Desigualdade Salarial: saiba como combater esse problema com ações eficientes
Como a sua empresa pode ser um agente de mudança dessa realidade que ainda afeta milhares de pessoas no Brasil
Por Equipe iFood Benefícios
A desigualdade salarial, infelizmente, ainda é um tema que assombra milhões de profissionais em todo o mundo. Essa realidade persiste por conta de costumes e conceitos enraizados na sociedade que precisam mudar.
Nestas situações, os principais agentes de mudança são as grandes empresas e suas respectivas lideranças. Portanto, para entender melhor sobre o tema, como está o cenário no Brasil e como a sua empresa pode fazer a diferença, continue a leitura!
Índice:
- O que é Desigualdade Salarial?
- Quais são as causas desse problema?
- O cenário da Desigualdade Salarial no Brasil
- Saiba o que a Lei assegura
- Ações para combater a Desigualdade Salarial nas empresas
O que é Desigualdade Salarial?
A desigualdade salarial acontece quando, para um mesmo cargo, existem dois profissionais com a mesma capacitação recebendo salários diferentes.
Assim, no sistema econômico capitalista temos as definições dos salários a partir de convenções coletivas e com influência de outras variáveis, como tempo de experiência e qualificação profissional.
Porém, o que acontece é que outras características tem tomado o lugar de decisão dos salários dos brasileiros, como o sexo do indivíduo, orientação sexual, cor e estado civil.
Diante disso, a desigualdade salarial avança em discussões mais profundas, como será detalhado no próximo tópico.
Quais são as causas desse problema?
Podemos citar que o machismo certamente é uma das principais causas da desigualdade salarial. Isso porque vemos a diferença clara dos salários entre homens e mulheres, mesmo sendo profissionais com a mesma capacitação.
Infelizmente é um problema que está enraizado na nossa sociedade e demanda tempo para mudar essa visão de mundo. A partir disso, aprofundamos em outros problemas consequentes dessa causa. Confira a seguir.
Tabu sobre algumas profissões
Por muito tempo construiu-se a ideia de que existem profissões feitas para homens e outras feitas para mulheres. Com isso, áreas como a da Engenharia, Automobilística, Ciência e Indústria em geral, foram consideradas lugares de homens, enquanto as mulheres deveriam ocupar outros trabalhos, como domésticos, costura e gastronomia.
Porém, sabemos que essa classificação não existe e esse tabu começou a se desfazer de umas décadas para cá.
Entretanto, vemos que a inserção de mulheres nesses mercados majoritariamente masculinos causou uma disparidade salarial imensa, e que ainda não foi 100% controlada. Tudo isso proveniente do machismo que ainda faz parte da nossa cultura.
A pressão da maternidade
Ainda há no mercado de trabalho uma discriminação evidente pelas profissionais mulheres que já são mães ou que engravidam durante o período de contrato.
A maternidade por si só não é fácil, pois exige muito do físico e psicológico da mulher. Enquanto ela está inserida no mercado de trabalho, essa conciliação torna-se ainda mais complexa.
Assim, o que acontece, muitas vezes, é a aparição clara de atitudes machistas diante dessas situações. Há quem acredite que uma mãe não consegue se dedicar e entregar bons resultados, que engravidar traz prejuízos para a empresa, por conta da licença maternidade, entre tantos outros pontos.
Com isso, vemos muitas empresas desvalorizando essas profissionais simplesmente por serem mães ou por terem a possibilidade de vir a ser, um dia.
O cenário da Desigualdade Salarial no Brasil
Segundo um estudo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a disparidade salarial entre homens e mulheres voltou a subir no final de 2022, atingindo 22%. Dessa maneira, isso quer dizer que uma profissional brasileira recebe apenas 78% do salário que um profissional brasileiro fatura.
Alguns especialistas apontam que isso pode ter acontecido por conta da pandemia, em que muitas mulheres deixaram o emprego para cuidar da casa e da família. Com isso, a reinserção no mercado de trabalho pode ser complicada.
Ademais, outro ponto de vista trazido foi que setor de serviços sofreu mais momentos de crise durante a pandemia quando comparado ao setor das indústrias e agronegócio. Assim, como o segmento de serviços emprega mais mulheres, o impacto na renda teria sido grande.
Saiba o que a Lei assegura
Desde 1943 a CLT já previa um capítulo destinado a resguardar a proteção ao trabalho da mulher. Com o tempo isso foi evoluindo, tendo avanços como:
- Em 1999, com a Lei 9.029, houve a proibição de anúncios de vagas em que o sexo do indivíduo fosse fator relevante para fins de remuneração ou ascensão profissional;
- Na Constituição Federal também temos, no artigo 7º, a proibição da diferenciação de salários por motivos de sexo, idade, cor ou estado civil;
- Na Lei 9.029/1995 consta que é expressamente proibido práticas discriminatórias e problemas nas relações de trabalho por motivo de sexo.
Ações para combater a Desigualdade Salarial nas empresas
Afinal, como uma empresa pode colaborar para evitar a desigualdade salarial dentro do seu negócio? Existem algumas ações efetivas que ajudam a mudar essa situação. Confira algumas delas a seguir.
Promova Liderança Feminina
Ao fazer uma análise do quadro de funcionários, procure medir a porcentagem de líderes mulheres na sua empresa. Caso o número esteja baixo, tente priorizar a contratação de lideranças femininas para mudar esse cenário. Isso trará o aumento da diversidade e inclusão na empresa, além de colaborar com as discussões e tomadas de decisões, a partir de pontos de vista e perspectivas sociais mais diversificadas.
Estude sobre o mercado salarial
Neste ponto temos a importância de criar um plano de cargos e salários para equilibrar os ganhos financeiros dos profissionais da empresa. Dentro disso, é preciso ainda fazer um estudo aprofundado sobre a disparidade salarial entre homens e mulheres e tentar mudar essa conduta interna, caso ela ocorra.
Assim, a consciência social sobre o papel e o impacto que uma corporação pode ter na sociedade, principalmente acerca desse tema, é essencial para que o crescimento da marca seja saudável e responsável.
Proporcione um ambiente de trabalho acolhedor
Para entender como criar um bom clima organizacional, o caminho é fazer pesquisas de clima constantes para saber a opinião dos funcionários sobre o dia a dia na empresa. A partir disso o RH terá insumos e ideias do que precisa melhorar e do que pode ser aprimorado.
Dessa forma, o ambiente de trabalho acolhedor permite que a diversidade seja aceita e que a troca de ideias seja mais produtiva, sempre prezando pelo respeito mútuo.
Disponibilize canais de ouvidoria
Mesmo atuando ativamente para evitar situações de machismo, assédio, discriminação, entre outras, criar um canal de denúncia ainda é importante. O canal de ouvidoria é necessário para oferecer suporte aos colaboradores a partir do relato de possíveis problemas que venham a existir.
Assim os colaboradores se sentem mais seguros e confiantes para combater atitudes maldosas e que não condizem com a cultura da organização.
Para além da preocupação acerca da desigualdade salarial, vemos grandes empresas se preocupando com outras questões, como os benefícios corporativos. Atualmente, mais do que nunca, vemos que organizações que apostam em um pacote de benefícios completo saem na frente e atraem os melhores talentos.
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