Benefícios inovadores e ESG: quando cuidar das pessoas também transforma o negócio

ESG (sigla para Ambiental, Social e Governança em português) pode parecer uma pauta distante do dia a dia do RH — mas não deveria. A forma como a empresa cuida de seus colaboradores, incentiva boas práticas e promove bem-estar está diretamente ligada à sua agenda de sustentabilidade.

E quando os benefícios oferecidos caminham lado a lado com esse propósito, o impacto vai além da folha de pagamento: fortalece a marca empregadora, atrai talentos alinhados aos valores do negócio e constrói uma cultura mais engajada e consciente.

Índice:

• Benefício também é posicionamento
• Exemplos que fazem diferença
• Benefícios que engajam — e retêm
• Por onde começar?

Benefício também é posicionamento

Se antes benefícios eram vistos apenas como um “extra” contratual, hoje eles dizem muito sobre a empresa. Um pacote bem estruturado pode refletir a cultura, os compromissos e até as prioridades estratégicas da organização.

Empresas que oferecem, por exemplo, apoio psicológico, auxílio-mobilidade sustentável ou incentivo à alimentação saudável estão dizendo, na prática: “A gente se importa com o que você vive dentro e fora do trabalho — e com o impacto que geramos juntos no mundo”.

Esse tipo de benefício conversa com a letra S do ESG (Social), mas também toca o E (Ambiental) e até o G (Governança), quando está atrelado a políticas de compliance, diversidade e bem-estar contínuo.

Exemplos que fazem diferença

Quer alguns caminhos possíveis? Aqui vão práticas que mostram como inovar com consciência:

• Auxílio-mobilidade sustentável: incentivo financeiro para quem usa bike, transporte público ou veículos elétricos para ir ao trabalho.
• Benefícios voltados à saúde mental: acesso facilitado a sessões de terapia, plataformas de apoio emocional e jornadas de autocuidado.
• Programas de voluntariado corporativo: ações sociais que contam com horas pagas pela empresa, integrando propósito à rotina.
• Auxílio-alimentação flexível e saudável: liberdade para escolher onde comer, com estímulo a opções mais equilibradas e locais sustentáveis.
• Cartões e plataformas de benefícios isentos de taxas: fortalecem a autonomia do colaborador e eliminam custos desnecessários para a empresa.

Essas iniciativas ganham ainda mais força quando estão conectadas a indicadores ESG já trabalhados em outras áreas da empresa, como metas ambientais, diversidade e ações comunitárias.

Benefícios que engajam — e retêm

Colaboradores querem fazer parte de algo maior. Segundo um estudo de 2024 do Pew Research Center, 70% da geração Z prioriza trabalhar em organizações com posturas éticas fortes, mesmo que isso signifique ganhar menos. E práticas ESG visíveis, especialmente quando traduzidas em ações do dia a dia — como os benefícios —, são uma forma concreta de mostrar esses valores em movimento.

Mais do que um pacote atraente, oferecer benefícios com propósito é uma forma de manter os talentos engajados, alinhados e com orgulho de onde trabalham.

Por onde começar?

Primeiro, ouça as pessoas. Descubra o que importa para elas, quais causas fazem sentido no dia a dia e onde os benefícios realmente podem gerar impacto. 

Em seguida, defina um foco: não precisa abraçar o mundo de uma vez. Um programa piloto bem alinhado a um dos pilares ESG da empresa já pode abrir caminho. Acompanhe o uso, entenda a percepção dos colaboradores e comunique com clareza — um bom benefício só funciona se for conhecido e valorizado. 

E, claro, envolva quem lidera: cultura só se transforma quando a liderança compra a ideia e pratica o discurso.

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