Orgulho LGBTQIA+: por que a pauta deve ser comemorada nas empresas?
Orgulho LGBTQIA+ celebra as pessoas, e não tem como falar de empresa sem falar de pessoas.
Por Equipe iFood Benefícios
O orgulho LGBTQIA+ celebra as pessoas, simples assim!
E é simplesmente por isso que as empresas devem celebrá-lo. Afinal, não tem como falar de empresa sem falar de pessoas.
E vai além: o orgulho LGBTQIA+ celebra a diversidade e destaca a importância da luta por direitos de igualdade da comunidade lésbica, gay, bissexual, transgênero, queer, intersexual e de outras identidades de gênero e orientações sexuais.
Por isso, escrevemos este conteúdo com muito #orgulho e como um lembrete do quanto ainda precisamos evoluir como sociedade!
Esperamos que você goste, boa leitura!
A história por trás do Orgulho LGBTQIA+
Tudo começou em junho de 1969, na cidade de Nova York, nos Estados Unidos. Na época, a comunidade LGBTQIA+ enfrentava uma forte repressão policial e discriminação.
Os bares frequentados por pessoas LGBTQIA+ eram alvo de batidas policiais frequentes, e a comunidade vivia sob constante ameaça e opressão. Mas no dia 28 de junho de 1969, a comunidade LGBTQIA+ decidiu resistir.
O Stonewall Inn, um bar frequentado principalmente por pessoas LGBTQIA+, foi palco de uma rebelião espontânea após mais uma batida policial. Durante dias, a comunidade se uniu e enfrentou a polícia, exigindo o fim da opressão e a garantia de seus direitos.
Esse evento é considerado um marco na luta pelos direitos LGBTQIA+. As manifestações e protestos que se seguiram foram fundamentais para o crescimento do ativismo e para a organização do movimento.
Dessa forma, no ano seguinte, em junho de 1970, foi realizada a primeira Parada do Orgulho LGBTQIA+ em Nova York. Essa parada, conhecida como a Parada do Orgulho Gay, teve como objetivo reafirmar a visibilidade e os direitos da comunidade.
A partir desse momento, paradas similares começaram a ser realizadas em outras cidades ao redor do mundo, tornando-se uma tradição durante o mês de junho, quando ocorrem eventos, paradas, conferências e atividades culturais que promovem a conscientização, a inclusão e o respeito à diversidade.
Mas o que significa a sigla LGBTQIA+?
A sigla LGBTQIA+ já mudou bastante. De GLS (gays, lésbicas e simpatizantes) a LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais), conforme o tempo foi passando, mais letras foram incorporadas para representar e abraçar ainda mais pessoas.
Leia também: Diversidade: a importância de um ambiente mais inclusivo e igualitário!
Além disso, vale destacar que o ‘+’ adicionado no fim da sigla abre mais possibilidades de representação de outras identidades, como as pessoas pansexuais. Isso só demonstra a natureza expansiva e inclusiva da sigla LGBTQIA+.
Confira abaixo o que cada letra da sigla significa:
- L – Lésbicas: mulheres que se identificam como homossexuais e têm atração romântica e/ou sexual por outras mulheres.
- G – Gays: homens que se identificam como homossexuais e têm atração romântica e/ou sexual por outros homens.
- B – Bissexuais: pessoas que têm atração romântica e/ou sexual por indivíduos de ambos os sexos, independentemente de sua identidade de gênero.
- T – Transgêneros: pessoas cuja identidade de gênero difere daquela atribuída a elas ao nascerem. Isso pode incluir pessoas que se identificam como homens, mulheres, ambos, nenhum ou em constante evolução.
- Q – Queer ou Questionando: o termo “queer” é um guarda-chuva abrangente que engloba várias identidades de gênero e orientações sexuais que não se enquadram nas categorias tradicionais. “Questionando” refere-se às pessoas que estão em processo de explorar e entender sua própria identidade de gênero ou orientação sexual.
- I – Intersexuais: pessoas nascidas com variações biológicas em suas características sexuais, que podem não se encaixar nas definições típicas de masculino ou feminino. A intersexualidade é uma condição natural e não é determinante da identidade de gênero ou orientação sexual.
- A – Assexuais: pessoas que não experimentam atração sexual por outras pessoas, independentemente do gênero. No entanto, elas ainda podem ter atração romântica, emocional ou afetiva.
Por fim, é importante ressaltar que as identidades e experiências dentro da comunidade LGBTQIA+ são diversas e podem variar de pessoa para pessoa. A sigla é um meio de reconhecer e respeitar essa diversidade, garantindo que todas as pessoas sejam incluídas e representadas.
Diversidade no Brasil e a importância do orgulho LGBTQIA+
O orgulho LGBTQIA+ também reforça a importância da promoção de ações que garantam cidadania e direitos a essas pessoas para construirmos uma sociedade mais democrática e que não tolere a intolerância em razão de orientações sexuais e identidades de gênero.
No Brasil, 2,9 milhões de adultos se declararam homossexuais ou bissexuais em 2019, de acordo com dados divulgados pelo IBGE em maio de 2022. Segundo o levantamento, 1,8% da população adulta se declarou homossexual ou bissexual.
NOTA: o instituto não coletou informações sobre aspectos de identidade de gênero, o que envolve pessoas trans e não-binárias.
O estudo declarou também que a maior parte da população brasileira se autodeclara heterossexual (94,8%), mas o IBGE ponderou que “o fato de uma pessoa se autoidentificar como heterossexual não impede que ela tenha atração por ou relação sexual com alguém do mesmo sexo”.
Já o percentual de brasileiros adultos que se declaram assexuais, lésbicas, transgênero, incluindo homossexuais e bissexuais é de 12%, cerca de 19 milhões de pessoas. É o que mostra um levantamento de pesquisadores da Unesp e da USP, publicado na revista científica Nature Scientific Reports.
Lembra quando falamos sobre ‘ações que garantam cidadania e os direitos de pessoas LGBTQIA+’?
Destacamos o fato de só agora, 53 anos depois do Stonewall Inn, o Brasil, através de seu órgão público (IBGE), divulgar um estudo considerado inédito sobre a diversidade sexual em seu território nacional.
De acordo com a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), cerca de 20% de milhões de brasileiras e brasileiros se identificam como pessoas LGBTQIA+.
E cerca de 92,5% dessas pessoas relataram o aumento da violência contra a sua comunidade, segundo pesquisa da organização de mídia Gênero e Número, com o apoio da Fundação Ford.
Ou seja, ainda há muito caminho a percorrer.
Com o Dia Internacional Contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia, comemorado no dia 17 de maio, e a partir da lei (de 2019) que criminaliza a homofobia no Brasil, houve avanços, mas é preciso ir além. E no ambiente corporativo não seria diferente!
Por que a empresas devem celebrar o orgulho?
Porque uma em cada três empresas no Brasil não contrataria pessoas LGBTQIA+ para cargos de chefia. Porque também 41% dos colaboradores LGBTQIA+ entrevistados afirmaram já ter sofrido algum tipo de discriminação no ambiente de trabalho por conta de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
É o que aponta uma pesquisa da Center for Talent Innovation, divulgada em 2021.
Isso sem falar que, por medo de represálias ou demissões, pelo menos 61% dos colaboradores que se identificam como parte da comunidade preferem esconder de seus colegas e gestores a própria orientação sexual ou identidade de gênero, segundo pesquisa Santo Caos, também de 2021.
Ou seja, em um cenário onde as pessoas não têm a liberdade e a segurança de serem quem são, como não dar luz a um movimento que faz tanta diferença na vida pessoal delas e que pode ser um divisor de águas na profissional?
Portanto, vale destacar também que:
- 90% das pessoas travestis se prostituem por não conseguirem outra oportunidade de trabalho, mesmo tendo boas qualificações.*
FONTE: Center for Talent Innovation*
Sendo assim, uma empresa que defende a pluralidade entre seus colaboradores alcança resultados extraordinários, especialmente pela criação de um ambiente de trabalho mais colaborativo, respeitoso e encorajador, o que promove o crescimento organizacional.
Mas o que acontece caso haja discriminação nas empresas?
A legislação é clara ao tratar de discriminação no local de trabalho: se houver comprovação de discriminação no ambiente de trabalho por parte de um gestor ou outro representante da empresa, esta poderá ser condenada pelo Poder Judiciário a pagar uma compensação por danos morais, de acordo com a CLT.
No caso de a empresa negligenciar suas responsabilidades — uma vez que possui a obrigação legal de coibir qualquer forma de discriminação no ambiente de trabalho — ela também pode ser obrigada a pagar uma indenização por danos morais.
Motivos para uma empresa promover a diversidade e comemorar o orgulho LGBTQIA+
Embora seja amplamente celebrado nas ruas, é igualmente importante que as empresas também participem dessa celebração e promovam um ambiente de trabalho inclusivo.
Diversidade e inclusão
Ao criar um ambiente de trabalho inclusivo, as empresas mostram que valorizam a igualdade de oportunidades e respeitam as diferentes identidades e orientações sexuais dos seus colaboradores.
Isso contribui para a formação de uma equipe mais coesa e produtiva, além de atrair talentos diversos e qualificados.
Respeito e acolhimento
Ao celebrar o orgulho LGBTQIA+, as empresas reforçam seu compromisso em criar um ambiente de trabalho onde todos se sintam respeitados e acolhidos, independentemente da sua orientação sexual ou identidade de gênero.
Isso fortalece os laços entre os colaboradores, aumenta a motivação e a satisfação no trabalho, além de reduzir o estresse e a ansiedade decorrentes da discriminação.
Responsabilidade social e engajamento
Participar da pauta é uma forma das empresas exercerem sua responsabilidade social e se envolverem em questões importantes para a sociedade.
Ao se posicionarem publicamente em favor da diversidade e dos direitos LGBTQIA+, as empresas contribuem para a luta contra a discriminação e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Isso também pode gerar um maior engajamento por parte dos colaboradores, clientes e parceiros comerciais, que valorizam empresas comprometidas com causas sociais relevantes.
Educação e conscientização
Celebrar a pauta nas empresas oferece a oportunidade de promover a educação e a conscientização sobre questões LGBTQIA+. Dessa forma, é uma oportunidade de realizar palestras, workshops e treinamentos que abordam a importância da inclusão, os desafios enfrentados pela comunidade e a importância de se combater o preconceito.
Isso ajuda a criar um ambiente mais informado, empático e respeitoso. Afinal, já passou da hora das empresas assumirem um papel ativo na promoção da igualdade e no combate à discriminação.
Promovendo um ambiente de trabalho que valoriza a diversidade
Para promover um ambiente de trabalho que valorize a diversidade é necessário adotar algumas práticas e políticas que incentivem a inclusão e o respeito mútuo entre os colaboradores.
Confira abaixo como a sua empresa pode impulsionar a diversidade:
Sensibilização:
Realize treinamentos e workshops que abordem a importância da diversidade e os benefícios que ela traz para a empresa. Essas iniciativas ajudam a conscientizar os colaboradores sobre a necessidade de valorizar e respeitar as diferenças.
Políticas inclusivas:
Estabeleça políticas claras e objetivas que proíbam qualquer forma de discriminação, seja ela baseada em gênero, raça, orientação sexual, religião ou qualquer outra característica. Essas políticas devem ser comunicadas de forma ampla e reforçadas regularmente.
Recrutamento diversificado:
Adote práticas de recrutamento que busquem diversidade de talentos, fomentando a contratação de profissionais com diferentes origens e experiências, contribuindo para a criação de uma equipe mais diversa.
Inclusão e integração:
Garanta que todos os colaboradores, independentemente de sua origem ou características, sejam acolhidos e integrados à equipe. Promova a interação entre os membros da equipe por meio de atividades e projetos conjuntos, criando um senso de pertencimento.
Reconhecimento e promoção:
Valorize e reconheça o trabalho de todos os colaboradores de forma equitativa. Certifique-se de que as oportunidades de desenvolvimento e promoção sejam oferecidas de maneira justa, com base no mérito e nas habilidades individuais, e não em preconceitos ou estereótipos.
Comunicação aberta:
Estimule uma cultura de comunicação aberta e respeitosa, na qual os colaboradores possam expressar suas opiniões e perspectivas sem medo de represálias. Portanto, crie canais de feedback e escuta ativa, promovendo a troca de ideias e a construção de um ambiente de confiança.
Programas de desenvolvimento:
Invista em programas de desenvolvimento e capacitação que promovam a diversidade e a inclusão. Ofereça treinamentos sobre viés inconsciente, habilidades interculturais e liderança inclusiva, para que os colaboradores possam aprimorar suas competências nessa área.
Como denunciar a LGBTfobia
Desde 2019, a homofobia é crime no Brasil. A prática da lei contempla atos de “discriminação por orientação sexual e identidade de gênero”. Por isso, ainda que usado o termo de homofobia para definir essa lei, todas as outras pessoas LGBTQIA+ são contempladas.
O crime de LGBTfobia está previsto na Lei nº 7.716/89, com interpretação dada pelo STF no julgamento da ADO 26 e MI 4733.
Quem pode denunciar LGBTfobia?
Qualquer pessoa pode denunciar, mesmo que não seja a vítima direta.
O que configura a LGBTfobia?
Violência dirigida às pessoas por causa de sua sexualidade e identidade de gênero, podendo ser de forma psicológica e/ou física.
Como denunciar?
Através de Boletim de Ocorrência na delegacia mais próxima. No caso de crimes contra a honra (injúria, calúnia, difamação e ameaça), pode-se emitir o boletim pela internet.
Além disso, é possível denunciar a LGBTfobia também nos órgãos de proteção de direitos humanos e no Ministério Público.
O canal oficial do Brasil de denúncias contra os Direitos Humanos é o Disque 100 ou Disque Direitos Humanos, sob responsabilidade da Secretaria de Direitos Humanos.
Compromisso iFood com a Diversidade e a Inclusão
Com colaboração, equidade e diversidade de pessoas, vivenciamos nossa Cultura #AllTogether, construindo um iFood que acolhe as diferenças, já que integrar ideias é parte dessa construção, transformando o iFood em um ambiente saudável em segurança psicológica, onde todas as pessoas se sintam respeitadas e seguras:
- nossas lideranças estão comprometidas na construção de times plurais e na promoção de uma cultura inclusiva;
- desenvolvemos o Índice de Segurança Psicológica (ISP), composto por perguntas que aferem como cada FoodLover se sente livre para aprender, errar, assumir riscos, interagir e pertencer;
- iniciativas de desenvolvimento e comunicação interna com materiais que inspiram o autoconhecimento, conteúdos e encontros sobre diversidade e inclusão para os diferentes focos, grupos de afinidades e compromissos públicos;
- benefícios que promovem o reembolso de despesas médicas e jurídicas envolvidas no processo e após transição de gênero.
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Leia também: 6 razões para implantar um programa de benefícios flexíveis na sua empresa
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Equipe iFood Benefícios
3 de Maio de 2024
Leitura de 13 min