Confira os principais insights do segundo dia de CONARH 2024
Do futuro do trabalho à gestão de pessoas, confira os principais insights que vão impactar o RH
29 de Agosto de 2024
Leitura de 14 min
O CONARH 2024 está a todo vapor! O segundo dia do maior evento de RH da América Latina foi marcado por muitas trocas e debates sobre o futuro do trabalho, os desafios que o RH enfrenta neste novo cenário, liderança e uso de novas tecnologias. Se você quer se manter atualizado sobre as últimas tendências do mercado, prepare-se para mergulhar nessa jornada conosco.
Neste artigo, destacamos os temas mais relevantes que foram abordados. Vale um spoiler: o evento foi um verdadeiro catalisador de ideias que vão impulsionar a transformação do mundo do RH. Acompanhe tudo o que aconteceu.
No primeiro painel do dia, Karith Foster, especialista em Diversidade e criadora da inovadora metodologia INVERSITY, abordou a construção de uma cultura de diversidade sem divisão. A INVERSITY™, um conceito que inverte a palavra "diversity" (diversidade), propõe que o foco seja a união em vez da divisão. Segundo Foster, é fundamental compreender que a diversidade mal implementada pode levar à divisão, à culpabilização e à exclusão. Para superar esse desafio, ela defende a busca por pontos em comum para construir um ambiente de inclusão genuína.
A especialista defendeu a importância de reconhecer a história e as experiências de cada indivíduo, sem ignorá-las ou minimizar as desigualdades. Em vez de enfatizar o que nos separa, ela propõe que busquemos o que nos une como seres humanos, cultivando a empatia e a compreensão mútua. A ideia é construir um ambiente onde todos se sintam pertencentes e valorizados, rompendo com as barreiras que impedem a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
Foster destacou a importância da escuta ativa como ferramenta essencial para a construção de uma cultura de união. Deixar de lado as distrações e se conectar com o outro, demonstrando atenção e empatia, é essencial para criar um ambiente onde as pessoas se sintam ouvidas, valorizadas e amadas. “A diversidade é como se fosse uma tela em branco que nós podemos pintar de quantas cores quisermos”, comentou. Essa conexão é o primeiro passo para construir uma cultura de diversidade que realmente faça a diferença.
Índice:
- Marca Empregadora & Cultura Organizacional
- Novos Modelos de Remuneração
- Gestão de Pessoas: desafios, perspectivas e ações na visão dos CEO's
- Transparência Salarial
- Carreira 4.0: Estratégias para o Futuro
- Liderança Feminina e Pertencimento
- Inteligência Artificial: Ética & Legislação & Regulação
- E para encerrar o dia em grande estilo, Denise Fraga comandou o palco. Confira!
- O iFood Benefícios é presença confirmada no CONARH!
Marca Empregadora & Cultura Organizacional
O painel ministrado por Daniela Ferreira (Diretora de Recursos Humanos e de Relações Públicas, Comunicação e Sustentabilidade da Coca-Cola), Fernando Luciano (VP de People na Vivo) e Rhayda Rufino (Fundadora e CEO da Sophí), abordou como as empresas podem cultivar e manter uma boa marca empregadora e cultura organizacional. Danila Ferreira mencionou que, em muitos casos, como na Coca-Cola, o foco é fortalecer a cultura já existente, buscando consolidar e vivenciar os valores fundamentais para a identidade da empresa.
Fernando, por sua vez, destacou a importância dos valores como pilares inegociáveis, que orientam todas as decisões e práticas dentro da organização. Ele explicou que, na Vivo, esses valores são essenciais para guiar a cultura da empresa e suas práticas diárias. Rhayda complementou a discussão ao sublinhar a relevância dos incentivos educacionais e culturais para os colaboradores, apontando que esses estímulos são fundamentais para promover o crescimento contínuo e sustentar uma cultura organizacional inovadora e adaptativa.
Novos Modelos de Remuneração
O painel reuniu um time de especialistas renomados para discutir como a remuneração precisa se adaptar às novas realidades do trabalho. Claudio Costa (Diretor da CCosta Assessoria Empresarial e membro do Comitê de Remuneração, Pessoas e ESG da Arezzo), Danielle Luz (Pesquisadora nas áreas de Tecnologia e RH da UFRJ) e Marco Santana (Managing Partner da ERX Consulting) compartilharam suas experiências e visões sobre as tendências que estão transformando o mundo da remuneração.
O debate abordou a necessidade de repensar os sistemas tradicionais de remuneração para atender às necessidades e expectativas da nova geração de profissionais. A discussão destacou a importância de ir além do modelo tradicional, escutando com mais atenção às necessidades dos colaboradores, testando novos formatos de trabalho e oferecendo benefícios que realmente façam sentido para eles. A busca por modelos mais flexíveis e personalizados, que considerem o valor individual de cada profissional e se adaptem aos seus objetivos de carreira, foi um dos pontos centrais da discussão.
Temas como remuneração por habilidades, integração de benefícios flexíveis, remuneração variável baseada em resultados e a importância da transparência e da comunicação aberta sobre as políticas de remuneração foram abordados com profundidade. Esse desafio de redefinir a remuneração para alcançar uma nova era de engajamento e satisfação dos colaboradores é uma tarefa crucial para os profissionais de RH e gestão de pessoas.
Gestão de Pessoas: desafios, perspectivas e ações na visão dos CEO's
O painel contou com as participações de Dilma Campos (CEO da Nossa Praia e Head de ESG da B&Partners), Antonio Batista da Silva Junior (Presidente Executivo da Fundação Dom Cabral), Ana Claudia Plihal (Presidente do LinkedIn Brasil) e Ricardo Costa (Chairman do Grupo Bernardo da Costa).
Durante o debate, discutiu-se o papel estratégico dos CEOs frente às demandas ESG, destacando que essas práticas devem ser incorporadas nas decisões dos conselhos, criando um futuro mais sustentável e inclusivo. Os palestrantes trouxeram provocações sobre o desafio de fazer com que os colaboradores não apenas acreditem, mas pratiquem o ESG em suas rotinas de trabalho, ressaltando a urgência de se engajar com a emergência climática.
Outro tema discutido foi a gestão de pessoas em equipes multigeracionais, apresentado por Ana Claudia Plihal. A necessidade de entender as diferentes expectativas e desejos de cada geração foi enfatizada, destacando o papel da liderança em ouvir e valorizar a individualidade e flexibilidade dos colaboradores.
Ricardo Costa abordou a importância de promover o bem-estar e a saúde mental, sugerindo que o equilíbrio entre vida pessoal, profissional e familiar deve ser priorizado pelas empresas. Ele reforçou o conceito de "salário emocional", que, longe de substituir o reconhecimento financeiro, cria um ambiente de trabalho onde a individualidade e a flexibilidade são valorizadas, e complementa-o criando um ambiente onde os colaboradores se sintam valorizados e motivados.
Por fim, os palestrantes ressaltaram a importância de uma cultura organizacional que promova a inovação e aceite o erro como parte do processo, e de líderes que fomentem o relacionamento interpessoal de suas equipes.
Transparência Salarial
André Augusto Rodrigues (Diretor Global de Remuneração, Org Design & HR Digital na Gerdau), Margrét Vilborg Bjarnadóttir (Professora Associada de Ciência da Gestão e Estatística, Universidade de Maryland e Fundadora da PayAnalytics) e Reinaldo Fernandes (Sócio da RF Fernandes Advogados) compartilharam suas visões e experiências sobre os desafios e as oportunidades da transparência salarial.
A discussão abordou a importância da transparência salarial como ferramenta essencial para combater a desigualdade no ambiente de trabalho. Os participantes reconheceram que a transparência salarial é um problema cultural arraigado, mas que a lei vem avançando nesse sentido.
O papel do RH nesse processo é crucial. Os profissionais devem assumir a responsabilidade de liderar a implementação da transparência salarial nas organizações, considerando aspectos como cultura organizacional, desenvolvimento e maturidade da liderança, comunicação frequente e didática e a utilização de tecnologia adequada para garantir a acessibilidade aos dados salariais.
A transparência salarial é um desafio que exige uma mudança de mentalidade e uma ação proativa de todos os envolvidos - e não apenas as mulheres.
Carreira 4.0: Estratégias para o Futuro
O papo contou com a mediação de Tatiana Fernandes (PwC Brasil Partner | Human Capital Leader) e as participações de Mariana Mancini (Diretora de Recursos Humanos para a América Latina da Dow) e David Blake (Founder & Co-CEO at Degreed), trazendo uma análise das transformações no conceito de carreira ao longo do tempo. Foi abordado o histórico de como a carreira evoluiu da versão 1.0, centrada em empregos fixos e estáveis, até a 4.0, marcada pela busca de múltiplas habilidades e pela digitalização dos negócios.
O avanço tecnológico, particularmente com a chegada da Indústria 4.0, trouxe mudanças significativas, exigindo novas competências. A necessidade de adaptação a essas demandas e de tratar as habilidades adquiridas ao longo da vida como parte integral da construção de carreira foi enfatizada. Nesse contexto, os palestrantes exemplificam: "não preciso necessariamente de um cientista da computação, eu preciso de alguém que entenda de Java, independente de como a pessoa adquiriu essa habilidade."
Outro ponto relevante discutido foi a importância de valorizar habilidades específicas em vez de requisitos acadêmicos formais. Isso não significa que os conhecimentos acadêmicos são dispensáveis, mas sim que, atualmente, as oportunidades de carreira se tornaram mais diversificadas e menos lineares, exigindo flexibilidade e constante atualização por parte dos profissionais. A flexibilidade de carreira também foi destacada como fundamental para o sucesso em um cenário de constante mudança.
Além disso, o painel ressaltou a relevância da gestão de mudanças nas organizações, sendo uma das competências mais procuradas no mercado, destacando a importância de uma comunicação eficaz. Essa é uma linha tênue, pois pode gerar fadiga de mudanças nos colaboradores. Assim, o RH precisa apoiar os líderes na priorização desse tema para não sobrecarregar suas equipes. Tatiana, Mariana e David afirmaram que não existe uma receita de bolo para isso, mas entendem que a gestão eficaz da mudança é mais importante do que a própria mudança em si.
Liderança Feminina e Pertencimento
Para debater a importância de construir uma cultura organizacional que promova a equidade de gênero e incentive a diversidade e o pertencimento de todas as pessoas, o painel reuniu Eva Rosa Santos (Fundadora e CEO da Liderança Feminina em Angola), Gabriela Gaspardo de Souza (Diretora de Relações Humanas, Gestão do Conhecimento, Facilities e Administração) e Nelia Dalapa (Vice-Presidente de Pessoas e Comunicação na Hydro Bauxita e Alumina).
Elas compartilharam suas experiências e ressaltaram a necessidade de transformar a discussão sobre liderança feminina em algo constante e, principalmente, levar essa discussão para todas as pessoas das organizações. "A força e a importância da liderança feminina não devem ser abordadas apenas em março, mas sim integradas à cultura das organizações de forma constante", defendeu Eva Rosa Santos.
Gabriela Gaspardo ressaltou que a mudança de mindset é fundamental e que as mulheres precisam se unir para transformar a cultura organizacional. "É importante que as mulheres se unam e superem as divergências que muitas vezes impedem a colaboração e o fortalecimento do grupo", afirmou Gabriela. Elas complementaram a discussão abordando a importância da sororidade, enfatizando a necessidade de mudar nossas crenças e limitações e ter mais consciência do que dizemos e como dizemos.
Inteligência Artificial: Ética & Legislação & Regulação
O papo foi liderado por Eduardo Paranhos (Sócio Fundador da Esper, Paranhos, Gushiken | EPG Advogados), Cristina Panella (Consultora Associada Senior da BMI Blue Management Institute) e Waldemir Cambiucci (Diretor de Tecnologias Emergentes na Microsoft), abordando o desafio de equilibrar inovação e controle no uso da IA.
Discutiu-se a importância de preparar reguladores setoriais para criar políticas legislativas eficazes, com exemplos como o controle de fake news em campanhas políticas pelo TSE. Cristina Panella ressaltou que a regulação deve se concentrar no uso da ferramenta IA, e não na tecnologia em si, sugerindo a formação de comitês para monitorar continuamente as questões relacionadas à IA.
No cenário de RH, a discussão ressaltou a importância de manter a humanidade no centro das decisões, mesmo com o avanço da IA. A tecnologia deve servir como um recurso que complementa, e não substitui, a criatividade e a estratégia humanas. Waldemir Cambiucci enfatizou que, no futuro, “você não vai perder o emprego para a IA, mas para quem sabe usá-la”, reconhecendo a IA como uma ferramenta que agrega valor ao trabalho.
Foi abordada a necessidade de estabelecer políticas internas e processos de capacitação para garantir o uso adequado da IA, em conformidade com a LGPD, e para assegurar que decisões importantes permaneçam sob supervisão humana.
E para encerrar o dia em grande estilo, Denise Fraga comandou o palco. Confira!
Na cerimônia de encerramento deste segundo dia de CONARH, a atriz Denise Fraga conduziu uma palestra inspiradora, fazendo refletir sobre a importância da gentileza em um mundo saturado pela tecnologia. Fraga, conhecida por seu trabalho no teatro e na televisão, destacou como a gentileza deve se reinventar e se adaptar ao contexto atual, afirmando que “não há como falar de gentileza sem considerar a avalanche da tecnologia”.
Ela também abordou o impacto da busca incessante por ganhos a qualquer custo, que, segundo ela, “esfacela o que a gente tem de melhor”. Denise compartilhou suas próprias experiências com o burnout, descrevendo a sensação com a metáfora “me sinto uma tomada 110v ligada no 220v sem poder queimar”, e falou sobre a importância de saber se desligar para preservar o equilíbrio emocional e a comunicação efetiva.
Além disso, ela destacou o papel fundamental das emoções e da comunicação no ambiente de trabalho, enfatizando a necessidade de equilíbrio e autocompreensão. Sua palestra trouxe uma visão equilibrada sobre como manter a humanidade em meio aos desafios tecnológicos e organizacionais, oferecendo uma perspectiva de que a bondade e a empatia podem coexistir e se fortalecer mesmo em tempos de grande transformação.
O iFood Benefícios é presença confirmada no CONARH!
O iFood Benefícios recebeu profissionais de RH e gestores de pessoas para compartilhar suas experiências e soluções inovadoras que estão transformando o setor. Nomes como:
- Ettore Paiola, Head de Produto do iFood Benefícios
- Ana Flávia Ferraz, Especialista em Desenvolvimento e Aprendizagem Tech do iFood
- Jaqueline Bento, Software Engineering Manager do iFood
- Davi Venancio, Especialista de Diversidade, Equidade e Inclusão do iFood
- Beta Boechat, Influenciadora e Fundadora do Movimento Corpo Livre
- Natalia Ubilla, Head de People do iFood Benefícios
- Felipe Azevedo, CEO na LG lugar de gente
- Luiz Gaziri, Autor, palestrante e especialista em comportamento humano
fizeram parte da nossa programação do dia e estiveram com a gente por lá. Em breve, compartilharemos mais detalhes desses papos com vocês.
Se você ainda não visitou o estande do iFood Benefícios, ainda dá tempo de aproveitar! É uma experiência única, com um espaço pensado para inspirar e transformar a forma como você encara a gestão de benefícios.