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Felicidade no trabalho deixa as equipes mais produtivas e engajadas. Entenda as vantagens de investir na felicidade corporativa
15 de Novembro de 2024
Leitura de 7 min
A felicidade no trabalho pode não ser apenas um objetivo pessoal, mas também uma estratégia corporativa fundamental. Após a pandemia, o tema saúde e bem-estar ganhou força nas empresas e a felicidade está diretamente ligada a ele.
Diversas pesquisas indicam que os colaboradores felizes tendem a ser mais produtivos, engajados e inovadores, contribuindo para uma cultura organizacional positiva e para melhores resultados financeiros. Um estudo da Gallup apontou que 50% de colaboradores felizes têm menos acidentes laborais e uma pesquisa da Harvard Business Review mostrou que 31% dos colaboradores felizes se tornam mais produtivos, 85% mais eficientes e 300% mais inovadores.
Felicidade no trabalho deixou de ser, há muito tempo, apenas um objetivo pessoal e se tornou uma estratégia corporativa fundamental para atração e retenção de talentos, maior engajamento, produtividade e resultados. Neste texto, vamos explorar os benefícios de incentivar um ambiente de trabalho feliz, as estratégias para promover o bem-estar entre os colaboradores e os impactos positivos que isso traz para as organizações.
Índice:
A felicidade corporativa envolve toda a criação de um ambiente de trabalho onde os colaboradores se sintam valorizados, reconhecidos, engajados e satisfeitos. A felicidade está ligada com uma cultura organizacional que promove o desenvolvimento pessoal e profissional, incentiva um bom equilíbrio entre a vida pessoal e profissional e valoriza a saúde mental e física.
Trata-se da experiência do colaborador como um todo, que se inicia no processo de atração e seleção. Salários, benefícios, reconhecimento, diversidade, inclusão, ambientes respeitosos e transparentes são fatores que influenciam para uma maior satisfação e felicidade dos colaboradores.
Na prática, algumas das ações associadas à felicidade corporativa são:
Diversos estudos e pesquisas apontam que o Brasil é um dos países com maior índice de Burnout e Depressão. De acordo com dados da Associação Nacional de Medicina no Trabalho (Anamt), aproximadamente 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a Síndrome de Burnout e, conforme pesquisa da International Stress Management Association (Isma-BR), o Brasil é o segundo país do mundo com mais casos da síndrome.
Mas não apenas o Burnout é um indício da necessidade de um olhar mais cuidadoso e estratégico para a saúde dos colaboradores. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está em quinto lugar no ranking mundial de depressão e a relação com o trabalho desempenha um papel fundamental nesse cenário. Longas jornadas, pressões excessivas, falta de reconhecimento e ambientes pouco acolhedores contribuem para o aumento dos níveis de ansiedade e estresse entre os profissionais.
Dado o cenário, observa-se a importância de promover políticas de saúde mental e bem-estar no ambiente corporativo, criando espaços onde os colaboradores possam se sentir valorizados, respeitados e equilibrados em suas vidas profissional e pessoal.
A Síndrome de Burnout é um distúrbio emocional caracterizado pelo esgotamento físico e mental intenso, que resulta de um estresse crônico relacionado ao trabalho. Esse esgotamento ocorre quando as demandas profissionais excedem a capacidade do indivíduo de lidar com elas de maneira saudável, levando a uma sensação de exaustão, desmotivação e baixa produtividade. Além de afetar o desempenho no trabalho, o Burnout traz consequências para a saúde física e mental, incluindo sintomas como cansaço extremo, insônia, ansiedade, irritabilidade e depressão. Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um fenômeno ocupacional, o Burnout exige atenção e estratégias para promover o bem-estar e a saúde mental dos colaboradores.
Promover a felicidade no trabalho fornece diversos benefícios, tanto para as empresas quanto para os colaboradores. Entre os principais impactos positivos que é possível mensurar, estão:
O iFood, assim como muitas empresas modernas, adota diversas práticas para promover a felicidade no trabalho. Essas são algumas estratégias utilizadas:
Espaços de trabalho bem projetados que garantem conforto e inspiração, áreas de descanso e lazer, além de um ambiente que promove a colaboração e a criatividade.
Benefícios além do salário, como planos de saúde, vale-refeição e alimentação, vale-transporte, subsídios para educação e desenvolvimento, e diversos outros benefícios flexíveis que atendem o momento de vida de cada colaborador. Além disso, oferece programas de bônus e reconhecimento para recompensar o bom desempenho.
Cultura organizacional que valoriza a diversidade, a inclusão e o respeito. Incentivo à comunicação aberta e transparente, promoção dos valores como inovação, responsabilidade social e trabalho em equipe.
Investimento no desenvolvimento profissional de seus colaboradores, oferecendo oportunidades de treinamento, workshops e programas de mentoria.
Programas de bem-estar que incluem atividades físicas, apoio psicológico e iniciativas para promover um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional.
Flexibilidade no trabalho, como a possibilidade de realizar home office e horários flexíveis, é outra prática adotada pelo iFood para aumentar a satisfação de seus colaboradores.
Líderes desempenham um papel importante na promoção de um ambiente de trabalho positivo e motivador, por este motivo, é importante a liderança ter sempre uma mente aberta, transparência, equilíbrio emocional e estar em constante aprendizado. Para um líder promover a felicidade no trabalho, é essencial:
Investir na felicidade no trabalho traz diversos benefícios, mas é preciso uma mudança na cultura organizacional e o comprometimento de toda a liderança para que, de fato, obtenha-se resultados positivos.
Algumas empresas estão à frente nesse movimento e criaram um cargo exclusivo para cuidar desta frente, o Chief Happiness Officer (CHO), conceito que surgiu na Dinamarca e se iniciou na empresa Woohoo Partnership. O profissional é responsável pelas estratégias para promover a saúde e bem-estar dos colaboradores, promovendo a felicidade, e assim, aumentando os índices de produtividade e engajamento.
A felicidade no ambiente corporativo não é uma questão de iniciativas pontuais, mas uma abordagem estratégica que valoriza o bem-estar dos colaboradores como parte essencial do sucesso da empresa, além do fortalecimento da marca empregadora e do crescimento em resultados financeiros.