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Saiba como praticar empatia para criar ambientes profissionais saudáveis e até mesmo aumentar a produtividade e os resultados da empresa
7 de Abril de 2025
Leitura de 6 min
Muito se fala sobre empatia nos últimos tempos, mas seu verdadeiro conceito não é totalmente compreendido por muita gente.
Segundo o dicionário Michaelis, no campo da psicologia, a empatia é a “habilidade de imaginar-se no lugar de outra pessoa” e a “compreensão dos sentimentos, desejos, ideais e ações de outrem”.
Ainda que sentir o que o outro sente seja algo improvável – já que as experiências emocionais são muito complexas e particulares –, uma atitude empática faz com que a pessoa se esforce para ao menos tentar entender sua situação.
A partir da empatia, nascem outros sentimentos, como a piedade, a compaixão e o simples desejo de ajudar o próximo. Essas fases posteriores, portanto, dão origem a ações que podem beneficiar quem se encontra em apuros.
Tudo isso faz com que a empatia seja uma soft skill de extremo valor para todas as relações, sejam elas pessoais ou profissionais.
Índice:
O exercício da empatia no ambiente de trabalho não é apenas um caminho para relacionamentos humanos e respeito aos demais, mas também uma estratégia de negócios.
Uma empresa que segue uma filosofia empática pode verificar diversos efeitos positivos na cultura organizacional, como engajamento dos colaboradores, construção de confiança entre as equipes e seus gestores, comunicação mais eficiente e controle de conflitos.
Pensando pela ótica corporativa, os frutos são aumento de produtividade, redução de turnover, evolução dos negócios e até o aumento de lucros. Inclusive, essa foi uma pauta abordada no Move Up RH, evento promovido pela Alice, Wellz e iFood Benefícios para discutir o bem-estar como alternativa para o desempenho empresarial.
O levantamento State of Workplace Empathy, realizado pela Businessolver, plataforma norte-americana de soluções para RH, mostra que 90% dos colaboradores tendem a permanecer em uma empresa que se mostra empática com eles. Já 87% dos CEOs acreditam que os resultados financeiros de uma empresa têm ligação com a empatia no trabalho.
Acreditar no comportamento empático é o primeiro passo. Se alguém julga impossível entender e dialogar com pessoas que vivem uma realidade diferente, colocar-se no lugar do outro e apresentar soluções para ajudá-lo se torna muito mais complicado.
E como qualquer habilidade, a empatia deve ser exercitada. Sempre adotar uma postura compreensiva e tentar compreender todas as particularidades de uma situação são as melhores formas para tornar a empatia um instinto que surge espontaneamente.
Os líderes devem trabalhar esse aspecto dentro de si, empenhando-se para construir essa característica em um âmbito pessoal e que possa ser implementado no ambiente profissional.
Pensando em políticas corporativas e estratégias coletivas, profissionais de Gente e Gestão podem tomar algumas atitudes para que a empatia seja um elemento intrínseco à cultura da empresa.
Conversar é a maneira mais eficiente para conhecer e auxiliar alguém. As empresas devem abrir espaços livres para que os gestores e colaboradores possam trocar experiências e percepções.
Encontros one-on-one, canais de comunicação e oportunidades para oferecer e receber feedback são ótimas estratégias – mas precisam funcionar com base em companheirismo, honestidade e abertura para fazer perguntas e sugestões, de modo que as equipes se sintam confortáveis para se abrir.
Até mesmo momentos não relacionados ao trabalho, como um happy hour ou pausa para o café, servem como apoio para gerar relações mútuas de respeito, entendimento e sinceridade.
Cada pessoa tem suas próprias características, sejam referentes à personalidade, estilo de vida ou estrutura familiar.
Isso significa que é normal que os colaboradores operem de formas diferentes. O que funciona para um pode não funcionar para o outro, tornando necessária a adaptação de alguns processos para que todos se sintam confortáveis e possam realizar suas tarefas da melhor maneira possível.
Um exemplo disso é a personalização da comunicação conforme cada indivíduo. Há quem seja mais aberto e extrovertido, enquanto outros são reservados e introvertidos. Saber navegar entre esses estilos é um meio de praticar empatia e fazer com que o trabalho seja menos custoso.
Enfrentar as emoções é um desafio constante – ainda mais para quem ocupa cargos de liderança. Uma forma eficiente de aprender a lidar com as pessoas empaticamente é estudando.
A área de RH pode investir em programas de conhecimento, como treinamentos e workshops, para que as equipes desenvolvam inteligência emocional e possam colocá-la em prática no dia a dia profissional.
Times engajados e que entregam bons resultados são essenciais para qualquer empresa, mas é preciso que os colaboradores tenham tempo para descansar e cuidar de seu próprio bem-estar.
Isso pode ser difícil diante das responsabilidades do trabalho, mas é algo fundamental para que todos se mantenham satisfeitos e saudáveis o bastante para cumprir suas tarefas com qualidade.
Colaboradores cansados e estressados são menos produtivos e correm o risco de se tornarem vítimas do burnout.
Falando em burnout, a síndrome relacionada ao esgotamento no trabalho pode causar problemas generalizados nas pessoas, como transtornos psicológicos e doenças físicas.
A condição se manifesta de várias maneiras. Algumas são bem difíceis de perceber para quem está de fora, mas os gestores podem ficar atentos a alguns sinais que antecedem o burnout:
Ao identificar esses sintomas, os líderes e o RH devem tomar algumas atitudes para compreender as dores do colaborador e ajudá-lo a se recuperar.
Promover pausas para descanso, oferecer apoio (moral, emocional, psicológico e até médico) e reconhecer os esforços da equipe são alguns métodos.
Palavras simples podem fazer toda a diferença na rotina corporativa, como “por favor”, “obrigado”, “bom dia/boa tarde” e “bom trabalho”. Um sorriso, favores singelos e elogios também são importantes.
Parece pouco, mas pequenos símbolos de gentileza têm o potencial de fazer com que as pessoas se sintam acolhidas, respeitadas, apreciadas e necessárias. Isso gera uma rede de empatia e camaradagem no local de trabalho, contribuindo também para as relações interpessoal e o ânimo geral na hora de colocar a mão na massa.