Tudo sobre o Adapta Summit: confira os principais insights do evento
Saiba como a Inteligência Artificial está transformando o panorama empresarial e abrindo novas possibilidades para o futuro
29 de Julho de 2024
Leitura de 8 min
Nos dias 26 e 27 de julho, a Expo Transamérica, em São Paulo, foi palco do Adapta Summit, evento que reuniu empresários, fundadores, C-levels, diretores e gestores para discutir e compartilhar as melhores práticas de utilização da Inteligência Artificial em todos os setores do negócio.
De forma dinâmica e focada em soluções reais, o evento proporcionou uma imersão em cinco áreas principais:
- Marketing: como a IA pode impulsionar o setor.
- Atendimento: explorando como a IA permite que empresas atendam milhares de clientes com equipes enxutas e eficientes.
- Vendas: descobrindo as ferramentas e técnicas de IA para qualificar leads, aumentar a taxa de conversão e otimizar a prospecção.
- Gestão: aprendendo a liderar com mais eficiência, qualidade e resultados, utilizando a IA como aliada.
- Jurídico: desvendando o poder da IA generativa para automatizar tarefas complexas e otimizar o trabalho jurídico.
Para iniciar os debates, Ricardo Amorim, da Ricam Consultoria, abordou a era da hiperprodutividade impulsionada pela IA e como a Inteligência Artificial está revolucionando o mundo dos negócios e as carreiras profissionais. Ricardo frisou que a IA se tornou um agente de transformação digital, adaptando-se às necessidades humanas e mudando a maneira como interagimos com o mundo, afirmando que "a IA não é apenas uma ferramenta, é um catalisador de conhecimento".
Ele também destacou a "grande aceleração", explicando o crescimento exponencial da IA impulsionado pela capacidade computacional e a expansão de dados, que está remodelando diversos setores e exigindo constante adaptação. Segundo Ricardo, o sucesso de um negócio em um mundo dominado pela IA depende da eficiência de processos e inovação.
O potencial da IA generativa para transformar a criação e consumo de conteúdo também foi mencionado, com a Netflix sendo citada como um exemplo de personalização de experiências baseada em IA. Ricardo ainda ressaltou a revolução no atendimento ao cliente, com a automação de tarefas e aumento de eficiência, destacando que "isso não é futuro, é realidade" e apontando benefícios como redução de custos e melhora na satisfação do cliente.
Para complementar, compartilhou cases de sucesso de empresas brasileiras que utilizam IA:
Índice:
- E na área da saúde, como utilizar a IA?
- Inteligência Artificial em números
- IA: empoderamento e colaboração
Serviços de RH
A Jobecan utiliza IA para conectar candidatos e recrutadores por meio de vídeos de seleções anônimas. Essa abordagem ajuda a diminuir vieses inconscientes na contratação de talentos, promovendo um processo seletivo mais justo e eficiente.
Educação
O Colégio Porto Seguro incorporou o tema da IA ao currículo de letramento digital, preparando os alunos para o uso da ferramenta em projetos, pesquisas e atividades complementares. Assim, a instituição garante que os estudantes estejam prontos para a realidade tecnológica do futuro.
Para finalizar, Ricardo enfatizou que a IA não é uma ameaça, mas uma ferramenta poderosa que potencializa nossas capacidades, alavancando carreiras. Ele encorajou todos a se adaptarem à nova realidade digital e aprenderem a usar essas ferramentas, afirmando que "as pessoas precisam ter vergonha de NÃO usar IA".
E na área da saúde, como utilizar a IA?
Matheus Moraes, da Alice, apresentou uma visão mais humanizada da IA na área da Saúde, desmistificando a ideia de que a tecnologia é uma ameaça. Ele argumentou que a IA é uma poderosa ferramenta que simplifica nossas vidas e torna os serviços essenciais mais acessíveis e eficazes: “Tecnologia é um meio de cumprir um propósito humano”.
Matheus destacou a plataforma Alice como um exemplo de transformação digital na saúde, integrando informações médicas de maneira simples e intuitiva, tudo por meio de um aplicativo que conecta diversos serviços de saúde.
O modelo de negócios da Alice se posiciona de forma única para aproveitar o potencial da IA. "Temos um ecossistema totalmente integrado. Com o uso de IA, conseguimos monitorar cada membro em todas as ações que ele toma em relação à saúde. Assim, podemos acompanhar todos os passos e oferecer o cuidado certo, no momento e lugar certos, em escala", comentou.
Ao enfatizar a humanização da tecnologia, Matheus explicou como a IA pode melhorar a experiência dos cuidados médicos, garantindo acesso rápido e eficiente às informações necessárias para os pacientes.
Inteligência Artificial em números
Tatiana Orofino, da Amazon/AWS, explicou como a IA generativa complementa a IA tradicional no mercado financeiro. Apresentou exemplos práticos de uso de IA generativa em empresas:
- O PagBank desenvolveu um chatbot no WhatsApp, resultando em uma redução de 85% no tempo médio de atendimento e 92% no custo dos contatos pelo bot.
- O BTG Pactual automatizou o processamento de documentos, reduzindo o custo de análise em 20 vezes e centralizando dados regulatórios, facilitando auditorias e gerando insights valiosos.
- A Ferrari customizou modelos para simulações até 60% mais rápidas, aumentando a produtividade de mais de 1.000 usuários técnicos.
- A Nasdaq desenvolveu uma plataforma de gestão de investidores com IA, substituindo grande parte do esforço manual e reduzindo o tempo de análise em 33%.
Para encerrar, Tatiana deixou algumas recomendações estratégicas sobre a implementação de IA Generativa:
- Cultura de experimentação contínua: incentive a inovação através de testes e aprendizados constantes.
- Flexibilidade e infraestrutura integrada: utilize uma infraestrutura que permita a integração de IA generativa de terceiros.
- IA Generativa como aprimoramento: encare a IA como complemento ao que já existe, considerando as necessidades específicas de cada negócio.
- Capacitação e inovação: entenda as necessidades dos clientes, aprenda com especialistas e capacite colaboradores.
Essas recomendações servem como um guia para aproveitar ao máximo o potencial da IA Generativa.
E claro, o iFood Benefícios não poderia ficar de fora de um evento tão alinhado com inovação. Daniela Zylberkan, nossa Head de Marketing & Growth, comandou um painel onde revelou alguns segredos do nosso atendimento e como estamos utilizando multicanais e Inteligência Artificial para transformar nossos processos.
No iFood Benefícios, utilizamos a IA generativa para classificar o nível de criticidade dos atendimentos em baixo, médio e alto. Para casos considerados muito críticos, transferimos o atendimento para um humano, enquanto para os demais, atuamos através de chatbots conversacionais. Esse processo garante que os atendimentos sejam realizados de forma ágil, com muitos problemas sendo resolvidos em menos de um minuto.
A melhoria na resolutividade é um ponto alto, com 90% das questões solucionadas em até 12 horas. Isso se traduz em maior agilidade no atendimento e na identificação dos problemas, proporcionando uma experiência mais rápida e eficaz para nossos usuários.
Outro ponto que Daniela abordou foi a busca por soluções de automação de ligações, aliadas a processos de classificação para automatizar etapas que o SDR (Representante de Desenvolvimento de Vendas) realiza. Esse processo é dividido em dois passos:
- Implementação, testes e definição do processo: onde estabelecemos e refinamos o procedimento.
- Mensuração de resultados e definição de planos de ação: onde analisamos os dados obtidos e traçamos estratégias futuras.
E o resultado?
Conseguimos 10 vezes mais agendamentos, demonstrando a eficiência desta automação.
Além disso, nossa atuação em bases de dados de menor qualidade demonstrou maior escalabilidade e qualificação dos leads, gerando resultados significativos. Como Daniela destacou, "estamos em evolução constante, criando experiências únicas".
IA: empoderamento e colaboração
Na última palestra do primeiro dia do evento, João Vitor Chaves, da G4 Educação, destacou a integração da IA nas empresas da G4. Ele apresentou a IA como uma ferramenta de empoderamento e colaboração, funcionando como um "copiloto" que auxilia os profissionais em suas tarefas com análises de dados e sugestões, mantendo, no entanto, as decisões finais nas mãos humanas.
João Vitor falou sobre o conceito de "ciborgues", descrevendo profissionais que integram a IA de maneira natural em suas rotinas, combinando criatividade, intuição e feedback humano com a potência analítica e velocidade da IA. O sucesso dessa integração, segundo ele, está em compreender onde concentrar os esforços.
Ele também ressaltou a IA como uma ferramenta de empoderamento, fornecendo conhecimento e recursos para alcançar resultados mais significativos. A mensagem final foi um incentivo à exploração contínua da IA como um caminho para o crescimento e evolução profissional, com o lema "Primeiro comece, depois fique bom."
O Adapta Summit proporcionou um ambiente rico de aprendizado, troca de experiências e insights sobre o futuro dos negócios com a IA. Cada painel trouxe abordagens práticas e soluções inovadoras, deixando claro que a IA já é uma realidade transformadora em diversas áreas. Empresários, gestores e profissionais saíram do evento com novas ideias e ferramentas para implementar em suas organizações, prontos para se adaptar e evoluir no cenário digital.