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Bradesco cria projeto que ajuda funcionários a denunciarem situações de agressão e violência, com apoio jurídico, psicológico e social
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31 de Janeiro de 2025
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Foi-se o tempo em que havia barreiras rígidas entre vida pessoal e profissional.
Se, de um lado, a tecnologia levou o trabalho cada vez mais para dentro de casa, por outro, as empresas também mudaram e passaram a lidar com questões que antes eram consideradas de esfera íntima dos funcionários.
Isso acontece graças ao entendimento de que os empregadores assumem um papel na vida dos trabalhadores que vai além daquilo que acontece na companhia.
O Bradesco é uma das organizações que chamou para si a responsabilidade de lidar com um problema grave na sociedade brasileira e um tabu para muitas pessoas e organizações: a violência contra a mulher.
Foi assim que, em 2019, o banco criou o programa “Violência Contra a Mulher é da Nossa Conta”, para auxiliar funcionárias e familiares que passam por situações de agressão em casa.
“Por se tratar de uma questão que muitas vezes se manifesta fora das fronteiras corporativas, é comum que as empresas não assumam papel de protagonismo em sua solução”, diz Julia Carneiro, analista de recursos humanos do Bradesco. “Mas há movimentos sociais há anos nessa luta e entendemos que ela é de responsabilidade também das empresas.”
Índice:
O primeiro passo foi a entrada do Bradesco para a Coalizão Empresarial pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas, ainda em 2019. Na época, o projeto era um embrião do que é hoje: um evento que evoluiu para um programa contínuo.
Um ano depois, o Bradesco criou, por meio do seu programa de qualidade de vida, saúde e bem-estar, uma linha exclusiva para amparar vítimas de violência contra a mulher.
Ao buscar ajuda, a pessoa tem acesso a diversos profissionais, com orientações especializadas: psicológicas, sociais, jurídicas e outras. Caso seja necessário, também há a possibilidade de acompanhamento da vítima até sua casa, ao hospital ou à delegacia.
O canal fica disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, para todo o time do Bradesco e seu núcleo familiar.
Depois, o projeto ganharia outra ferramenta: a trilha de conhecimento e sensibilização “Violência Contra a Mulher é da Nossa Conta”. Disponível na plataforma de RH, ela conta com cartilha, vídeos, podcasts e outros conteúdos que tratam de temas como os tipos e o ciclo da agressão doméstica, maneiras de buscar uma rede de apoio dentro e fora da organização e formas de denunciar.
Já em 2021, a empresa lançou a campanha “Novas Respostas da Bia Contra o Assédio”. A Bia é a assistente virtual do Bradesco. Aqui, as interações da inteligência artificial foram atualizadas para posicionamentos mais firmes sobre abordagens abusivas e assédio.
“Nossos times de atendimento foram capacitados no assunto e os protocolos foram atualizados”, conta Julia. “A ideia é fazer com que todos repensem o modo de se dirigir às mulheres.”
Por fim, em 2022, o Bradesco criou o curso “Assédio é da Nossa Conta”, para conscientizar os funcionários e divulgar canais corporativos para denúncias. No ano seguinte, a capacitação se tornou obrigatória para todos os trabalhadores.
Segundo Julia, um grande desafio foi compreender o papel da companhia em questões que, muitas vezes, se manifestam dentro da casa das pessoas.
“Nesse sentido, estar ao lado de outras empresas em movimentos como a Coalizão Empresarial pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas fez toda a diferença”, afirma.
Para que o programa siga em progresso contínuo, foram envolvidos os times de: Diversidade, Equidade e Inclusão, Unibrad, Saúde, Cultura e Bem-estar, Comunicação Interna, Consultoria Interna de Recursos Humanos e Relações Sindicais, Marketing, Atendimento e Operações Canais e Compliance e Conduta Ética. O grupo de afinidade de gênero também participa do projeto, dando consultoria. Os membros receberam capacitação específica no tema.
As iniciativas de educação corporativa sobre o combate à violência doméstica criadas pelo Bradesco somam mais de 30.000 participações e quase 25.000 funcionários capacitados. Já nas medidas contra o assédio, o número de participantes passa de 126.000, com quase 85.000 pessoas treinadas.
E o nível de satisfação é alto. Em relação à trilha de conhecimento “Violência Contra a Mulher é da Nossa Conta”, a nota média é 4.9, de zero a 5.
Julia chama a atenção para a presença constante do Bradesco em rankings, processos de reconhecimento, levantamentos e estudos nos últimos anos — algo que, segundo ela, demonstra que a instituição está no caminho certo.
“O banco foi reconhecido entre as 10 empresas da América Latina mais bem classificadas, segundo o Índice Bloomberg de Igualdade de Gênero. E seguimos como uma das Melhores Empresas para a Mulher Trabalhar, de acordo com o levantamento do Great Place to Work, além do primeiro lugar entre as Melhores Empresas na categoria Gestão Saudável”, conta.
*Conteúdo publicado originalmente na Think Work Lab em 20 de setembro de 2023 com o título “Violência doméstica entra na mira do Bradesco”. Atualizado em 12 de dezembro de 2024 para o Acrescenta, do iFood Benefícios.