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Como criar uma jornada memorável para seus colaboradores, melhorando engajamento, cultura e retenção de talentos
7 de Fevereiro de 2025
Leitura de 9 min
Se tem algo que mudou nos últimos anos é a forma como enxergamos o trabalho. Antes, o foco das empresas era garantir um salário justo e um pacote de benefícios básicos. Hoje, isso já não é suficiente. Os profissionais querem se sentir valorizados, crescer e, principalmente, trabalhar em um ambiente onde realmente façam a diferença. É aí que entra o Employee Experience (EX).
Mas afinal, o que é isso? De forma simples, Employee Experience é a soma de todas as interações e percepções que um colaborador tem ao longo de sua jornada na empresa – desde o primeiro contato no processo seletivo até o momento de desligamento. E cada detalhe conta: a forma como ele é recebido no onboarding, as oportunidades de crescimento, a cultura da empresa, sua relação com a liderança, a flexibilidade do trabalho, o reconhecimento, tudo impacta diretamente em sua motivação e permanência.
Lembra quando as empresas achavam que uma máquina de café gourmet e um happy hour no fim do mês eram suficientes para motivar a equipe? Pois é, os tempos mudaram! O conceito de Employee Experience foi além e hoje engloba um ambiente de trabalho que realmente faz sentido para as pessoas.
Não se trata apenas de benefícios bonitos no papel, mas de criar um espaço onde o colaborador se sente ouvido, respeitado e parte de algo maior. Um lugar onde ele sabe que pode crescer, desenvolver novas habilidades e, acima de tudo, ser tratado como um ser humano – e não apenas um número na folha de pagamento.
A pergunta que todo RH e liderança deveria fazer é: a experiência que oferecemos hoje é a que gostaríamos de viver? Se a resposta for não, é hora de repensar a jornada dos colaboradores e criar um ambiente onde as pessoas queiram estar – e não apenas precisem estar.
Índice:
Spoiler: Sim, e muito!
O impacto da experiência do colaborador vai muito além da satisfação individual. Quando as empresas se preocupam com isso, os funcionários se tornam mais engajados, produtivos e leais. E não é só percepção: pesquisas mostram que empresas que investem em EX conseguem reduzir a rotatividade e aumentar a retenção de talentos em até 40%.
Por outro lado, organizações que ignoram essa experiência acabam pagando o preço – e não é barato. Um ambiente tóxico, a falta de reconhecimento e a falta de perspectiva de crescimento são os principais motivos que fazem as pessoas pedirem demissão. E um time desmotivado custa caro, seja pela alta rotatividade, seja pela baixa produtividade.
O primeiro dia em um novo emprego pode ser empolgante – ou assustador. Tudo depende de como a empresa conduz esse momento. Um onboarding bem estruturado faz toda a diferença para que o novo colaborador se sinta acolhido, entenda a cultura da empresa e comece sua jornada com o pé direito.
Se tem uma coisa que define a experiência do colaborador é o ambiente em que ele trabalha. Mais do que um bom salário ou benefícios atrativos, o que realmente faz alguém querer ficar em uma empresa é sentir que pertence àquele espaço, que tem voz e que seu trabalho é valorizado. Uma cultura organizacional forte e um clima positivo não são apenas diferenciais – são peças-chave para o engajamento e a retenção de talentos.
Empresas que investem em um ambiente saudável colhem resultados diretos. Pesquisas mostram que organizações com alto índice de satisfação no trabalho têm menos turnover e formam equipes mais inovadoras. Afinal, ninguém dá o seu melhor em um espaço tóxico ou onde sente que não é ouvido. O segredo está na forma como a comunicação interna acontece, na coerência entre os valores da empresa e as práticas do dia a dia e, principalmente, na liderança. Líderes que inspiram, incentivam o desenvolvimento e reconhecem o esforço dos times criam uma cultura forte, onde os colaboradores não apenas trabalham – eles realmente querem estar ali.
Para construir um ambiente que motive as pessoas, é preciso ir além do básico. O reconhecimento genuíno faz toda a diferença, assim como criar espaços de escuta ativa, onde os colaboradores possam opinar e contribuir para a evolução da empresa. O bem-estar também precisa ser prioridade, com iniciativas que respeitem o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Além disso, um clima organizacional positivo se fortalece com conexões reais entre as equipes. Quando as pessoas se sentem parte de um time, trabalham melhor, se engajam mais e entregam resultados superiores.
No fim das contas, a cultura de uma empresa não está no que se diz, mas no que se faz. Um ambiente acolhedor e transparente não só atrai talentos, mas faz com que eles queiram ficar. Afinal, o sucesso de qualquer negócio começa pelas pessoas que constroem ele todos os dias.
O que faz um benefício realmente ser atrativo? A resposta está na personalização. Cada colaborador tem necessidades e expectativas diferentes, e as empresas que entendem isso saem na frente. O modelo tradicional de benefícios fixos, onde todos recebem as mesmas opções, está ficando para trás. Hoje, os profissionais buscam flexibilidade e benefícios que façam sentido para sua realidade, desde apoio à saúde mental até opções de desenvolvimento profissional.
A crescente demanda por benefícios personalizados vem acompanhada de uma mudança no formato de trabalho. Modelos híbridos e flexíveis deixaram de ser tendência para se tornar parte fundamental da experiência do colaborador. Empresas que oferecem autonomia sobre como, onde e quando trabalhar aumentam a satisfação e o engajamento dos times, além de fortalecerem a retenção de talentos. Afinal, a possibilidade de equilibrar vida pessoal e profissional se tornou um critério decisivo na escolha de um emprego.
Para criar um pacote de benefícios realmente estratégico, algumas iniciativas fazem toda a diferença:
Mais do que um custo, benefícios e flexibilidade devem ser encarados como um investimento estratégico. Empresas que personalizam essas vantagens não apenas atraem, mas também fidelizam talentos, criando um ambiente onde os colaboradores realmente querem permanecer e crescer.
Quando alguém decide deixar a empresa, muitas vezes é visto como o fim de um ciclo. Mas a verdade é que esse momento pode ser muito mais do que uma despedida, mas uma oportunidade para reforçar os laços e deixar uma boa impressão tanto para o colaborador quanto para a empresa. Um processo de offboarding respeitoso e bem estruturado é crucial para garantir que a saída de um colaborador aconteça de forma positiva, com o mesmo cuidado e atenção que foram dados a ele quando entrou.
Lidar com o offboarding de maneira humanizada reflete diretamente a cultura da empresa. Se o colaborador for tratado com respeito, isso não só mantém a boa relação com ele, mas também influencia diretamente a percepção que outros colaboradores ou futuros candidatos terão da organização. Empresas que fazem questão de terminar a relação de forma digna e profissional ganham o respeito do mercado e conseguem criar um ambiente onde, mesmo após a saída, os ex-colaboradores continuam a ser embaixadores da marca.
Além disso, o offboarding é uma excelente chance de aprender e melhorar. As entrevistas de saída podem trazer feedbacks valiosos sobre o que funcionou bem e o que poderia ser diferente na empresa. Esses insights ajudam a construir uma experiência ainda mais positiva para os colaboradores que permanecem.
O offboarding não precisa ser o fim de um relacionamento com um colaborador – ele pode ser uma oportunidade para reforçar laços e aprender com a experiência vivida. Tratar a saída de forma respeitosa e construtiva mostra que, para a empresa, as pessoas importam não só enquanto estão no time, mas também depois de partirem. Essa abordagem pode, ao fim, transformar o que seria um simples adeus em um legado positivo para a cultura organizacional.