicas com startups. Estas ações visam ampliar o alcance da inovação e criar um ambiente mais dinâmico.
Já empresas em um nível avançado devem focar em aceleração e investimento em startups (Corporate Venture Capital - CVC), buscando soluções inovadoras e expandindo suas operações. Essas estratégias ajudam não apenas a fomentar a inovação, mas também a trazer um retorno financeiro no longo prazo.
Interação entre áreas como motor da inovação
Lopes destacou que a inovação não deve ser unilateral, mas sim uma colaboração entre diversas áreas, como RH, marketing e negócios, cada uma contribuindo com suas especialidades para um objetivo comum. Ações específicas são necessárias dentro de cada área para manter um fluxo constante de inovação.
Iniciativas específicas para cada área
Na área de RH, ações como identificar intraempreendedores, capacitar colaboradores como embaixadores da inovação e formar mentores internos são cruciais. Isso não apenas instiga um senso de responsabilidade pela inovação, mas também contribui para a retenção e desenvolvimento contínuo dos colaboradores.
No marketing, a criação de conteúdo relevante e a organização de eventos voltados para clientes são estratégias destacadas. Posicionar a empresa como referência técnica por meio da participação ativa em eventos e do patrocínio de iniciativas de inovação é vital para fortalecer a imagem da marca.
Para a área de negócios, Lopes propôs a realização de pitch sessions para startups e a criação de chamadas públicas para soluções que atendam a desafios específicos. Essa abordagem facilita a colaboração e a troca de ideias, gerando novas oportunidades. Além disso, a aceleração de startups e as parcerias estratégicas com instituições de ensino e outras empresas são caminhos a serem explorados.
Concluiu enfatizando que a inovação deve ser vista como uma combinação de várias áreas trabalhando em conjunto para um único objetivo. Essa colaboração e a disposição para compartilhar conhecimentos e recursos são essenciais para construir um futuro inovador.
Com uma variedade de paineis e discussões enriquecedoras, o primeiro dia de evento destacou as novas perspectivas e desafios enfrentados por empresas em busca de inovação e liderança, enfatizando a importância da empatia, conexão e colaboração. Encerraremos nossa cobertura do primeiro dia, mas fiquem atentos, pois teremos mais atualizações e insights do segundo dia desse evento que promete mais aprendizados valiosos.
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